3.3
(7)

Hypnotic: Ameaça Invisível
Original:Hypnotic
Ano:2023•País:EUA, UK, Canadá
Direção:Robert Rodriguez
Roteiro:Robert Rodriguez, Max Borenstein
Produção:Guy Botham, Lisa Ellzey, Mark Gill, John Graham, Jeff Robinov, Racer Rodriguez, Robert Rodriguez
Elenco:Ben Affleck, Alice Braga, JD Pardo, Dayo Okeniyi, Jeff Fahey, Jackie Earle Haley, William Fichtner, Zane Holtz, Ruben Javier Caballero, Kelly Frye, Sandy Avila

O policial interpretado por Ben Affleck é um pai que, num instante de descuido, tem sua filha sequestrada num parque público. A criança nunca mais é encontrada. Alguns anos depois, chamado para atender uma ocorrência de um possível assalto a banco, ele encontra uma pista que pode levar ao paradeiro de sua filha. Essa trama está ligada ao personagem do ótimo William Fichtner, que tem o poder de subjugar qualquer pessoa por meio de uma forte hipnose, fazendo com que ela faça o que ele mandar.

Esse é o início da trama que, aos poucos, se torna cada vez mais inverossímil e delirante, o que seria plenamente desculpável num filme assumidamente B como os produzidos por Roger Corman nos anos 70/80 ou dirigido com mais leveza e refinamento por um Sam Raimi, por exemplo. Contudo, ao contrário, o diretor Robert Rodriguez, responsável por duas pérolas cinematográficas – Um Drink no Inferno (1996) e Sin City (2005) -, pesa a mão e leva a trama a sério demais, sem qualquer sutileza e com zero senso de humor, o que seria muito bem-vindo, em razão do roteiro sem qualquer elemento plausível.

Aliás, gostaria de ver essa premissa filmada como uma comédia rasgada, nas mãos do trio Jim Abrahams, Jerry Zucker e David Zucker, os homens por trás de clássicos satíricos como  Apertem os cintos, o piloto sumiu (1980), Top Secret (1984) e Corra que a Polícia vem aí! (1988). Seria de rolar de rir, assim como os filmes citados!

Bom, do jeito que está, sem qualquer pretensão por parte do espectador, o longa pode até funcionar na falta de outra opção, em razão do suspense impresso em algumas cenas e para, pelo menos, entender ao final o que diabos aconteceu na tela.

Quanto aos atores, Alice Braga e William Fichtner estão bem e tentam dar alguma dignidade aos seus respectivos papéis e diálogos sofríveis, ao contrário de Ben Affleck, que exala canastrice e é uma tarefa árdua se envolver inteiramente no seu drama. Difícil acreditar que um ator tão limitado supreendentemente é um craque na direção, como já constatado em Medo da Verdade (2007) e Argo (2102), dois excelentes filmes com o astro atrás das câmeras.

Disponível na Amazon Prime, a crítica demoliu e o público não foi ao cinema ver esse misto de ficção científica e suspense, mas ouso dizer que ao longo da projeção eu vi potencial e me liguei ao filme em alguns momentos. Pena que esse projeto, não me canso de repetir, ficou soterrado na ambição de seus realizadores em compor algo tão austero, enquanto que o roteiro pedia um toque demente e desequilibrado.

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