Amaldiçoado
Original:Horns
Ano:2014•País:EUA, Canadá Direção:Alexandre Aja Roteiro:Keith Bunin, Joe Hill Produção:Alexandre Aja, Riza Aziz, Joe Hill Elenco:Daniel Radcliffe, Juno Templo, Kelli Garner, Max Minghella, Joe Anderson, David Morse, Heather Graham |
Stephen King é um dos escritores mais adaptados na história do cinema. É lógico que dentre tantas adaptações podemos separar o joio do trigo: na mesma proporção que temos excelentes versões de seus livros para o cinema, tamos também filmes decepcionantes inspirado em suas obras. Joe Hill, filho de King, segue os passos do pai, e apesar de não usar o sobrenome, é impossível descartar quaisquer comparações. Horns é o primeiro livro de Hill adaptado para o cinema, o que tem gerado bastante expectativa para quem já leu e despertado a curiosidade de quem ainda não leu. O diretor Alexandre Aja (dos remakes Viagem Maldita e Piranha) foi escolhido para conduzir a adaptação; para o papel principal, Daniel Radcliffe, o eterno Harry Potter, investindo em seu segundo trabalho em um filme de horror.
Na trama, Ig Perrish (Radcliffe) é acusado de matar e estuprar a namorada Merrin Willians (Juno Temple), causando revolta na população local. Após uma noite de bebedeira, Ig acorda com chifres, estes que tem o poder de fazer as pessoas confessarem suas vontades e desejos por mais obscuros que sejam. Ig passa então a usar esse poder para tentar descobrir quem realmente matou Merrin.
O roteiro do desconhecido Keith Bunin faz algumas escolhas infelizes na transição do livro de Hill para o cinema. Entendo que alterações e modificações seriam necessárias, afinal Hill, assim como o pai, é bem detalhista, e uma adaptação fiel poderia não ser a escolha certa. Porém o roteiro não pegou a essência do livro, ou qualquer mensagem subliminar presente nele – questões reflexivas foram deixadas de lado, e o caminho escolhido foi o mais fácil. Mesmo tomando rumos diferentes do livro, ainda sim, o conteúdo principal poderia render uma boa história – lembrem-se da adaptação de Stanley Kubrick para O Iluminado em que o filme segue outro rumo da história criada por King, e mesmo assim, é uma das melhores adaptações da história do cinema de horror.
Alexandre Aja começa bem, segurando bem as pontas e furos do roteiro e criando uma boa dinâmica que prende a atenção do espectador. Mas contudo, no decorrer da história, o diretor se perde na narrativa e tem que recorrer a flashbacks mal construídos, tentado explicar o passado dos personagens para elucidar os acontecimentos atuais. A casa da árvore não é retratada da maneira filosófica que Hill narra em seu livro, e acaba sedo apenas um local onde Ig e Merrin se encontravam, e não o refúgio onde o destino dos personagens seria traçado. Os 90 minutos de filme não são suficientes para desenvolver personagens importantes na história, como Lee Tourneau (Max Minghella) e Glenna (Kelli Garner). O filme desanda em sua meia hora final, pois tem pouco espaço para tantas reviravoltas presentes no livro, e consequentemente, inseridas no roteiro. Soluções essas que poderiam ser melhores aproveitadas caso não houvessem cenas desnecessárias, como a punição de Ig para com o irmão Terry (Joe Anderson), ou a cena em que provoca uma revolta em um bar, inserida só para colocar a música Personal Jesus interpretada pelo Marilyn Manson, criando assim uma cena de impacto na saída de Ig do bar em chamas. O confronto final é preguiçoso e não tem a agonia retratada no livro, até mesmo pela péssima escolha do destino de Terry. A cena ainda é comprometida pelos fracos efeitos especiais.
No elenco, as atenções são voltadas para Daniel Radcliffe, que agora tem a missão de tentar se livrar da figura de Harry Potter. Daniel não consegue dar a vida a complexidade do personagem de Ig, nem mesmo caracterizá-lo como um bêbado, ou demonstrar variações em seus sentimentos, sejam de tristeza, apatia ou ódio. A linda Juno Temple (que teve excelente atuação em Killer Joe) vai bem nas poucas cenas em que aparece. Outros personagens que tem grande importância no livro, mas pouco desenvolvimento na trama, tem até boas atuações, como Joe Anderson que interpreta o irmão de Ig.
Roteiro e direção optam por conduzir a história de maneira preguiçosa, tentando apenas encaixar a narrativa no caso da solução do assassinato e da vingança de Ig, deixando de lado qualquer reflexão que o livro proporciona sobre a dicotomia entre o bem e o mal. O resultado final é decepcionante, uma história boa e mal aproveitada. O livro de Joe Hill merecia mais respeito e uma adaptação melhor.
Até agora não entendi o que o filme queria passar, porém, a escolha do filme foi aleatória. Não sabia nem que existia um livro.
Assisti o filme ontem e fiquei bem decepcionada,o filme não pegou o principal do livro ou seja sua essência
Concordo plenamente com a crítica! Pra quem não leu o livro, até dá para engolir, mas se quem fez esse filme leu, definitivamente não entendeu nada. Foram tantas analises, críticas e pontos para se opinar no livro, e o filme passa longe de qualquer mensagem do livro.
Um desperdício :/
Olha, eu me amarrei no livro. O final do filme eh grotesco comparado ao do livro. Foi decepcionante.
Acabei de assistir ao filme, e, realmente foi muito broxante, tá certo, Joe Hill é um escritor detalhista que nem seu pai, seria muito difícil adaptar o filme em meras 2hs, para quem leu e o livro, recomendo que NÃO assista o filme, pois será uma decepção profunda, analisando friamente, Joe Hill não é exatamente um escritor de terror, e, sim de horror/fantasia, mas desconstruir o livro da maneira que foi feito este filme e ainda com um final aporcalhado e totalmente distorcido, cara na moral, leia o livro e passe kilometros de distância desse lixo, a única coisa que vale a pena é a Juno templo, e o sr Harry Potter até que é um bom ator…
Bela crítica. Realmente o filme não conseguiu retratar a essência do livro de Joe Hill.
Dá pra entender a opinião do cara. Pra quem leu o livro com certeza não vai olhar com bons olhos pro filme. Mas ainda sim, eu espero outro filme bom vindo de Aja, q pra mim até agora não me decepcionou!!!
Achei um filmaço!
Talvez para quem só se interessa em terror no sentido estrito, com sustos, gore, clima tenso etc. não seja uma boa pedida, mas para quem é bem eclético como eu, vá fundo que não irá se arrepender.
Bom enredo, direção, atuações, efeitos, excelente trilha sonora, fotografia sensacional…