MaXXXine
Original:MaXXXine
Ano:2024•País:EUA Direção:Ti West Roteiro:Ti West Produção:Ti West, Jacob Jaffke, Harrison Kreiss, Kevin Turen, Mia Goth Elenco:Mia Goth, Elizabeth Debicki, Moses Sumney, Michelle Monaghan, Bobby Cannavale, Halsey, Lily Collins, Giancarlo Esposito, Kevin Bacon, Simon Prast |
Ti West veio para mostrar que o tempo e a experiência vêm aprimorando suas criações dentro do horror. Maxine (Mia Goth) está de volta para o encerramento da trilogia em um filme frenético. Dessa vez a protagonista está numa tentativa cheia de garra para se tornar a verdadeira estrela de cinema que merece ser, querendo deixar pra trás sua carreira na pornografia.
Após os eventos em X (2022), Maxine está decidida de que nada irá impedi-la e tudo o que passou só lhe deu forças para continuar. Agora em Hollywood nos anos 80, ela finalmente é escalada para a sequência de um filme de terror famoso. E mais uma vez, não será tão fácil assim já que colegas de profissão se tornam cadáveres marcados perto de si.
Desde o início, somos contemplados com detalhes e referências aos anteriores da trilogia. Como algumas frases de efeito que não esquecemos, a marcante sombra azul e breves pontuações nos diálogos sobre o que Maxine sobreviveu. Na base do trauma e gatilhos constantes, mas sua sobrevivência é o que marca ainda mais sua personalidade aqui.
Maxine é uma protagonista que foge um pouco do tropo “final girl” no longa. Ela é forte e autêntica desde o começo. Fiel a seus próprios valores e sonhos, seu sofrimento não a derruba. Não é a mulher que foge, mas sim a que enfrenta e vai até o fim para conseguir o que quer. E até sua busca pela fama não é traduzido como um objetivo fútil por atenção, mas sim uma maneira de conseguir segurança já que está sozinha no mundo. Ela sabe que só pode contar consigo mesma, e é esse o combustível que a movimenta para não somente alcançar seu sonho, mas para também poder respirar garantindo um certo conforto para sair do modo “batalha”. No longa sua rede de apoio é curta, como seu amigo Leon (Moses Sumney), funcionário de uma locadora, e seu caricato agente/mentor Teddy (Giancarlo Esposito).
Somando às suas dificuldades, Maxine é perseguida por um detetive particular (Kevin Bacon) que tem um cliente que diz saber muito sobre quem ela realmente é e seu verdadeiro passado. Essa perseguição somada com os assassinatos de um serial killer (baseado no assassino real Night Stalker), a investigação de dois detetives (Michelle Monaghan e Bobby Cannavale), que não a deixam em paz e se fazer presente para agradar a diretora de cinema (Elizabeth Debicki), que pode mudar sua carreira; faz com que o ritmo do filme seja bem mais acelerado que seus antecessores. Do começo ao fim a tensão é alta, a atmosfera já está lá e temos que nos lembrar de respirar por conta enquanto prestamos atenção aos detalhes já que as coisas não param de acontecer.
Sustentar o mistério e um ritmo desses sem cansar, não é fácil. Mas graças às excelentes atuações de um elenco talentoso isso não se torna um problema. Inclusive a ambientação da Hollywood oitentista é por si só um personagem coadjuvante. As músicas e sua trilha sonora parecem escolhidas a dedo, quase uma homenagem pessoal, e o visual é tão verossímil que parece que estamos assistindo uma obra feita diretamente daquela época. O VHS, a revista Fangoria e até o cenário de psicose fazem suas aparições serem especiais.
E isso fica ainda mais factível com os acontecimentos sócio-culturais da época, presentes em diversas cenas, que foram de grande influência como por exemplo os protestos a favor da censura contra os filmes de terror e bandas de rock e metal. Também vemos protestantes contra a pornografia em um momento de grande fervor dos conservadores que pregavam que tudo que saía de Hollywood e entrava na casa das pessoas através da mídia, era fruto do pecado. O famoso “Satanic Panic”.
As críticas podem parecer sutis, mas as mortes continuam sendo criativas e até “divertidas” num contexto geral e comparativo com Pearl e X. As perseguições, o mistério dão até um toque de cinema noir em alguns momentos. Damos riso fácil de vez em quando, em um encaixe que combina com todo o resto sem parecer forçado. Essa mescla é uma fórmula presente em obras anteriores de Ti West (como The House of the Devil, 2009) e ele sabe bem como concretizá-la. E como Mia Goth é realmente a estrela que sua personagem almeja, é ela quem eleva a qualidade do longa até as estrelas com seus “Bette Davis Eyes”.
