4.3
(4)

Os Parecidos
Original:Los Parecidos
Ano:2015•País:México
Direção:Isaac Ezban
Roteiro:Isaac Ezban
Produção:Isaac Ezban, Miriam Mercado, Elsa Reyes
Elenco:Luis Alberti, Carmen Beato, Fernando Becerril, Humberto Busto, Cassandra Ciangherotti, Pablo Guisa Koestinger, Gustavo Sánchez Parra

Uma noite de tempestade e um grupo de oito desconhecidos esperando por um ônibus que não chega em um terminal rodoviário isolado. Já passa da meia-noite e todos os ônibus estão atrasados. E para piorar, a ação acontece durante a década de 1960. Ou seja, sem telefone celular ou internet. Este é o começo da produção mexicana Os Parecidos, de 2015. Com direção eficiente de Isaac Ezben, trata-se de umas das melhores produções vindas do México dos últimos anos.

Dentre os personagens, destaque para Ulises (Gustavo Sánchez Parra, de Amores Brutos), que está desesperado para chegar na capital onde a sua esposa está no hospital prestes a ter bebês gêmeos. Sem conseguir sair da estação por conta da forte chuva, Ulises acompanha a chegada dos demais personagens que também precisam pegar o próximo ônibus com urgência. O rádio traz notícias que outros países estão sofrendo com a mesma chuva e fala-se da possibilidade de um furacão global. De repente uma funcionária da estação começa a sofrer o que parece ser um ataque epilético. Logo outros personagens sofrerão do mesmo mal.

Ir além desta explicação pode diminuir o impacto de acompanhar a obra, que deve ser assistida com o mínimo de informação possível. De resto, os personagens farão de tudo para deixarem o lugar ao mesmo tempo em que tentam compreender o estranho fenômeno que está acontecendo. As poucas notícias transmitidas pelo rádio trazem suposições de que a forte chuva não seria composta do H20 enquanto todos dentro da estação tentam entender o que está acontecendo com acusações que vão deste testes biológicos do governo, alucinações, poderes paranormais e até a participação do demônio.

A direção de Ezben é bastante eficiente por não apresentar uma resposta imediata e deixar quem está assistindo tão confuso quanto os próprios personagens. Além disso, a impossibilidade de fuga acaba deixando o filme ainda mais tenso. E mesmo quando o mistério é revelado, mesmo assim o filme segue seguro até o seu inevitável final.

Outro ponto positivo é o fato do roteiro, escrito pelo próprio Ezben, se passar em um único cenário, neste caso a estação de ônibus. E com exceção de um banheiro feminino e a sala do bilheteiro, a maior parte da ação se passa no hall central da estação. Uma decisão arriscada que poderia deixar um filme com tantas interrogações cansativo, mas o que acontece é justamente o oposto. O roteiro tem forte influência de filmes de ficção científica B das décadas de 1950 e 1960.

E se o roteiro e a direção são eficientes, a construção dos personagens é igualmente positiva, assim como a escolha do elenco. Além de Parra, destaque para Cassandra Ciangherotti, como a grávida Irene; Fernando Becerril, como o bilheteiro Martín; e María Elena Olivares como uma curandeira que não fala espanhol. Destaque também para o trabalho de maquiagem, efeitos de maquiagem e a excelente direção de fotografia.

Para completar, o diretor traz aqui um interessante easteregg que explica os eventos ocorridos em O Incidente, seu filme anterior. Desta forma, Ezben acaba por situar as duas tramas no mesmo universo fílmico. Mas não é necessário ter assistido O Incidente para ter uma experiência positiva em Os Parecidos. Este por si só já se basta como obra fílmica imperdível para os fãs do gênero.

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Média da classificação 4.3 / 5. Número de votos: 4

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9 Comentários

  1. O enredo original. A atmosfera do filme é quase um sonho na maestria com grandes atores. Entretanto, após a revelação do evento sobrenatural, tudo desanda. Me decepcionei bastante. O filme queda ao humor e a explicação final é ainda pior. Tinha tudo para ser bom, mas ficou apenas com título do interessante no enredo ruim na sua concretização!

  2. Gostei! Os sites especializados em filmes de terror que venho frequentando ulitmamente não estão me decepcionando com relação à dicas de bons filmes. Climão de “Além da Imaginação”!

  3. Assisti até o início, desisti.
    Porém, alguns detalhes iniciais me fizeram voltar atrás.
    Pra quem gosta de coisas sobrenaturais, paranormalidade e coisas do tipo, acredito que valha a pena assistir.
    No mínimo, interessante.

  4. Achei as atuações sofríveis nesse filme e em muitos momentos me senti assistindo a um ‘Chaves’ de terror.

    1. Definiu bem. Filme sofrível. Muito ruim, mas não daquele tipo que é bom de tão ruim. Só ruim mesmo.

  5. eu achei entediante e não vi até o final, pra ser sincera…

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