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Creepy
Original:Kurîpî: Itsuwari no rinjin
Ano:2016•País:Japão
Direção:Kiyoshi Kurosawa
Roteiro:Kiyoshi Kurosawa
Produção:
Elenco:Hidetoshi Nishijima, Yuko Takeuchi, Teruyuki Kagawa, Haruna Kawaguchi

Conhecido no gênero de terror com os excelentes Cure (1997) e Kayro (2001), Kiyoshi Kurosawa retorna ao gênero com o assustador Creepy. Como o próprio nome já dá o tom do filme, Kurosawa apresenta o que poderia ser um simples suspense policial ao estilo “Detetive X Psicopata”,  porém conduzido com maestria em um thriller psicológico perturbador. Timidamente (e incrivelmente) lançado em poucas salas de cinema por aqui, Creepy ainda não despertou o interesse de parte dos fãs do gênero, mas isso é questão de tempo.

Após se envolver em uma perseguição mal sucedida a um psicopata e por pouco não morrer ao levar uma facada, em uma abertura sensacional em nível de tensão, o detetive Takakura (Hidetoshi Nishijima) decide mudar de profissão e passa a ser professor. Também muda para um bairro aparentemente tranquilo com a jovem esposa Yasuko (Yuko Takeuchi). Procurado por um amigo, Takakura começa a ajudá-lo em uma investigação sobre o estranho desaparecimento de uma família. Em paralelo, Yasuko tenta se relacionar com os vizinhos, conhecendo o excêntrico Sr. Nishino (Teruyuki Kagawa), este que ora aparenta ser simpático, ora agressivo. Nishino mora sozinho com a filha Saki, uma garota que no fundo parece estar pedindo socorro.

O filme segue uma linha tradicional de suspenses policiais, onde o próprio espectador acompanha as investigações e pistas que surgem durante a trama. Fica óbvio que Nishino surge como uma ameaça, logo abaixo do nariz do ex-detetive, e o pior, ao lado de sua esposa. Nishino encarna um tipo peculiar de psicopata: seu olhar passa de simpático a ameaçador, suas atitudes soam paspalhonas e assustadoras na mesma proporção em que tentamos entender o poder de persuasão sobre suas vítimas. O diretor consegue em seus enquadramentos, entre sombras e luzes, capitar através das expressões do personagem olhares e sorrisos assustadores, que refletem bem o título do filme. Kurosawa constrói um clima amedrontador e sufucante nas cenas desconfortantes dentro da casa de Nishino, em sequências de tirar o fôlego.

Assim como Cure e Pulse, retratados de maneira narrativa bem diferentes entre si, Kurosawa volta a colocar o dedo em feridas da sociedade, mostrando os males da solidão, depressão, o vazio entre as relações humanas, e estragos que podem causar na mente humana. Tudo isso é perceptível na narrativa, mas o que vai te perseguir durante o sono será aquele assustador olhar e aquele bizarro sorriso.

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2 Comentários

  1. Pô, o Ivo só pode ter visto outro filme. Meu, que filme RUIM. Os personagens são péssimos.

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