Ataque do Tubarão Mutante (2012)

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Ataque do Tubarão Mutante (2012) (1)

Ataque do Tubarão Mutante
Original:2-Headed Shark Attack
Ano:2012•País:EUA
Direção:Christopher Ray
Roteiro:Edward DeRuiter, H. Perry Horton
Produção:David Michael Latt
Elenco:Carmen Electra, Charlie O'Connell, Brooke Hogan, Christina Bach, Gerald Webb, David Gallegos, David Gallegos, Geoff Ward, Mercedes Young

Indubitavelmente a produtora Asylum tem um fetiche muito sério com tubarões, mais até do que o Discovery Channel. É impossível citar obras de baixo orçamento com o rei dos mares sem tropeçar em uma ou duas peças feitas com a pior das intenções e o pior dos talentos pela produtora. Portanto não é a toa que o filme mais comentado da Asylum de todos os tempos seja com o bicho, o famigerado Sharknado que está prestes a virar uma trilogia. Diabos, eu mesmo reneguei meu “Asylum hiatus” para escrever sobre Mega-Shark vs. Mecha-Shark e o resultado até que me surpreendeu.

Nesta Semana do Tubarão no Boca do Inferno minha escolha, portanto, foi bem fácil. Uma roleta russa dos “Asylum sharks” me apontou para um tubarão de duas cabeças de Ataque do Tubarão Mutante de 2012. Claro que não é tão absurdo como um cardume de tubarões alçando voo por um tornado no meio do oceano, contudo dá para o gasto.

Dirigido por uma figurinha da produtora, Christopher Ray (filho de outro famigerado diretor, Fred Olen Ray de Hollywood Chainsaw Hookers) a película é aleatória ao extremo, tosco e mal feito como tudo o que a Asylum faz, ofendendo a lógica e as leis da física como se um tubarão tivesse comido metade do roteiro, sexista e estereotipado como poucos, contudo ainda assim muito engraçado!

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Tudo o que precisa saber: há um tubarão, ele tem duas cabeças, ele é feito de CGI e entra num modo de matança desenfreada sem qualquer motivo… Mas eu sei que você quer ler uma trama aqui, portanto aí vai: um professor interpretado por Charlie O’Connell (de Cara, Cadê Meu Carro?) tem a brilhante ideia de fazer uma excursão “didática” no meio do oceano para ensinar alguma coisa para seus alunos. Todos devidamente paramentados, claro… Os homens de sunga e peito nu e as gostosinhas de biquíni e eventualmente de peito nu também.

Os alunos são burros como uma porta e não estão minimamente interessado em algo além de tomar um sol e andar de barco, menos o nerd (tinha que ter um nerd). Até que um tubarão enorme e morto bate na frente do barco e passa a ser arrastado. O professor tem a brilhante ideia de tirar com um gancho e o corpo do falecido peixe termina enroscado nas pás do motor da embarcação.
Sem ter para aonde ir por enquanto, o grupo avista uma ilha próxima (opa! um atol, como é frisado pelos personagens infinitas vezes) e resolve passar um tempo “didático” por lá enquanto o barco é reparado pela capitã e seus dois funcionários. O que eles não sabem ainda é que o tubarão falecido morreu devorado… Por um tubarão maior… E de duas cabeças!

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Aí é onde a farra começa. Um a um os personagens são devorados, correndo de um lado para o outro, jogando qualquer convenção de bom senso pela janela (um deles tem um celular COM SINAL e não se importa em ligar para pedir ajuda) e o fato de o bicho ter duas cabeças rende cenas de desmembramento muito engraçadas. No terceiro ato as coisas descambam para o ridículo: os sobreviventes chegam a bater no tubarão com um pedaço de pau, que, apesar de ser imenso, consegue pegar com a água batendo na cintura. O atol começa a afundar no oceano, tem explosões sem qualquer motivo… Jesus!

Ah sim, contei que Carmen Electra interpreta uma doutora em “qualquer coisa” que só serve para aparecer de biquíni e que Brooke Hogan, a filha de Hulk “fucking” Hogan, também está na fita também? Quer mais motivos para ver ou não ver o filme?

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O tubarão é feito em CGI, daqueles bem ruins mesmo e não é a única coisa. Até buracos no chão são feitos em CGI neste filme. Pelo menos a Asylum teve grana o suficiente para fazer um molde de borracha do bicho, ele é tão mal feito quanto feito pelo computador, mas é uma pena que só apareça em pontos esparsos do filme, adicionaria um toque trash clássico que seria imperdível.
O ritmo é frenético e os ataques bem criativos, mesmo assim Christopher perde a mão no segundo ato repetindo infinitas situações e esticando cenas além do aceitável, o que prejudica um pouco a diversão. No geral, para o bem ou para o mal, esta obra da Asylum entrega tudo o que promete em um filme sobre um tubarão de duas cabeças: nenhum vínculo com a realidade, nenhum cérebro, muitos corpos, sangue e até um menage-a-trois numa praia deserta. Risadas garantidas.

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Gabriel Paixão

Colaborador e fã de bagaceiras de gosto duvidoso. Um Floydiano de carteirinha que tem em casa estantes repletas de vinis riscados e VHS's embolorados. Co-autor do livro Medo de Palhaço, produz as Horreviews e Fevericídios no Canal do Inferno!

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