Olhe bem! Não queria ver? Pois veja! Sacie seus olhos, impregne sua alma com a minha hediondez! (…) Não bastava ouvir-me? Tinha que conhecer minha aparência? Oh! Como vocês, mulheres, são curiosas!
O fantasma da ópera foi um dos monstros clássicos do terror que, da literatura, veio assegurar definitivamente sua imortalidade nas telas do cinema; e talvez ele tenha sido o personagem que, apesar de ser o menos conhecido nas páginas, mais dignamente tratado foi pela película. Exemplos clássicos e definitivos são: Drácula, Frankenstein, O Homem Invisível e o Lobisomem, que começaram seriamente nas telas da Universal mas que, pouco a pouco, foram empurrados para a mediocridade cômica e para a auto paródia. No início da década de 1930, quando a Universal descobriu que o terror era um gênero rendoso, houve mostras clássicas e sinceras destes personagens, diretamente importados do folclore europeu para apavorar as plateias americanas, mas antes que chegasse a década de 1940 já haviam prenúncios de desgaste e falta de imaginação, sem que isso signifique, necessariamente, a falta de diversão. Muitos fãs do gênero afirmam (e em muitos casos eu sou tendenciado a concordar com eles) que os filmes primevos denominados clássicos genuínos, os primeirões, geraram continuações muito mais cativantes e criativas do que eles próprios.
O Drácula, por exemplo, interpretado por Bela Lugosi e dirigido por Tod Browning em 1931: é decepcionantemente ingênuo e monótono, apesar de ter uma fotografia expressiva e uma atuação conveniente do mestre húngaro. Gerou continuações que muitos consideram superiores, talvez por serem mais desinibidas e descompromissadas. Outro exemplo marcante é A Múmia de 1932, que trazia um já renomado e experiente Boris Karloff no papel título: é um clássico absoluto e inquestionável, assim como Drácula, mas é tão monótono e linear quanto este. As sequências cometidas pela própria Universal ao longo da década de 1940, e geralmente com Lon Chaney Jr. No papel da criatura, se mostraram bem mais atraentes e cativantes que o filme original. Isso sem falar que eram feitas com muito menos dinheiro, sendo representantes legítimas dos chamados filmes B.
Contudo, isso não é uma regra: há exceções. A mais óbvia é Frankenstein, de 1931, com Boris Karloff e Colin Clive. Nenhuma das sequências, na minha opinião (e na da grande maioria, apesar de alguns considerarem A Noiva de Frankenstein melhor), é superior ao primeiro. Mas a gota d’água para o personagem clássico de Mrs. Shelley veio mesmo na década de 1940, quando a Universal entrou naquela fase do o-que-importa-é-dinheiro-no-bolso…
Mas onde é que o fantasma da ópera entra nisso tudo?
Aí é que está a curiosidade.
A primeira versão aconteceu em 1926, ainda na época do cinema mudo, com a Universal começando a se interessar realmente nos clássicos do terror literário. Já havia feito uma adaptação relativamente bem sucedida de O Corcunda de Notre Dame, a obra mestra de Victor Hugo, que, além de popular, ainda trazia elementos de horror, com o já mundialmente conhecido homem das mil faces, Mr. Lon Chaney, famoso por ser seu próprio maquiador. Assim, quando uma cópia do livro mais conhecido de Gaston Leroux caiu nas mãos de algum produtor ou roteirista influente, o Fantasma da Ópera virou filme e se tornou o que é: a mais fiel e provavelmente a melhor versão. De lambuja vem Lon Chaney mais uma vez no papel título, com sua impressionante caracterização.
Como se fosse um documento verdadeiro, o livro conta a história dos misteriosos acontecimentos da famosa Ópera de Paris, vítima de fatos estranhos e inexplicáveis que, presumia-se, tinham relações com um fantasma. Acreditando estar sendo ajudada por um Anjo da Música, Christine Daaé, a personagem central, sonha estrelar os maiores espetáculos da Ópera, e, com isso, acaba inocentemente presa às regras impostas pelo fantasma, cuja existência é um mistério total para todos, inclusive para a cantora. A verdade é que o fantasma da Ópera existe, mas, naturalmente, não é um fantasma. Eric é seu nome, e através da narrativa de um Persa ficamos sabendo do passado misterioso do personagem e sua origem oriental desconhecida. Gênio da arquitetura, compositor de talento e mestre absoluto nas artes secretas dos truques medievais de câmaras e alçapões, Eric acomoda-se no gigantesco Teatro de Ópera de Paris e, em seus porões sombrios e inacabáveis, desenvolve seus maquiavélicos planos, enquanto toca marchas sinistras em seu órgão. Profundamente apaixonado por Christine Daaé, leva os acontecimentos às últimas consequências, quando então é perseguido pelo próprio Persa e por um jovem militar apaixonado pela cantora. Acuado em seu próprio domínio, não vê outra alternativa senão entregar a cantora e se suicidar.
