Pânico VI
Original:Scream VI
Ano:2023•País:EUA Direção:Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett Roteiro:James Vanderbilt, Guy Busick Produção:Paul Neinstein, William Sherak, James Vanderbilt Elenco:Melissa Barrera, Courteney Cox, Jenna Ortega, Jasmin Savoy Brown, Mason Gooding, Hayden Panettiere, Devyn Nekoda, Josh Segarra, Jack Champion, Liana Liberato, Tony Revolori, Samara Weaving, Dermot Mulroney, Henry Czerny, Roger Jackson, Thomas Cadrot |
O assassino mascarado de múltiplas identidades está de volta com a estreia nos cinemas de Pânico 6, o mais recente filme da franquia slasher idealizada por Kevin Williamson e Wes Craven. O sucesso do reboot, lançado no começo do ano passado, desta vez sob o comando da dupla de cineastas Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett (Casamento Sangrento), serviu como o motor propulsor de mais uma continuação, mostrando a força de Ghostface como um ícone do gênero slasher ao lado de Jason Voorhees e Michael Myers. Pânico atingiu valores expressivos em sua passagem mundial, com alcance acima dos U$140 milhões de dólares, para um filme que custou U$24 milhões, e ainda teve a grande maioria de suas críticas favorável, com aprovação de mais de 70% no termômetro virtual Rotten Tomatoes. É claro que um novo filme seria realizado, mas a pergunta que você pode estar fazendo é: será que ainda existe vida inteligente na franquia?
O novo filme se passa bem distante de Woodsboro. Samantha Carpenter (Melissa Barrera) e a irmã Tara (Jenna Ortega) estão morando e estudando em Nova York. Sam ainda sofre com o pesadelo enfrentado no ano anterior, isolando-se de qualquer convivência social – assim como Sidney em Pânico 3 – e buscando apoio terapêutico com o Dr. Christopher Stone (Henry Czerny), que sente um temor pelas declarações da garota de que ela gostou de ter esfaqueado Richie (Jack Quaid) 22 vezes, além de cortado sua garganta e dado um tiro em sua cabeça. Suas preocupações com a irmã a impedem de tentar uma vida comum, seja participando de festas ou confiando em rapazes, alcançando a máxima potência quando Ghostface volta a atacar.
Além de Sam e Tara, ainda estão próximos os irmãos Mindy (Jasmin Savoy Brown), a especialista em filmes de terror, e Chad (Mason Gooding), na composição de um quarteto sobrevivente de Woodsboro. Quando os ataques passam a acontecer com mais frequência, ressurgem a repórter Gale Weathers (Courteney Cox), autora de mais um livro sobre os assassinatos, e Kirby Reed (Hayden Panettiere), sobrevivente de Pânico 4, e que agora se tornou uma agente do FBI. Somam-se a eles novos rostos, como o do vizinho Danny (Josh Segarra), da colega de quarto de Sam e Tara, Quinn (Liana Liberato), e do jovem Ethan (Jack Champion), que reside com Chad no dormitório universitário, além do detetive Bailey (Dermot Mulroney), pai de Quinn.
Algumas fake news levantaram a possibilidade de Sam ter influenciado Richie a cometer os assassinatos. Mesmo tendo sobrevivido com um ferimento no abdômen, ela ainda é atormentada por visões de seu pai, Billy Loomis, a convencendo de sua natureza assassina. Ghostface não está nem aí para isso, fazendo vítimas com ataques constantes e participando de situações tensas, como as que acontecem no apartamento de Sam, com os jovens precisando fugir de uma janela para outra, ou no metrô, ou numa loja de conveniência. E parece que o assassino da vez tem uma admiração pelos Ghostfaces anteriores, organizando um santuário onde fantasias e utensílios da franquia estão expostos.
Apesar das intenções de trazer algo “novo” para a série, com ambientações diversas e a promessa de um “assassino diferente“, Pânico 6 se mostra decepcionante em vários aspectos, sendo bastante inferior ao longa anterior. Como as filmagens não aconteceram em Nova York, mas no Canadá, não há referências visuais aos pontos turísticos da cidade. Isto é, a trama poderia ser ambientada em Paris ou Osasco que não faria a menor diferença, uma vez que Ghostface não perseguirá suas vítimas pelo Central Park, assim como Jason Voorhees nem chegou perto em seu oitavo filme. E esse Ghostface diferente proposto – talvez pela ideia de ser uma máquina assassina, assim como o de Pânico 2 – não se configura além da sequência que ocorre na loja.
Também pesam de maneira desfavorável as participações não justificadas de Gale e Kirby. É evidente que se trata de um típico fan service para que os fãs dos filmes anteriores reconheçam tais personagens, mas foram claramente despejados na trama. Ora, sabendo da razão de Kirby estar ali, por que ela não apareceu no último filme? E por que Gale não cumpriu a promessa feita no final de Pânico e continua agindo como uma oportunista, em busca de reportagens, mesmo tendo sido levada ao limite com a morte de Dewey? E ela agora está numa cidade grande, o que deveria envolver uma disputa muito maior de interessados em cobrir os assassinatos. E, por fim, por que uma cidade como Nova York espalha boatos através de reportagens na TV, sem buscar fontes ou conversar com os envolvidos?
