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A Hora do Calafrio (1979) (2)

A Hora do Calafrio
Original:Savage Weekend
Ano:1979•País:EUA
Direção:David Paulsen
Roteiro:David Paulsen
Produção:John Mason Kirby, David Paulsen
Elenco:Christopher Allport, Jim Doerr, David Gale, Devin Goldenberg, Marilyn Hamlin, Caitlin O'Heaney, Jeff Pomerantz, William Sanderson

 

A Hora do Calafrio (1979) (8)Em se tratando de “cinema de drive in” é uma pena que poucos tenham chegado ao Brasil. Como normalmente eram financiados por produtoras independentes e tenham acordos de distribuição sem qualquer pretensão de serem exportados para outros países, poucos vieram para cá. Uma exceção pode ser encontrada em Savage Weekend, um pré-slasher que foi rodado em 1976, mas só conseguiu ser lançado oficialmente em 1979, isto só porque conseguiu ser adquirido pela Cannon Films.

Por aqui, como quase boa parte do acervo da Cannon na época, a America Vídeo lançou o filme em VHS com o título A Hora do Calafrio – um título tão genérico quanto possível. Curioso é como a contracapa da fita nacional descreve a sinopse: ela termina abruptamente, sem explicar a história por inteiro, como se seu escritor tivesse sido assassinado antes de acabar o texto.

O fato é que apesar de ter alguns méritos, como o de trazer elementos dos slashers convencionais que só seriam exaustivamente copiados anos depois em Halloween, Sexta-feira 13 e congêneres (embora Mansão da Morte/Reazione a catena e Noite do Terror/Black Christmas sejam anteriores), A Hora do Calafrio é lento e tedioso demais para causar qualquer impacto no espectador.

O roteiro começa em Nova York, onde Marie (Marilyn Hamlin) deixa que seu ex-marido Greg (Jeffrey Pomerantz) tome conta do filho enquanto ela viaja para passar o fim de semana com seu novo namorado Robert (Jim Doerr), sua irmã Shirley (Cailin O’Heaney, de Trilha de Corpos), o amigo Jay (Devin Goldenberg) e seu amigo gay Nicky (Christopher Allport, de Viver e Morrer em Los Angeles e Jack Frost). O motivo é que Robert comprou uma velha fazenda no interior e está construindo um barco, assim todos seus amigos podem passar um tempo na propriedade curtindo o Sol e a natureza enquanto a embarcação não fica pronta.

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Eles param no caminho para comprar suprimentos e Nicky entra em um bar local e imediatamente briga com alguns caipiras em uma cena constrangedora que não tem a menor ligação com o resto do filme. Ao chegar na fazenda são recebidos por Otis (William Sanderson, Blade Runner, O Caçador de Androides e True Blood), o irmão perturbado do falecido ex-dono da propriedade que agora trabalha como caseiro para Robert, assim como também trabalha Mac (David Gale), um turrão lenhador. Mas Robert não está feliz e acha que Otis está enrolando na construção do barco e logo o demite para que Jay termine o trabalho.

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Depois de muita pegação e forçada tensão sexual entre os personagens, uma pessoa desconhecida aparece vestindo uma máscara de halloween para cometer vários assassinatos. Não somente todos são suspeitos, como também são potenciais vítimas, contudo seus motivos só serão descobertos no final.

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Como podem ver é uma trama bem simples e sem inovações, só que a principal questão é que leva quase meio filme para o assassino dar as caras e, sem nada de relevante para contar, o que aparece são diálogos insossos, cenas bizarras e muita nudez. Normalmente eu não me incomodo com nudez, porém em A Hora do Calafrio elas são tão numerosas e gratuitas que chega a ser constrangedor: Praticamente todos as personagens tem algum tipo de frustração sexual, carimbando seu desenvolvimento pífio.

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No quesito violência, tudo é muito contido e sem graça, sendo a maior parte das mortes off-screen. Como o assassino só dá as caras quando a trama se encaminha para o desfecho, o diretor parece com pressa de resolver logo quem vive e quem morre, tirando boa parte de qualquer suspense que esteja tentando construir, inclusive criando um dos mais anti-climáticos conflitos de desfecho de qualquer slasher que já tenha visto.

A única cena realmente digna de nota, porque tem algo de criatividade, está entregue no trailer do filme, onde uma mocinha é perseguida até o porão e é presa em uma mesa de serra circular, mas na “hora H” a energia falha e… bem, aí já é spoiler contar o resto.

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Além de algum valor histórico, a única forma de não se sentir entediado ao conferir A Hora do Calafrio é tomar uma dose de cachaça cada vez que ver um microfone aparecer sobre a cabeça de um ator no filme. Não vai mudar a impressão ruim, mas pelo menos estará bêbado demais para se importar.

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1 comentário

  1. Filme realmente entediante, fraco e sem propósitos. Personagens sem carisma e completamente esquecíveis, um deles me fez lembrar vagamente de Torgo do terrível Manos: the Hands of Fates. Um vilão com problemas existenciais ou, talvez enciumado. E as atuações são quase amadoras. Nada segura essa bomba, nem mesmo a nudez das atrizes, mesmo porque não há tantas assim como diz o texto.

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