A cantora, é claro, no decorrer dos acontecimentos, mesmo sabendo de sua horrível condição, não deixa de sentir comiseração e piedade pela criatura que ela acreditava piamente ser o seu anjo da guarda, ou anjo da música, e temos, então, a mais clássica variação do tema com A bela e a fera, muito explorado na literatura e no cinema. Mas o fantasma não espera compaixão pela sua trágica história, ele espera amor – amor verdadeiro – e, vendo a impossibilidade de tal fato, entrega-se de corpo e alma ao crime e ao terror.
O cinema geralmente retratou Eric como um músico profissional e emocionalmente frustrado, atribuindo a revolta de sua situação a algum tipo de acidente que o desfigurou. Na versão original de Leroux, vemos que o músico, autor da Ópera da Morte, Don Juan Triunfante, é uma vítima natural da deformidade física. Quando criança, era apresentado em feiras e quermeces como atração grotesca – devido à magreza excessiva e à palidez doentia de sua face de caveira, chamavam-no de o cadáver vivo. Contudo, com o passar do tempo, reconheceram-no como um gênio da arquitetura e do disfarce, sendo até contratado por príncipes para edificar castelos ao seu modo, ou seja, com muitos truques e passagens secretas. Mas, devido ao simples fato de conhecer cada milímetro de tais truques, os príncipes, após o término das obras, queriam-no morto. Por esse motivo, Eric fugiu para Paris e se refugiou no Teatro de Ópera, por ele inteiramente reformado. E aí, é claro, sua existência secreta passou para os domínios da lenda e do terror.
Na versão em filme estrelada por Chaney e dirigida por Rupert Julian para a Universal, a história é contada de forma relativamente fiel, mas sem voltar ao passado misterioso do personagem que, devido à natural desfiguração de seu rosto (e posteriormente de seu caráter) haveria de se tornar o lendário e mítico fantasma da Ópera. Ainda assim, esse filme incrivelmente movimentado e eficiente pode ser considerado o melhor e o mais próximo daquilo que Leroux propôs em suas páginas. Cenários e figurinos impecáveis, fotografia luminosa caprichada, atuação correta dos atores (ainda não de todo libertados do julgo teatral) e aquela pitada essencial do humor que era obrigatório nos filmes mudos, tornam O Fantasma da Ópera um prato fino para os amantes do horror em sua forma mais original e acabada – o clássico dos clássicos. É o tipo de filme que é único, ridicularizando por si só a ideia de uma continuação propriamente dita. Mas existe aquele nosso velho conhecido chamado dinheiro, e com ele o ridículo pode ser colocado em segundo plano. Bem, não houve uma continuação para esse filme – não da maneira como a Universal costumava fazer para os filmes mais rendosos (diga-se horror). Lon Chaney morreu de câncer em agosto de 1930 e a Universal, se alguma vez a teve (o que não é difícil de se imaginar) abandonou a ideia de dar prosseguimento à trama, e o personagem foi colocado de lado temporariamente para dar lugar aos produtos terroríficos de Bram Stocker, Mary Shelley, H. G. Wells, e outros.
Mas, se Dráculas, Frankensteins, Lobisomens e homens invisíveis tinham liberdade total e espaço exagerado na telona, por que não para aquele que, além de tudo, também é clássico e eterno? Assim, a Universal resolveu por a mesquinharia de lado e abrir o cofre para ressuscitar de forma grandiosa o temível fantasma da ópera, e , a exemplo do que a MGM fez com o igualmente fascinante O Médico e o Monstro (1941), lançou uma produção caprichada e em cores com o famoso personagem de 1943, tardios dezoito anos desde o clássico original. Claude Rains, que já havia aparecido como o homem invisível pela própria Universal em 1933, assumiu o papel principal, e hoje o filme é também considerado um clássico. Talvez possa até ser considerado uma legítima refilmagem da versão muda de Julian, mas faz um aproveitamento da história de maneira diferente, dando bastante ênfase, também, aos outros personagens do livro.
