Skylines (2020)

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Skylines
Original:Skylines
Ano:2020•País:EUA, UK
Direção:Liam O'Donnell
Roteiro:Liam O'Donnell, Matthew E. Chausse
Produção:Matthew E. Chausse, Liam O'Donnell, Colin Strause, Greg Strause
Elenco:Lindsey Morgan, Jonathan Howard, Daniel Bernhardt, Rhona Mitra, James Cosmo, Yayan Ruhian, Alexander Siddig, Cha-Lee Yoon, Ieva Andrejevaite, Jeremy Fitzgerald, Naomi j Ogawa, Rokas Spanlinskas, Giedre Mockeliunaite, Tanay Genco Ulgen, Phong Giang

Rose (Lindsey Morgan), a filha meio alienígena de Jarrod e Elaine, assume o protagonismo nesta mais recente aventura com elementos de ficção científica da franquia Skyline. A garota nasceu na nave que chegou à Terra em 2010, emitindo luzes azuis hipnotizantes em um processo de colheita humana, e foi adotada pelo detetive Mark (Frank Grillo), considerado desaparecido desde o segundo filme. Devido à sua relação com a espécie invasora e consciente de sua origem, ela liderou um ataque à nave-mãe Armada, que estava orbitando a Lua, mas, por hesitar no momento do combate, acabou tendo que sacrificar humanos para evitar uma nova investida contra a Terra. Sentindo-se culpada, optou por se afastar dos militares para se esconder entre os civis.

Cinco anos depois, a Terra aprendeu a conviver com os alienígenas híbridos de humanos chamados Pilotos, enquanto Rose passou a viver escondida nas ruínas de Londres. Lá ela só mantinha contato com alguns conhecidos, como o contador de histórias Grant (James Cosmo) – que me faz recordar o famoso personagem do Chico Anysio Pantaleão -, a Dra. Mal (a sumida Rhona Mitra), que está desenvolvendo um soro que pode ajudar no restabelecimento de híbridos, além do lutador Huana (Yayan Ruhian), desmembrado no filme anterior, e Kate (Naomi j Ogawa). Rose é encontrada pelos militares através da ação de Leon (Jonathan Howard) e levada para a base, onde reencontra seu irmão Trent (Jeremy Fitzgerald), filho de Mark transformado em Piloto.

No local, ela fica sabendo das intenções do General Radford (Alexander Siddig), que disse a ela que os alienígenas escaparam da nave Armada antes de ser destruída e estão estabelecidos no planeta Cobalto Um, e que ela irá numa missão com outros soldados para lá em busca do núcleo, a única fonte capaz de auxiliar no confronto com os inimigos e evitar a extinção dos Pilotos, permitindo que eles retornem ao seu estado de domínio alienígena. Na missão, ela estará apoiada por outros experientes combatentes, como Owens (Daniel Bernhardt), Alexi (Ieva Andrejevaite), Zhi (Cha-Lee Yoon), o General e Leon. É claro que as intenções dos militares é outra, e Rose é apenas uma ferramenta para conquistar os objetivos.

Foram precisos três parágrafos para contar essa bagunça narrativa em que se transformou a franquia Skylines. De uma simples invasão alienígena e luta pela sobrevivência, os filmes ampliaram a mitologia principal para trazer mensagens sobre humanidade, genocídio e pandemia, em um balaio que conta com seres híbridos, poderio bélico, estereótipos de vilões, raios azulados que saltam da mão, assim como garras e artes marciais. Os bons efeitos especiais ainda são os grandes méritos da franquia, que parte em um ritmo acelerado de situações, desde traição e redenção, passando por traumas do passado e família. Se o carismático Frank Grillo não é visto em cena, ele é substituído pelo anti-herói Leon, e pela boa atuação de Lindsey Morgan e até da coadjuvante Rhona Mitra.

Liam O’Donnell mais uma vez faz um bom trabalho na direção, com base em um argumento de sua autoria em parceria de Matthew E. Chausse, sabendo mesclar sequências mais lentas sem incomodar, como o efeito “bullet time“. E constrói um belo cenário na configuração do planeta Cobalto Um, fazendo uso de criaturas sombrias como um elemento inovador. Com muita ação e surpresas, o filme só não leva um conceito maior pelo excesso de informações do roteiro. Uma pessoa que não seja tão íntima dos acontecimentos anteriores ficará perdida com as denominações Pilotos, Colhedores, Armada, Cobalto, núcleo, luz azul / luz vermelha, as armaduras alienígenas, seres híbridos, vírus…

Resta saber agora quais serão os próximos caminhos da cinessérie. O’Donnell já anunciou que a história ainda não terminou e que espera resgatar personagens já vistos, como Mark e Audrey, além da manutenção dos sobreviventes. Só esperamos que as novas aventuras sejam menos complexas e mais divertidas, e que possa encerrar o que foi construído de maneira interessante e criativa.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

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