Deve-se enaltecer as referências aos filmes anteriores – há muitas, incluindo a trilha sonora revisitada – e a boa surpresa na longa sequência de abertura (e que já traz pistas da motivação dos crimes). Não há tanta violência como se imagina, embora tenha abdômen perfurado e facadas no rosto, cortes diversos e objetos atirados. Só para constar: a morte de Dewey no filme anterior é mais sangrenta e violenta que todas as que acontecem em Pânico 6, o que mostra o quanto os cineastas não evoluíram nesse sentido. A longa duração permitiu explorar melhor os personagens, como a relação entre as irmãs e até mesmo o passado de Gale nunca mencionado, mas também permitiu muitos momentos morosos em que nada de interessante acontece.
Quanto à identidade do assassino, pode-se dizer que a revelação é bastante preguiçosa. Repete uma ideia já vista antes, fazendo alusão ao último slasher de Kevin Williamson, e não empolga como se espera. Os finais de Pânico 4 e Pânico foram bem melhores no que se refere a surpreender o espectador, com seus vilões assumindo posturas insanas: a mudança de Amber e Jill ainda impressionam, assim como a de Billy e Stu no original. Há algumas diferenças que farão os fãs de Pânico regozijarem à primeira vista, mas não ficarão marcadas dentro da franquia, recordando o final de Pânico 3.
Ainda assim, Pânico 6 merece uma conferida. É um slasher bastante superior a bobagens como Halloween Ends e Sick, e diverte ainda mais aos que experimentarem em 3D – e resistirem até a cena pós-crédito. Provavelmente trará o retorno aos envolvidos e irá incentivar uma terceira parte de uma segunda trilogia, e – tomara – com uma Neve Campbell bem paga para voltar a ocupar seu trono como final girl.
Achei um pouco melhor do que o anterior que eu já tinha achado mediocre, a realidade é que Wes Craven e Kevin Willianson fazem extrema falta nessa franquia cujos novos filmes sequer superaram Pânico 3 na minha opinião. Espero que com o retorno de Neve Campbell e mais a direção de Kevin Willianson em Pânico 7 (e de preferência com a remoção do envolvimento dos 2 diretores anteriores e do grupinho de jovens protagonistas porre dos 2 filmes anteriores) faça com que a franquia volte nos trilhos.
PS: A personagem Mindy é de certeza uma das coisas mais insuportáveis que essa franquia já criou, seu desenvolvimento não passa de uma imitação barata e sem sal do Randy, seu tio, além disso a personagem é extremamente irritante. A pessoa sente que cada cena ela quer recriar pateticamente as falas, maneirismos e referências metalinguisticas do Randy (que ela sequer conheceu) e isso além de patético é frustrante de se ver. Pena que ela não morreu no final
PSS: Esse filme repetiu (e piorou) um grande problema do anterior que é o fato de parecer que ninguém morre com uma facada (ou várias) fazendo o público de idiota, principalmente um personagem lá pro final do filme que levou umas 10 facadas e eu jurava que iria morrer, quando vi que ele estava vivo eu gritei de frustração com o que tinha visto, RIDICULO. Facadas na franquia Pânico não significam mais nada atualmente, que nem sabres de luz na franquia Star Wars (ironicamente outra franquia estragada atualmente e que não possui o envolvimento do criador), no próximo filme o Ghostface tem que vir com uma motosserra pra só assim garantir que essa gente morra de uma vez.
Que Kevin Willianson salve essa franquia por favor!
Pânico 6 é um bom filme. Consegue manter os elementos que tornaram a franquia característica e sem torná-los excessivamente repetitivos. O filme opta por uma extensão maior e que possibilita um desenvolvimento melhor de seus personagens. Mas, o excesso de resistência física dos principais me deixou extremamente incomodado, o roteiro não teve ousadia suficiente para matar alguns deles, o que sinceramente não seria nada demais, pois mesmo com seu maior tempo de tela não são de fato memoráveis. Enfim, nota mais que justa.
O pior da franquia junto com o terceiro. Um filme sem coragem de matar personagens importantes, mais longo do que deveria e com vilões ruins, apesar do Ghostface insano. Vale a assistida, mesmo sendo inferior às partes 1, 2, 4 e 5.
O filme não precisa te surpreender, PÂNICO 6 é bom e um dos melhores da Franquia que se quer tem filme ruim
Um filme não precisa falar ver toda hora te surpreendendo,eu ein
Interessante. Não tinha dado muito atenção, apesar de assistir qualquer coisa com C. Cox, mas agora fiquei curioso e fui até assistir o trailer.
ela apareceu no Pânico 5
A Kirby aparece na cena que o Ritchie assiste o trailer do Facada 8 (o do GHostface com lança-chamas)