Rains, como sempre, está perfeito no papel do músico social e emocionalmente frustrado com seus dotes. Numa luta com um inescrupuloso editor musical, que não só recusou publicar seu concerto para piano como também o roubou, acaba sendo vítima de ácido e tem o rosto desfigurado. Acusado pela morte do editor e perseguido implacavelmente pela polícia e pelo público, vê-se obrigado a fugir para os subterrâneos da famosa Ópera de Paris, onde elabora seus planos de vingança. Christine (Rosaline Galli), a cantora de Ópera pela qual se apaixona é inexperiente e ele resolve ajudá-la secretamente, ameaçando sem piedade qualquer cantora que se apresente como uma concorrente direta. Mas vai longe demais e acaba sendo perseguido por outros pretendentes da moça, após raptá-la no meio de um espetáculo. Na confusão, o fantasma, que nunca foi fantasma, morre soterrado nos escombros recém caídos das catacumbas do teatro onde habitava.
Uma produção impecável e os atores certos tornaram essa versão extremamente grandiosa e refinada, com direito a muitos trechos de óperas famosas e a habitual cena com a queda do lustre sobre a plateia. Somente a maquiagem aplicada em Rains ficou devendo, já que sua desfiguração facial é apenas uma protuberância pouco grotesca ou assustadora no lado direito do rosto, e não uma deformação completa, como a feita em Chaney.
É interessante observar que nesse mesmo período a Universal já fazia os seus famosos crossover entre os velhos monstros conhecidos do público, geralmente em produções baratas e fórmulas repetitivas, enquanto para o fantasma da ópera reservou uma aparição completamente diferente, dando a Claude Rains uma oportunidade visível de mostrar o seu talento e o seu carisma para o gênero fantástico. Em O Homem Invisível, apesar de ser o ator principal, é quase conveniente atribuir a Rains apenas uma ponta, sendo o restante das aparições feitas pelos inacreditáveis efeitos especiais.
A Hammer Films, da Inglaterra, que deu continuidade ao legado da Universal em adaptar para as telas do cinema os grandes clássicos da literatura fantástica, não poderia deixar de fazer a sua versão para a história de Leroux. Contudo, dessa vez a adaptação resultou num trabalho menor, raro e pouco lembrado, que trazia Herbert Lom no papel título e Heather Sears como Christine, sob direção de Terence Fisher, o mais renomado diretor da época, na produtora. Esse filme é de 1962 e eu não o conheço; portanto, não opinarei a respeito dele mais profundamente, mas pelo que pude observar em fontes críticas respeitáveis, ele não difere muito da fórmula costumeira da Hammer, apesar de estar bastante distanciado da premissa que tornou produções como A Maldição de Frankenstein (1957), O Vampiro da Noite (1958) e A Múmia (1959) clássicos absolutos do gênero. É verdade que essas produções foram amparadas por orçamentos mais generosos e traziam os pupilos da Hammer na época, Christopher Lee e Peter Cushing, nos papéis centrais, o que sem dúvida alguma é um diferencial bastante significativo. Mas isto, apenas, não pode ser levado em consideração. O fato é que numa verdadeira enxurrada de produções do gênero, O Fantasma da Ópera simplesmente não se destacou. Vale lembrar que Herbert Lom foi um ator constante e de destaque nos antigos filmes de horror e ficção científica: em A Ilha Misteriosa (1961), por exemplo, ele é ninguém menos que o Capitão Nemo, do famoso submarino Nautilus; e na curiosa versão franco-italiana para o Drácula original de Bram Stocker, dirigida em 1971 por Jesus Franco, ele assume o papel do não menos importante Abraham Van Helsing, o implacável caçador de vampiros e afins – isso entre inúmeras participações na produtora concorrente Amicus e na própria Hammer.
