2.5
(4)

Original:Attack of the Killer Donuts
Ano:2017•País:EUA
Direção:Scott Wheeler
Roteiro:Chris De Christopher, Nathan Dalton, Rafael Diaz-Wagner
Produção:Rafael Diaz-Wagner, Nicole M. Saad
Elenco:Chris De Christopher, Kayla Compton, Lauren Compton, Christine Nguyen, C. Thomas Howell, Justin Ray, Kassandra Voyagis, Ben Heyman.

Das Camisinhas Assassinas aos Tomates Sanguinários, passando por pneus psicopatas, o Cinema de Horror, sobretudo dentro da estética trash, sempre usou de muita criatividade ao dar vida (e cólera homicida) aos mais diversos objetos inanimados, independentemente de o objetivo ser mais ou menos ambicioso ou de uma maior ou menor qualidade fílmica. E, se nas décadas anteriores essas obras eram vistas com muito mais curiosidade e recebidas por sua originalidade e ousadia, em tempos mais recentes, com o advento do cinema digital e da computação gráfica mais acessível a cineastas independentes, já não se encontra mais tanto burburinho quando um título como Attack of the Killer Donuts é lançado. A coisa ainda se torna potencialmente menos atrativa quando estamos falando de Donuts, uma guloseima popularíssima nos Estados Unidos, mas ainda pouco consumida aqui. Assim, foi com uma curiosidade insípida que fui conferir o longa das rosquinhas assassinas, e, embora o resultado esteja longe de qualquer obra memorável, é possível se divertir com a abordagem descompromissada.

Na trama, um bizarro acidente com uma substância química obtida por um cientista maluco (estereótipo clássico, aqui interpretado por Michael Swan) numa cidadezinha americana, acaba por contaminar as fritadeiras de uma lanchonete quase falida (Dandy Donuts) na qual trabalham os jovens Johnny e Michelle, fazendo com que os Donuts do local ganhem vida – e dentes (!) – e ataquem quem passe pela frente.

Embora o roteiro conte com momentos tediosos, como uma série de diálogos aborrecidos como na cena dos irmãos discutindo dentro do carro, a partir do momento em que é assumida uma posição assumidamente trash, o file cresce (e diverte) bastante, com destaque para várias cenas com os donuts assumidamente falsos rolando pelas ruas, ou na cena do cientista no “laboratório” no porão da casa de Johnny, ou ainda na ótima cena dos policiais visitando a loja de Donuts para comer de graça. Nesse ponto ainda vale destacar a ótima performance do ator veterano C. Thomas Howell como um dos tiras, que sempre que aparece arranca boas gargalhadas do espectador.

Por vezes adotando um tom estranhamente familiar e infantil (os protagonistas dão selinhos em vez de beijos românticos, não há nudez, o sangue é raro), a cara de telefilme acaba ajudando no caráter de filme “classe Z” que acaba sendo mais do que bem vindo à obra.

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