Sharknado 3: Oh, Não!
Original:Sharknado 3: Oh Hell No!
Ano:2015•País:EUA Direção:Anthony C. Ferrante Roteiro:Thunder Levin Produção:David Michael Latt Elenco:Ian Ziering, Tara Reid, Cassandra Scerbo, Frankie Muniz, Ryan Newman, David Hasselhoff, Mark Cuban, Bo Derek, Blair Fowler, Michael Winslow, Jack Griffo |
Será que uma mesma piada pode continuar engraçada depois de sua repetição constante? Mesmo com algumas mudanças narrativas e até uma interpretação mais exagerada do narrador, quando você já conhece o roteiro fica difícil esboçar um riso sincero. E como a piada também depende do locutor, se o condutor da história for a picareta The Asylum, as possibilidades de divertir o ouvinte/espectador diminuem ainda mais. Quando o primeiro Sharknado estreou, em 2014, sua tosquice e improbabilidades levaram o público a uma veneração pelo absurdo. Transformou-se em cult instantâneo e ainda alavancou uma continuação imediata, com um orçamento singelo e muita criatividade. Contou também com o apoio de rostos conhecidos como o de Robert Hays, de Aperte o Cinto o Piloto Sumiu (1980), Melanie Avalon, Wil Wheaton e até Kelly Osbourne, passando o que era trash a uma sátira ao gênero, rindo de suas próprias situações. Sharknado 2 só não teve a mesma avaliação positiva porque os realizadores já conheciam a fórmula da brincadeira (tirar sarro de tudo como aqueles filmes divertidos da década de 80) e o que era surpreendente com o primeiro exemplar passou a soar forçado na Segunda Onda.
Na première do segundo filme, a The Asylum já anunciou que a terceira parte estaria a caminho em julho de 2015, passando Sharknado a um evento anual como o horror fez com Jogos Mortais e Atividade Paranormal, no Halloween. Depois de atacar Los Angeles no primeiro e incomodar os novaiorquinos na continuação, atirando para longe a cabeça da Estátua da Liberdade, a promessa para Sharknado 3: Oh, Não! era partir para a capital, levando tubarões à Casa Branca, ao monumento de Abraham Lincoln e outros ambientes tradicionais. E até que começou bem, realizando o esperado ataque antes dos créditos iniciais, mostrando que o enredo, novamente a cargo de Thunder Levin, não iria segurar a audiência para os momentos finais.
Uma tempestade se aproxima e com ela o risco de tornados e tubarões é bastante grande. Fin Shepard (Ian Ziering) corre para chegar à Casa Branca, para ser recepcionado pelo Presidente Marcus Robbins (Mark Cuban, do reality show Shark Tank, 2011-2016). Apesar da correria pelas ruas, e de seu salto sobre carros, na verdade, ele foi chamado apenas para receber um prêmio pelos feitos realizados em Los Angeles e Nova Iorque: uma motosserra dourada e a uma medalha de Honra ao Mérito. É claro que, durante a premiação, obviamente tubarões voarão pelas janelas, mais uma vez trazidos pelo temporal.
Apesar do Presidente contar com sua própria segurança pessoal, ela se mostra ineficaz pelos ataques imprevistos, obrigando Fin a agir, com o apoio do próprio político, em cenas hilárias de heroísmo exagerado. Entre os rostos populares, salta aos olhos do espectador o Agente Banner, interpretado pelo Hulk da TV Lou Ferrigno: “Não me deixe nervoso!“. Depois de toda destruição e mortes, Fin vai ao encontro da esposa grávida, April (Tara Reid), que está na Universal Orlando com a filha Claudia (Ryan Newman, de A Casa Monstro, 2006, substitui Aubrey Peeples) e a mãe May (Bo Derek, de Orca – A Baleia Assassina, 1977). A caminho da Flórida, ouvindo debates sobre suas atuações como “caçador de tubarões” onde alguns apontam que ele talvez seja o causador dos problemas para chamar a atenção, Fin reencontra a amiga Nova (Cassandra Scerbo, desaparecida desde o primeiro filme), que agora tem um parceiro na caça aos tubarões, Lucas Stevens (Frankie Muniz, astro da série Malcolm, 2000-2006), em meio a um novo ataque das criaturas, desta vez partindo de uma névoa (!!!).
Fin descobre que os tubarões estão se alimentando de gelo, nas nuvens, o que pode justificar aparecimentos repentinos, sem tornados. Enquanto isso, em Orlando, Claudia conhece a paquera Billy (Jack Griffo, de A Seita Misteriosa, 2011), e se perde da mãe. Com a chegada de Fin, sequências absurdas acontecem como a do tubarão preso numa montanha gigante ou o que substitui o boneco do filme Tubarão, ao passo que a mídia anuncia a provável junção de vários tornados – num fenômeno que poderia resultar no fim dos EUA. Bombas para abafar os tornados não serão suficientes, obrigando Fin a entrar em contato com o pai, Gilbert Grayson (o astro David Hasselhoff), para conseguir um foguete (!!!) para uma manobra arriscada que evitaria a catástrofe.
Não há limites para o absurdo. Desta vez, o argumento bizarro chega ao extremo de colocar tubarões no espaço!! E mesmo distante da água, as criaturas continuam vorazes, arrancando a cabeça daqueles que cruzam seu caminho, enquanto flutuam pelo espaço. E se achou essas possibilidades insanas, espere para ver um bebê nascendo no interior da carcaça de um tubarão! Com a boa audiência e o anúncio do quarto filme, a The Asylum realizou uma campanha pelo twitter para saber a opinião do público se April deve morrer ou não, consequência da cena final. A resposta somente poderá ser dada no próximo domingo, com o lançamento do novo filme.
A febre Sharknado continua crescendo como os tornados que surgem a todo momento no filme. Depois a The Asylum lançaria Lavalantula, um filme sobre aranhas que cospem fogo, e nele há uma pequena participação de Ian Ziering, com ele não se importando com a ameaça por ter “problemas com tubarões“. Também foi produzida uma HQ pela Archie Comics, ilustrada por Dan Parent a partir de um enredo de Anthony C. Ferrante, mostrando tubarões atacando Riverdale, uma cidade fictícia comum aos personagens da série de quadrinhos. E, por fim, foi lançado em outubro o falso documentário Sharknado: Heart of Sharkness, em que David Moore (Jared Cohn) investiga a produção do primeiro filme e conta que tubarões reais foram mortos no processo de confecção. Cara de pau, né? Se podemos aceitar tubarões voadores pelo espaço sideral, qualquer outra coisa é possível quando se pensa no absurdo!
Só tenho uma coisa a dizer sobre esta merda: “Vai tomar no cool!!”
Me perdoe a sinceridade Marcelo, mais um ‘documentario’ que diz que Tubarões REAIS foram usados na “confecção” daqueles cgis de Windons 95 do primeiro filme, precisaria mesmo do prefixo de ser “falso”???
sharknado 1 2 e 3 filmes tão ruins que chegam a ser boms