Mas voltemos ao fantasma…
Depois de adormecer por um longo período, o fantasma da ópera tal como o conhecemos, ressurgiu numa produção modesta feita para a TV em 1983, com o veterano Maximillian Schell à frente do elenco e Robert Markowitz na direção. Desta vez, fugindo bastante da concepção original de Gaston Leroux, o filme apresentou um resultado singular: fraco e superficial em seus aspectos gerais, mas eficiente quanto à ambientação. Agora um atormentado compositor e regente está enfurecido com as críticas ácidas despejadas em cima da inexperiente cantora de óperas Christine (Jane Seymour), por quem está apaixonado. A cantora, desesperada diante das críticas, se suicida. Indignado com a morte de sua musa inspiradora, o músico resolve se vingar do crítico inescrupuloso que causou a tragédia, mas na inevitável luta que se segue acaba tendo o rosto desfigurado por ácido. Fugindo para os subterrâneos do Teatro de Ópera de Budapeste, o fantasma dá início à sua fama. Porém, logo depois ele descobre a existência de uma outra jovem e inexperiente cantora (também interpretada por Seymour), fisicamente idêntica àquela que morreu. Mas essa o fantasma não deixará que prejudiquem…
O resultado é um filme apenas interessante; nem macabro, nem violento, mas acima da média daqueles produzidos para a TV e com algumas cenas subterrâneas bastante sombrias. Também há a clássica e tradicional cena com a queda do lustre sobre a plateia, além do momento não menos esperado quando a jovem cantora arranca a máscara que esconde o rosto desfigurado do músico. A maquiagem é básica e superficial, mas tem a virtude de nos remeter, ainda que de forma modestíssima, ao clássico e eterno Lon Chaney, com sua face descarnada e seus olhos permanentemente brilhantes. Schell é um bom ator e levou com competência as angústias do personagem, que, inesperadamente, encontrou fôlego para ressurgir em 1989, desta vez na pele do ator Robert Englund e com Dwight H. Little na direção.
Essa versão tem produção bastante parecida com os filmes da cinesérie A Hora do Pesadelo, saga de terror adolescente iniciada em 1984 por Wes Craven e tendo como astro principal o próprio Englund, como o psicopata dos pesadelos Freddy Krueger. A maquiagem aplicada no ator para caracterizar o fantasma foi realizada pelo próprio Kevin Yagher de A Hora do Pesadelo, portanto, imaginem com quem ele ficou parecido?!
Mas isso é o de menos. O que importa é que o filme foi incrivelmente bem realizado, transformando uma fórmula já desconfortavelmente desgastada em algo interessante e curioso. Dessa vez, uma jovem cantora de ópera (Jill Schoelen) da era moderna desmaia no meio de um ensaio e, no sonho (ou pesadelo?), volta no tempo para reviver toda a história de Leroux, mais ou menos da forma como a conhecemos. O filme tem visual apurado e força dramática suficiente para agradar a qualquer fã do velho personagem, mas, é claro, não traz nada que já não tinha sido visto anteriormente. A música é requintada e o figurino idem, com belíssimas imagens do interior da gigantesca Ópera de Paris (na verdade uma recriação, pois o filme foi em grande parte filmado em Budapeste), com algumas cenas de suspense bastante competentes. Nada de extremamente grandioso, é claro, mas também não envergonha este clássico e eterno personagem que, pelo que vimos, nunca teve sua imagem desfocada pelo ridículo ou pela oportunidade.
Bem, pelo menos até agora, ele teve sorte. Muita sorte…
N.E. Depois ainda seria feita uma nova versão, em 2004, com direção de Joel Schumacher, numa produção mais musical e repleta de romance, com Gerard Butler, como o fantasma, e Emmy Rossum (Christine). Excelente qualidade técnica, mas deixando de lado o horror do personagem, esta versão ainda confirma o que foi dito na última linha.
Eu sou fã veterana de O Fantasma da Ópera, e bom… não sei se vc já leu o livro original. Mas tem algumas coisas que eu preciso comentar sobre. A primeira coisa é essa mania que eu detesto de chamar o Erik (com K, não C) de “monstro”… e relacionar O Fantasma da Ópera como uma história de terror – O Fantasma da Ópera É UMA HISTÓRIA DE AMOR, com suspense e investigação, sim mas ainda assim, uma história sobre amor, dor, solidão e redenção. A redeção de um homem amargurado! A culpa não é sua, entendo. Foi a merda da Hollywood que transformou Erik em um personagem grotesco, contrastando com a redenção e a humanidade dele no livro – Erik é simplesmente um ser-humano que foi quebrado, abandonado, machucado e maltratado a vida inteira. Tudo isso pela sua aparência, associá-lo a monstros… ah, cara, só não, né?
