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I was a teenage werewolf (1957)

I Was a Teenage Werewolf
Original:I Was a Teenage Werewolf
Ano:1957•País:EUA
Direção:Gene Fowler Jr.
Roteiro:Herman Cohen, Aben Kandel
Produção:Herman Cohen
Elenco:Michael Landon, Yvonne Fedderson, Whit Bissell, Charles Willcox, Dawn Richard, Barney Phillips, Ken Miller, Cynthia Chenault, Michael Rougas, Robert Griffin, Malcolm Atterbury

Devido a distúrbios psicológicos, jovem rapaz universitário tem problemas de relacionamento com namorada e amigos e, pelos motivos mais mesquinhos, está sempre metido em encrencas; por isso resolve consultar um especialista, que, através da hipnose, realiza uma espécie de regressão mental no rapaz, fazendo, propositadamente, com que ele se transforme num lobisomem raivoso, sempre que se exalta emocionalmente (numa espécie de “efeito Incrível Hulk“). Roteiro inteligente e enxuto, excelentes atores, efeitos especiais de primeira qualidade, desfecho irrepreensível e uma equilibrada dose de preocupação social em relação à delinquência juvenil é tudo o que você não encontrará nessa divertida produção de baixo orçamento realizada no auge da febre Drive’in nos Estados Unidos.

Era mais ou menos na época do início das atividades da antológica produtora American Internacional Pictures, que aproveitaria o interesse do público jovem por filmes banais de terror e ficção científica e produziria às pencas tais gêneros, para o consumo desenfreado dos fãs, transformando definitivamente a fórmula mágica do cinema B numa verdadeira máquina de fazer dinheiro, até hoje em funcionamento. Coube ao famoso produtor Herman Cohen a tarefa de juvenalizar para o cinema moderno e rebelde de então as histórias clássicas de terror, agora jogadas de canto e amortalhadas sob camadas e mais camadas de pó, devido ao triste ocaso da Universal. I Was a Teenage Werewolf, que foi dirigido por Gene Fowler Jr. e estrelado pelo picareta estreante Michael Landon (mais tarde uma figura carimbada em seriados de televisão), como o garoto-lobisomem, e Whit Bissel (também bastante popular em seriados de TV) como o sinistro psiquiatra responsável pela regressão do rapaz, foi um grande sucesso de público e abriu definitivamente as portas a esse novo filão, sedento por mutantes asquerosos juvenis.

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Mas a verdade é que o filme é ingênuo e não assusta nem crianças; Landon, atrás de sua máscara de lobisomem de quinta categoria, passa metade da história dando pancadas em amigos e a outra metade salivando uma gosma esbranquiçada que, sem dúvida nenhuma, deve ter custado um saco inteiro cheio de tubos de creme para barbear – sem falar de sua roupa esporte de ginasial, capaz de tornar qualquer lobisomem ridículo num lobisomem assustadoramente ridículo. No entanto, é nesse filme que encontramos uma das cenas mais clássicas em toda a história da filmografia bagaceira, ícone folclórico do cinema B americano: o momento em que uma garota é surpreendida e morta pelo rapaz-fera no momento em que fazia exercícios de barra na academia de ginásticas da universidade. Simplesmente antológica.

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E, claro, com o sucesso, outras patacoadas teen surgiriam, sob a batuta do próprio Cohen, como I Was a Teenage Frankenstein, Sangue de Drácula (Blood for Dracula), e How to Make a Monster (este reunindo os monstros clássicos dos dois primeiros filmes), todos lançados às pressas, um após o outro, para o delírio frenético dos frequentadores de Drive’ins de plantão. E também outros, não produzidos por Cohen, mas igualmente populares entre a garotada, como Teenage Zombies (1958) e Teenagers from Outer Space (1959). Muito melhores do que estas merdas teen que existem hoje em dia, que de tão baixas nem merecem ser citadas.

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2 Comentários

  1. P. S. O inventor do terror teen define essa bagaceira.

  2. Esse filme deve até ser legal. Perto do aborto de cinema de lobisomem chamado A Fera Assassina, vai parecer, sei lá… O Lobisomem de 2010.

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