Durante o filme temos a seguinte frase “a B movie with A ideas” e no terceiro ato, parece se encaixar nela. Com muito potencial, consegue ser um filme de qualidade A, durante quase todo o tempo. Mas acaba não conseguindo atingir o ápice prometido em sua reta final. O tanto que presta homenagem aos diversos subgêneros dentro do horror, ou critica Hollywood, poderia ter sido um pouco mais direcionado para o desenvolvimento da nossa protagonista naquele momento da história. E também para os outros personagens que às vezes não conectam tão bem a narrativa por serem pouco (ou quase nada) explorados.
MaXXXine não é um filme perfeito, mas como perfeição não existe (a atuação de Mia Goth chega bem perto disso, ela é realmente uma estrela), vale a pena ter a experiência de assisti-lo. É o que tem o ritmo e construção mais diferentes da trilogia. Sua jornada diverte e é como um presente aos fãs de horror, como o próprio diretor. Fecha bem e satisfaz quem vem acompanhando até aqui. Principalmente dando um gostinho de quero mais não apenas para vermos mais de Mia Goth em obras parecidas, também para o crescimento de Ti West na direção de mais obras com muito sangue e criatividade.
Sem dúvida o mais fraco da franquia, tem muitas ilusões e homenagens aos clássicos, mas as vezes se perde demais nessa homenagem em vez de dar atenção ao roteiro. Assim infelizmente que vi o nome do Sam Levinson na produção ficou muito claro o que ele tentou fazer isso em The idol e não conseguiu ele veio tentar mais uma vez aqui.
Gostei do filme. Mas o roteiro está cheio de furos e pontas soltas. Alguém que assistiu consegue explicar ( SPOILERS)
1. Como diabos o pai dela conseguiu aquelas fitas de 1978?
2. Como ele sabia tudo que aconteceu na fazenda em 1978 se ele não estava lá?
3 . Porque a Maxxxine não terminou o filme na cadeia? Ela matou uma pessoa sem ser em legítima defesa na frente de um helicóptero de polícia e não foi condenada a nada? Nos EUA matar sem ser legitima defesa é crime de homicídio.
4. Porque aquela diretora de filmes de terror trocou aquele olhar suspeito com outro homem no final do filme? Ela tinha algum envolvimento com os assassinatos?
5. E o personagem de Kevin Bacon sendo morto naquela facilidade e polícia nem ninguém investiga? Maxine sai matando geral , estourando bolas por ai( literalmente) e nada da polícia puni lá?kkk
Pois bem é isso, é um filme acima da média, mas meio confuso e furos de roteiro
Maxxxine é o ponto fraco da franquia e muito tem a ver com as expectativas. Ti West criou um monstro e não soube lidar com ele. E há algumas ideias idiotas ali em meio ao uso irregular da casa dos Bates, como ela ter mudado o sobrenome como se isso fosse suficiente para esconder seu passado; ela ter entregue a fita para um amigo procurar a origem dela, e ao mesmo tempo ter medo de ser descoberta – ela não imaginava que ele iria ver a fita?
E achei que ela tinha morrido no final, e que toda a sequência após os letreiros de Hollywood viriam de sua imaginação pela busca do sucesso.
Enfim, Ti West devia ter parado no segundo filme.
Só Tenho Uma Coisa A Dizer, Mia Goth É A Porra De Uma Atriz De Hollywood. QUE INTERPRETAÇÃO QUE FILME ( SE BEM QUE ACHEI MEIO FRACO ) MAS FORA ISSO PQP QUE ATRIZ, QUE FINAL ÉPICO, DIGNO DE SE ESPERAR NÉ? KSKS
ENFIM NÃO ESPERAVA NADA MAS ELA VEIO PRA ENTREGAR…. ❤️💅👊
HELL-O !! Faço minhas as sábias palavras de Uesllen. Mas, mesmo sendo um filme menor em relação aos outros dois, o trabalho de Mia Goth é tão magnético que a gente acaba adorando o filme em si, apesar da limitação que apontei. A Mia Goth é espetacular. Teve uma especulação que ela teria morrido no final deste filme (SPOILER !), mas na minha opinião isto é inconcebível, e não acredito que tenha acontecido.