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Amityville 7: A Nova Geração
Original:Amityville: A New Generation
Ano:1993•País:EUA
Direção:John Murlowski
Roteiro:Antonio Toro, Christopher DeFaria
Produção:Christopher DeFaria
Elenco:Ross Partridge, Julia Nickson, Lala Sloatman, David Naughton, Jack Orend, Barbara Howard, Richard Roundtree, Terry O'Quinn, Lin Shaye, Robert Rusler, Richard Roundtree, Karl Johnson, Ralph Ahn, Tom Wright

Por mais que tenha uma carreira sólida, sempre atuante na TV e no cinema, David Naughton será sempre lembrado pela sua passagem pelos pântanos do interior da Inglaterra. É um rosto sempre bem-vindo em qualquer produção do gênero, ainda que seja um Amityville 7 da vida. E ele não é o único a trazer boas lembranças aos fãs de horror: há Terry O’Quinn, de O Padrasto (1987), atuando como o detetive Clark; Lin Shaye (da franquia Sobrenatural) numa ponta como enfermeira; e até Robert Rusler (de A Hora do Pesadelo 2 e Às Vezes Eles Voltam), entre outros. Participações especiais que tornam a experiência de testemunhar uma “nova geração” – talvez um subtítulo para referenciar Gremlins 2? – mais aceitável do que permite o enredo.

Foi feito um ano depois de Amityville 6: Uma Questão de Hora, aproveitando o embalo de outras franquias que já apresentavam sinais de desgaste. Desta vez a direção ficou a cargo de John Murlowski, que vinha do slasher Obsessão Brutal (Return of the Family Man, 1989), enquanto o roteiro foi assinado por Christopher DeFaria e Antonio Toro, ambos do sexto filme. Ainda que não creditado, há a inspiração leve no livro “Amityville: The Evil Escapes“, de John G. Jones, na ideia de produção de longas ficcionais sobre a casa maldita.

O sétimo Amityville aposta na influência de um espelho para levar a maldição a uma nova moradia. Mas ele não é o principal elemento do filme. Na trama, os assassinatos de Ronald Joseph DeFeo Jr. não foram os primeiros a acontecerem na casa. Em 1966, o número 112 da Ocean Avenue era habitado pela família Bronner, cujo membro, Franklin (Jack Orend), resolveu matar seus pais e dois irmãos no dia do jantar de Ação de Graças. Internado no Hospital Danamore, por ter alegado influências demoníacas em suas ações, ele ainda cometeu mais um crime: no dia em que sua esposa lhe fez uma visita, Franklin a assassinou na frente de seu filho Keyes Terry, ocasionando um trauma que o garoto soube reprimir.

Anos depois, em 1993, Keyes (Ross Partridge), agora um fotógrafo, mora em uma pensão com a namorada Llanie (Lala Sloatman), tendo como vizinha a artista Suki (Julia Nickson), atormentada pelo “ficanteRay (Rusler), além do escultor Pauli (Richard Roundtree) e do casal de amigos, Dick (Naughton) e Jane (Barbara Howard), donos da propriedade. Tudo vai bem, com o otimismo do grupo de amigos em jantares e exposições, até Keyes se interessar em fotografar um morador de rua sem saber que se trata de seu pai, que saiu do hospital em 86. Ao conversar sobre um possível pagamento pela foto, Keyes ganha dele um espelho, com uma herança aterrorizante, que o acompanha desde Amityville. Não se sabe como ele conseguiu o artefato, estando tanto tempo internado.

Com a repulsa de Llanie, o espelho é deixado com Suki, trazendo as primeiras manifestações da casa maldita. Ele traz reflexos de Amityville e ainda faz a pessoa enxergar uma versão demoníaca de si, deferindo sobre si cortes e até sugerindo um suicídio. Aos poucos, os residentes passarão a ser afetados, atraindo a atenção do detetive Clark pelos incidentes constantes. Ao descobrir sobre seu passado, Keyes será atormentado por visões do passado e até transportado para o corpo de seu pai, temendo que ele possa herdar o impulso assassino.

Apesar de fluir como se imagina, até quando se tenta “adivinhar” quem irá viver e os que irão sucumbir à manifestação sobrenatural, Amityville 7: A Nova Geração ainda traz umas ideias pouco interessantes (para não dizer burras). Em um delas, Llanie sugere que o pesadelo reprimido de Keyes seja “exorcizado” através de uma recriação do crime, com um arma de água. Isto é, ela acredita que o rapaz conseguirá vencer o trauma “brincando de cometer um massacre“. Não sei se isso psicologicamente funcionaria ou teria grandes riscos de despertar exatamente o que ele estava conseguindo controlar. De qualquer modo, é uma ideia idiota do roteiro. Assim como os excessos de pesadelos, repetição da sequência do jantar, e a solução boba para as influências do artefato maldito – se colocar lado a lado, somente o abajur se mostrou uma verdadeira ameaça à família no quarto filme.

Mesmo com as participações especiais, Amityville 7: A Nova Geração ficou bem abaixo do anterior e somente serviu para ampliar a série de continuações ruins de Terror em Amityville e Amityville 2. Sem mortes interessantes, sem bons efeitos e com apenas alguns momentos curiosos, como a atuação divertida e canastrona de David Naughton, o longa é o reflexo de um período de continuações desnecessárias e pouco conteúdo, não merecendo nem sequer uma curiosa espiada.

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