Sandman – Teatro do Mistério 1: O Tarântula (2014)

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Sandman – Teatro do Mistério 1: O Tarântula
Original:Sandman - Mistery Theatre - The Tarantula
Ano:2014•País:EUA
Páginas:116• Autor:Matt Wagner, Guy Davis•Editora: Panini

Muito antes do deus dos sonhos de Neil Gaiman, Sandman era um herói pulp, ao estilo do Sombra ou Spirit. Com chapéu, sobretudo e uma máscara de gás que o protegia dos efeitos de sua arma do sono, Wesley Dodds – identidade secreta do herói – vigiava as ruas de Nova Iorque durante a Era de Ouro. Anos depois, Jack Kirby tornaria Sandman em um super-herói enfrentando pesadelos em um mundo de sonhos onde vivia.

Então veio Neil Gaiman. E veio a Vertigo.

Com o sucesso do Sandman de Neil Gaiman e um selo adulto e autoral em expansão, a DC Comics buscava novos autores para apresentar novas propostas sobre personagens obscuros da editora como o Monstro do Pântano de Alan Moore, o Homem-Animal de Grant Morrison ou o próprio Sandman de Gaiman. Sandman Mistery Theatre (ou Sandman – Teatro do Mistério em bom português) estreou nos EUA em 1993 trazendo de volta Wesley Dodds com seu chapéu e máscara de gás sob a ótica dark e realista do selo Vertigo. A dupla responsável por este revival foi o escritor Matt Wagner (de Grendel e Trindade) e o desenhista Guy Davis (de B.P.R.D.: Praga dos Sapos), que deram uma estética noir e quase documental da Nova Iorque da década de 30, logo após o fim da lei-seca.

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A história começa com Wesley Dodds de volta à Nova Iorque após uma longa jornada pelo oriente após a morte do seu pai e assumindo sua identidade secreta. Atormentado por pesadelos que não o deixam dormir a noite (pesadelos explicados nas primeiras edições do Morpheus de Gaiman), Dodds não vê outra escolha senão rondar à noite pela cidade equilibrando a balança da justiça como o homem do mistério, Sandman.

Como toda boa história noir, Sandman – Teatro do Mistério é contada a partir do ponto de vista de seus narradores. Seja ele o próprio Dodds, ou seu interesse amoroso e espécie de sidekick, Dian Belmont, que aqui faz o papel de mulher independente, muito a frente de seu tempo, bem antes da liberação sexual e do feminismo ganhar força. Seu personagem vai aos poucos desvendando a trama e a identidade do herói. Uma das grandes personagens femininas dos quadrinhos, mesmo que ainda uma coadjuvante.

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O primeiro arco da revista, Tarântula, mostra Sandman às voltas com um assassino em série que ataca mulheres jovens e deixa seus corpos mutilados pela cidade. Quando o Tarântula ataca uma grande amiga de Dian, desenrola-se uma trama muito mais complexa, envolvendo a investigação policial que coloca Dodds como principal suspeito do caso.

O texto de Wagner é sóbrio e certeiro, deixando de lado as costumeiras reviravoltas nesse tipo de história em prol de um roteiro e personagens muito bem construídos. A arte de Davis é mais que perfeita para a trama com seus personagens realistas, longe dos corpos musculosos e curvas voluptuosas das histórias de super-heróis. A paleta de cores usada dá um sabor nostálgico especial para a aventura.

Resta saber se as vendas permitirão a continuidade da publicação até o final.

Para nós, os fãs, só resta torcer e divulgar este excelente material. Eu já fiz a minha parte.

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Rodrigo Ramos

Designer por formação e apaixonado por HQs e Cinema de Horror desde pequeno. Ao contrário do que parece ele é um sujeito normal... a não ser quando é Lua Cheia. Contato: rodrigoramos@bocadoinferno.com.br

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