Planeta dos Macacos: O Confronto
Original:Dawn of the Planet of the Apes
Ano:2014•País:EUA Direção:Matt Reeves Roteiro:Mark Bomback, Rick Jaffa, Amanda Silver Produção:Peter Chernin, Dylan Clark, Rick Jaffa, Amanda Silver Elenco:Gary Oldman, Keri Russell, Andy Serkis, Jason Clarke, Toby Kebbell, Kodi Smit-McPhee, Kirk Acevedo, Nick Thurston, Terry Notary, Karin Konoval, Judy Greer |
Eis que finalmente a saga dos macacos volta a ter destaque positivo no mundo cinematográfico. Quem acompanha a franquia desde O Planeta dos Macacos, lançado originalmente em 1968, já se acostumou com sequências sem qualidade. E claro, estamos no século XXI, então é óbvio que já tivemos um remake, que consegue ser pior do que todas as sequências ruins juntas. Curiosamente, a refilmagem foi dirigida por Tim Burton, que errou feio ao tentar contar a história de três astronautas que se acham perdido em um mundo habitado por macacos que não apenas falam como vivem em sociedade.
A extinção parecia ter se abatido sobre a saga dos macacos falantes quando o diretor Rupert Wyatt assumiu em 2011 o projeto Planeta dos Macacos – A Origem. Aqui não temos um remake mas uma pré-sequência que mostra os eventos que levaram os macacos a evoluírem. A trama acompanha a cientista Will (James Franco), responsável por testes com macacos em busca de uma cura contra o mal de Alzheimer. Ele acaba levando para casa um filhote de macaco que recebe o nome de Caesar (Andy Serkis). Ao crescer, Caesar percebe que seus parentes de raça continuam sendo utilizados em testes e experiências. Revoltado, ele parte para o ataque. Apesar do bom roteiro, A Origem serviu apenas para mostrar como tudo teria começado além de fazer algumas boas homenagens ao filme original.
Eis que em 2014 recebemos Planeta dos Macacos – O Confronto, deste vez dirigido por Matt Reeves, responsável por Cloverfield. O novo filme mostra os eventos alguns anos depois que Caesar se separou de Will e foi viver com outros macacos na selva. Alias, aqui já é interessante observar como os macacos sem comunicam, incluindo alguns além de Caesar que já falam. Existe toda uma estrutura social no local onde os bichos vivem. A maioria dos humanos morreu de uma estranha doença que parece ter se originado através de testes com macacos. Os poucos sobreviventes vivem isolados em áreas restritas. Este é o novo cenário onde humanos e macacos vivem em condições bastante parecidas.
Tudo vai bem até que um grupo de humanos em busca de uma represa abandonada precisa passar pelo lar dos macacos. Caesar decide ajudar os humanos na esperança de que eles possam ir embora logo e assim evitar um confronto entre as duas espécies. Um dos pontos de destaque do novo filme, além dos excelentes efeitos especiais e concepção dos macacos, é o lado “humano”, onde existe claramente um medo entre homens e animais. Caesar procura agir como protetor da sua espécie até descobrir que a evolução dos macacos inclui apresentar características negativas tão comuns aos homens.
Neste aspecto, O Confronto tem tudo aquilo que os fãs esperam. Ótimas cenas de ação (se puder, assista em 3D) além de um debate político-social sobre a possibilidade/dificuldade de duas espécias aparentemente tão diferentes evoluírem e co-existirem. Neste aspecto, o novo filme segue uma linha pessimista ao deixar uma porta aberta para um novo capítulo da franquia dos macacos. Com a aproximação do aniversário de 50 do lançamento do título original em 2018, é bem provável que em breve tenhamos notícias de um novo Planeta dos Macacos.
Curiosidades:
– O orangotango se chama Maurice. Esta é uma referência ao ator Maurice Evans que interpretou o orangotango Dr. Zaius em O Planeta dos Macacos.
– A “esposa” de Caesar se chama Cornelia. Esta é uma referência ao ator Roddy McDowall, que interpretou o macaco Cornelio no filme original.
– O filho de Caesar é chamado de Olhos Azuis. Este é uma referência ao filme original quando a macaca Zira chama Taylor pela cor dos olhos dele.
– O primeiro filme da saga dos macacos lançado em 3D.
– James Franco tem uma “participação” em O Confronto quando Ceaser encontra uma antiga fita de vídeo com imagens do ator mostrando eventos referentes ao filme anterior. Franco não foi informado que suas imagens seriam aproveitadas na nova produção.
– O filme O Planeta dos Macacos é baseado no livro La Pnanète des singes. No livro, o herói é um jornalista francês chamado Ulysse Mérou. No filme, o protagonista é um astronauta americano chamado George Taylor (Charlton Heston). Os humanos usam roupas feitas de peles de animais, enquanto no livro estão nus. No filme, os macacos falam inglês, enquanto no livro falam uma língua completamente diferente. Ulysse tem que aprendê-la até poder se comunicar com os macacos, enquanto no filme, Taylor sofre um ferimento na garganta e não pode falar até se curar. No filme, o planeta dos macacos é a Terra, enquanto no livro é apenas um similar a esta.
– A cronologia da saga dos macacos até o momento:
1968: O Planeta dos Macacos
1970: De Volta ao Planeta dos Macacos
1971: Fuga do Planeta dos Macacos
1972: Conquista do Planeta dos Macacos
1973: Batalha pelo Planeta dos Macacos
1974: a série de TV com atores: Planet of the Apes
1975: a série de animação, de 1975: De Volta ao Planeta dos Macacos
2001: Planeta dos Macacos (remake)
2011: Planeta dos Macacos: A origem
2014: Planeta dos Macacos: O Confronto
2017: Planeta dos Macacos: A Guerra
2024: Planeta dos Macacos: O Reinado
Injusta a classificação de 3 estrelas. Merece no mínimo 4. E o Koba é um vilão o qual todos nós podemos ter alguma identificação. Todos os dias testemunhamos os atos de maldade realizados por seres humanos. E fora que Koba era anti-herói até a primeira metade do filme, se tornou vilão em momento específico. Porém nada tira o peso das palavras ditas por ele no início da projeção “os humanos me cortaram, me torturaram”. Algo no qual César não teve que passar.
gostei bastante do filme, achei interessante a evolução da sociedade dos macacos.
também achei interessante os personagens macacos e os humanos.
Pra mim, e o filme do ano… filmaço
Pô 3 caveiras??? merecia mais para o filme o ano
Pô, se considerarmos que cinco caveiras é a classificação do primeirão, clássico, esse aí tá no lucro! Bom filme mas achei que faltou a ousadia da série original. Tive a impressão que os produtores não tiveram coragem de colocar os homens como vilões. Deixaram meio em cima do muro…
Merecia umas 4!!! 😀