O Ataque do Tubarão de 3 Cabeças (2015)

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O Ataque do Tubarão de Três Cabeças (2015) (1)

O Ataque do Tubarão de 3 Cabeças
Original:3 Headed Shark Attack
Ano:2015•País:EUA
Direção:Christopher Ray
Roteiro:Jacob Cooney, Bill Hanstock
Produção:David Michael Latt
Elenco:Karrueche Tran, Jaason Simmons, Rob Van Dam, Danny Trejo, Jena Sims, Brad Mills, Scott Thomas Reynolds, Rico Ball, Dawn Hamil

Mais um filme picareta da produtora “The Asylum”, conhecida pela incontável lista de tranqueiras com elementos de ficção científica, horror e catástrofes, com apresentação do canal de TV a cabo “SyFy”, que também gosta de apoiar essas bagaceiras. O tubarão provavelmente seja o animal mais utilizado pelo cinema fantástico na produção de filmes ruins. São tantas porcarias que torna extremamente árduo um trabalho de catalogação dos títulos. O renomado cineasta Steven Spielberg, criador do clássico Tubarão (Jaws, 1975), jamais imaginaria que seu filme seria o precursor de uma infindável lista de produções toscas envolvendo esse temível predador dos mares, tão maltratado pelos roteiristas.

O Ataque do Tubarão de Três Cabeças (2015) (2)

Com o sonoro título de O Ataque do Tubarão de 3 Cabeças (3 Headed Shark Attack, 2015), de Christopher Ray, o mesmo diretor de outras bagaceiras similares como Megaconda (2010) e Mega Shark vs. Kolossus (2015), já é possível imaginar a tranqueira absurda que será apresentada. E que curiosamente tem a participação rápida do cultuado ator veterano Danny Trejo (de Machete) e é uma sequência de O Ataque do Tubarão Mutante (2 Headed Shark Attack, 2012), do mesmo diretor e com um tubarão com duas cabeças.

Na história, temos um grupo de cientistas e estudantes que estão numa estação de pesquisa de biologia marinha. O local é atacado e destruído por um imenso tubarão mutante de três cabeças, transformado pela ingestão de lixo e poluição nos mares causando graves anomalias nos peixes. Entre os sobreviventes do ataque estão os cientistas Maggie Peterson (Karrueche Tran), o Dr. Nelson (Jaason Simmons) e a Professora Laura Thomas (Jena Sims), entre outros, que tentam fugir num barco e são perseguidos pelo monstro marinho. Na fuga desesperada pela salvação, eles encontram pelo caminho outro barco maior cheio de passageiros se divertindo numa festa, com as pessoas servindo de cardápio para a bizarra criatura carnívora. Nesse momento junta-se ao grupo Stanley (Rob Van Dam), e eles conseguem contato por rádio com Mike Burns (Danny Trejo), que está numa lancha nas proximidades e tenta ajudar os jovens. Mas, a fúria do tubarão de três cabeças deixa um rastro por onde passa com manchas vermelhas na água do sangue de suas vítimas.

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O comentário mais adequado que posso registrar até já se transformou num clichê repetitivo quando o assunto são filmes com o selo da parceria entre o canal de TV “SyFy” e a produtora “The Asylum”. Ou seja, uma combinação entre história incrivelmente ruim e inverossímil, com atores amadores (exceto por Danny Trejo, que deve ter aceitado o papel apenas para ser divertir um pouco) e CGI vagabundo. O Ataque do Tubarão de 3 Cabeças tenta se sustentar apostando unicamente na presença do tal monstro aquático mutante comendo gente, em cenas artificiais que não convencem. A maior parte do elenco está no filme apenas para servir de alimento ao bicho.

A pequena participação do personagem de Danny Trejo se resume quase na totalidade em tomadas onde ele está dirigindo sua lancha, proferindo palavras de espanto e surpresa ao se deparar com um tubarão imenso com três cabeças, culminando inevitavelmente no esperado confronto com o monstro. Ele tem dois ajudantes insignificantes que praticamente falaram uma única frase e cuja função é apenas alvejarem o tubarão com disparos de armas de fogo e depois preencher o estômago do animal com suas carnes. Aliás, o enorme peixe cabeçudo é um perigoso predador também fora da água, pois salta como um ágil golfinho para abocanhar suas vítimas.

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Por outro lado, parece existir uma intenção até honesta por parte dos realizadores desses filmes tranqueiras, ao oferecerem um produto despretensioso e assumidamente ruim. A ideia deles não é enganar o público, ficando claro que não há preocupação com um bom roteiro, elenco profissional e efeitos de qualidade. Vendo por este lado, é só desligar o cérebro, tentar entrar no clima da bizarrice do cinema fantástico bagaceiro do século 21, e se divertir um pouco.

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Juvenatrix

Uma criatura da noite tão antiga quanto seu próprio poder sombrio. As palavras são suas servas e sua paixão pelo Horror é a sua motivação nesse Inferno Digital.

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