Enfim. O filme-mudo de 1925, realmente é impecável, porém… ele tem um defeito. Primeiro, foi não ter explicado o passado horrivelmente trágico e sofrido do Erik, que JUSTIFICA seus posicionamentos. E segundo, o final é uma merda. O que constraste com a produção excelente do resto do filme, tudo o que o Erik NÃO FARIA acontece, isso inclui deixar a Christine no meio da rua para ser pisoteada e não se oferecer para livrar os rapazes (Ledoux e Raoul). Erik sem redenção não é Erik! O Lon Chaney (o melhor Erik adaptado na minha opinião) mesmo não gostou do final, e ele está certíssimo. O final alternativo é muito melhor, Erik morre em redenção e confessa amar a Christine mais que tudo. Comprovando o heroísmo e a humanidade nele. Mas algum “JÊNIO” teve que mudar isso, e substituir por um final ridículo!
Mano, Erik foi literalmente vendido pela mãe! Em algumas versões, falam que ele fugiu de livre vontade, mas mesmo assim, ele era abusado emocionalmente e fisicamente frustrado! As pessoas esquecem do que o livro mais significava, e do que o Erik representa como personagem. Isso não é uma crítica ao seu blog – que por sinal, está excelente -, e sim às pessoas em geral. Erik é um ser humano, abusado, maltratado, que teve sua felicidade arrancada… tudo isso porque ele nasceu deformado! Isso é um absurdo.
O que ele esperava da Christine era sim amor verdadeiro. E ele a amava, mais que tudo. Acima dos seus erros, ele sacrificou sua própria felicidade por Christine, diferente do imbecil do Raoul de Chagny. Que nem mesmo se redimir, foi capaz – algo que Erik fez, e esperou sua vida inteira em fazê-lo. Esse contraste entre “pária que nunca teve NADA na vida e está enfrentando os reflexos emocionais por conta disso” e um “rico arrogante e privilegiado que quer tudo e todos ao seu alcance”. Sério, se eu fosse a Christine, escolheria o Erik sem dúvidas algumas! Gênio, intenso, trágico, e muito mais interessante do que qualquer visconde de merda.
Esse filme do Robert Englund é uma vergonha. Gosto e admiro o ator, mas meu Deus, que obra detestável! Além de um filme genérico e mal feito de sobrenatural, ele consegue estragar TUDO o que foi estabelecido no livro original! Misturaram viagem no tempo e incorporação, jeitos mitológicos de se acabar com o “fantasma”, apelando totalmente ao filme trash. Eu fico pensando se eles queriam agradar os fãs do Fantasma… ou do Freddy Krueger! Pois bem, não agradou nenhum! O “Erik” (porque não posso chamar aquela porcaria de vilão de Erik) é a cereja desse bolo de merda. Virou um psicopata que mata adoidado e por prazer, que mexe com magia e negra e já fez pacto com o diabo, além de ter prostitutas ao lado dele. Olha, essa só não é a pior adaptação do que aquela palhaçada imbecil do Dario Argento…
Resumo da ópera de bosta: Cenas de nudez, estupro, o Erik criado por ratos e sem deformidade, CGI cagado do cacete, cenas vergonha alheia e mudanças completamente sem sentido, incluindo… uma cena… de masturbação com RATOS! Conseguiu ser pior do que o filme de 1989, meu Jesus!
O musical é fantástico. O filme de 2004 também, uma excelente produção, mas a deformidade do Erik ficou extremamente artificial e mal feita, fora isso, tanto o musical do palco quanto do filme são excelentes. Ainda espero uma adaptação perfeita da obra, sem apelar pro terror, e com a história perfeitamente trágica e emocionante do original. Não que o final PRECISE ser trágico, e sim que eles precisam manter o significado original.
Tem também a versão pra tv de 1990 do Tony Richardson com o Charles Dance no papel do Fantasma que ganhou até Emmy, mas não é exatamente um filme de terror.
O Fantasma da Ópera não é história de terror. Hollywood tentou transformá-lo em uma, mas originalmente não é. E essa minissérie de 1990 é muito boa, não é a melhor adaptação, mas vale muito a pena.
E A VERSÃO DE 1998 DO DARIO ARGENTO?
Graças a Deus que ele não citou essa porcaria kkkkk
das antigas mesmo hein? mas deve ser bacana.