O Mistério das Duas Irmãs (2009)

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O Mistério das duas Irmãs
Original:The Uninvited
Ano:2009•País:EUA, Canadá, Alemanha
Direção:Charles Guard e Thomas Guard
Roteiro:Craig Rosenberg e Doug Miro
Produção:Roy Lee, Laurie MacDonald e Walter F. Parkes
Elenco:Emily Browning, Arielle Kebbel, Elizabeth Banks, David Straithairn, Maya Massar, Kevin McNulty, Jesse Moss, Dean Paul Gibson, Skyler Shaye, Brittany Curran, Don S. Davis, Lex Burnham, Danny Bristol, Matthew Bristol

Após a morte de sua mãe doente, vítima em um incêndio, a jovem Anna (Browning) tenta o suicídio e é enviada a uma instituição psiquiátrica para tratamento. Meses depois, Anna tem dificuldades para recordar o que ocorre na fatídica noite. Seu psiquiatra, Dr. Silberling (Gibson), entretanto, procura acalmá-la, afirmando que ela está curada. Seu pai, Steven (Straitharn), um escritor de sucesso, então traz Anna de volta para casa, agora uma mansão isolada próxima à praia. Anna, então, descobre que a então enfermeira de sua mãe, Rachel (Banks), virou sua madrasta agora. Ela também reencontra sua querida irmã Alex (Kebbel). Conforme os eventos se desenrolam, Anna passa a ser cada vez mais assombrada por fantasmas e passa a acreditar que Rachel matou sua mãe. As duas irmãs decidem, então, procurar por evidências que provem que Rachel é uma assassina.

O Mistério das Duas Irmãs é um produto curioso. Fruto de uma safra tardia de remakes americanos baseados em obras asiáticas (neste caso, do longa coreano Medo, de 2003), o filme oferece muito pouco além do que já vimos no mesmo gênero, afastando-se consideravelmente do material original e falhando, ao mesmo tempo, em criar qualquer identidade própria.

“Você pode acreditar no que vê?”

Não, não pode. A trama, a princípio, se confunde com exemplares que vão de O Grito até A Espinha do Diabo, horrores eficientes sobre fantasmas e maldições. No entanto, este longa não se sustenta em sua própria história, apelando a todo momento para os clichês mais manjados do cinema de horror, como a existência de personagens adultas que não dão crédito aos mais jovens, bem como vários jumpscares baseados no súbito aumento da trilha sonora. Se o longa não se compromete tanto é por conta de seus principais trunfos: a fotografia que aposta em tons soturnos e em ângulos que reforçam o isolamento daquelas personagens, bem como as atuações de Emily Browning, totalmente à vontade como a protagonista de um filme de horror, exibindo fragilidade e força nos momentos certos; e de Elizabeth Banks (Seres Rastejantes), que igualmente convence como a “vilã” da trama, sem cometer excessos em sua composição.

Porém é aí que o roteiro se torna simplista ao apelar para os mais estúpidos plot twists, já que nem tudo é o que parece, e os papéis da trama se invertem, fazendo o filme quase cair no ridículo. O Mistério das Duas Irmãs deve agradar apenas o espectador mais casual de horror, e não os mais escolados e fanáticos.

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Marcus Augusto Lamim

Um seguidor fiel do cinema em todos seus formatos e gêneros, amante de rock e do gênero fantástico, roteirista amador e graduando em química.

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