Prepare-se para a Alameda dos Pesadelos

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Alameda dos Pesadelos

Karen Alvares divide seu tempo entre aulas de informática e a escrita. Com 26 anos, ela já tem inúmeros contos passeando pela internet, e-books e livros físicos. No último Dia das Bruxas foi lançado no Amazon seu primeiro trabalho individual, o Horror em Gotas, uma compilação de 30 contos de terror, um para cada dia do mês.

Para 2014, a autora já tem os mais variados projetos, incluindo o livro Alameda dos Pesadelos, um thriller de 16 capítulos que promete muito sangue e terror psicológico.

Conversamos com a autora, que explicou vários de seus trabalhos e ainda revelou uns segredinhos. Saiba mais sobre ela e entre no clube dos ansiosos pelo lançamento do livro.

Boca do Inferno: Você sempre gostou de horror, Karen?
Karen Alvares: Desde muito nova. Eu li Carrie com 11 anos e Stephen King é o rei né, uma inspiração. Enquanto estamos conversando ele já deve ter produzido dois romances e quinze contos!

Boca do Inferno: E você não tinha medo de ler esse tipo de texto?
Karen Alvares: Eu leio e assisto coisas de horror, jogo games, mas não sinto medo nenhum, sou meio esquisita, às vezes sinto incômodo, mas medo não. Mas se tiver um alien no meio da história aí eu tenho pesadelos, eu tenho medo do filme E.T. pode?

Boca do Inferno: Mas o E.T. do Spielberg é amigo…
Karen Alvares: Sei lá, ele pode estar fazendo um plano de dominação mundial através da gentileza.

Boca do Inferno: Quando você começou a escrever?
Karen Alvares: Com uns 15 anos. Comecei escrevendo fanfics do Harry Potter na internet. Quando a saga acabou eu comecei a ter outras ideias e resolvi segui-las. Mais ou menos em 2011 comecei a escrever profissionalmente.

Boca do Inferno: Horror em Gotas foi seu primeiro livro individual, não é?
Karen Alvares: Sim! Antes disso eu só tinha publicado antologias de contos, junto com outros autores, e um livro em conjunto com minha amiga Melissa de Sá, o Noites Negras de Natal.

Horror em Gotas

Boca do Inferno: E como o Horror em Gotas surgiu?
Karen Alvares: O livro é uma compilação de contos que eu tinha escrito inicialmente para o projeto Um Ano de Medo, que não deu certo e terminou antes do previsto. 29 contos saíram desse projeto, alguns foram reescritos e outros ampliados, e fiz um inédito, mas todos foram mudados e até quem acompanhava o site do Um Ano vai ter surpresas.

Boca do Inferno: Como você se inspira para escrever?
Karen Alvares: Depende, muitas histórias são sonhos do meu marido, que ele me conta e pede para eu terminar, mas outras também são coisas que eu observo no cotidiano, ou que acontecem comigo.

Boca do Inferno: E o seu lançamento de 2014, o Alameda dos Pesadelos?
Karen Alvares: Esse livro me persegue desde que eu tinha uns 17 anos, tive esse pesadelo e me pareceu muito real.

Boca do Inferno: Qual é a história dele?
Karen Alvares: É sobre uma mulher que começa a ter pesadelos com um cara que ela conheceu no passado dela, só que esses pesadelos começam a persegui-la também no mundo real, ela começa a vê-lo em todos os lugares e teme pela vida dela, do filho e do pai dela, até que ela sofre um assalto, leva um tiro e fica entre a vida e a morte. Ela acaba encontrando novamente o cara dos pesadelos, mas agora não sabe se é a vida real, se é sonho, se ela está viva ou não.

Boca do Inferno: Quanto tempo você demorou para escrevê-lo?
Karen Alvares: Eu comecei ele há uns seis ou sete anos, mas depois vieram muitas coisas na minha vida e acabei deixando de lado, com um capítulo pronto só. No final de 2011 voltei a mexer nele e terminei em fevereiro de 2012, fechei com uma editora e deve sair no começo do ano que vem.

Boca do Inferno: E ele sai em e-book, igual o Horror em Gotas?
Karen Alvares: Ele sai em e-book e em livro físico!

Boca do Inferno: Uma curiosidade, o nome da personagem principal de Alameda é Vívian, você escolheu por algum motivo em especial?
Karen Alvares: Esse seria o nome que meus pais teriam me dado, mas eles mudaram de ideia e eu virei Karen.

Boca do Inferno: Você se joga mesmo nessas histórias, hein. Não tem medo do final acontecer com você também?
Karen Alvares: Já pensei nisso! Mas escrever é assim, né, uma mistura de imaginação com realidade, assim a gente fala com mais propriedade, por isso que não escrevo sobre aliens, já pensou se encontro um? CREDO!

Sobre a literatura de horror brasileira, a autora disse que tem muita coisa boa escondida pela internet, principalmente no underground, do pessoal que trabalha independentemente ou que está em pequenas editoras. As dicas que ela deu foram para olhar em editoras pequenas, autopublicações no Amazon e até garimpar sobre o gênero no wattpad.com. Segundo ela, o legal de ler livros brasileiros, de qualquer gênero, é a identificação com o nosso dia-a-dia, “Colocar coisas ou expressões que são nossas aproxima muito mais o leitor, até mesmo quando são coisas banais, como falar de bolacha recheada.“.

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Laura Dourado

Jornalista, bailarina, amante irrecuperável de filmes de terror. Assiste todos os tipos possíveis, dispensando só os terríveis found footages.

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