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Meandro
Original:Meander
Ano:2020•País:França
Direção:Mathieu Turi
Roteiro:Mathieu Turi
Produção:Julien Deris, David Gauquié, Eric Gendarme, Sandra Karim, Thomas Lubeau
Elenco:Gaia Weiss, Peter Franzén, Romane Libert, Frédéric Franchitti, Corneliu Dragomirescu, Eva Niewdanski

Produções ambientadas em espaços reduzidos acabam tendo um bom relacionamento com os fãs de horror. Parece que a claustrofobia e o desconforto são as bases de argumentos criativos e que promovem situações tensas e curiosas. Sem ir muito a fundo, o infernauta deve-se lembrar de franquias como Jogos Mortais, Cubo e até filmes bem conceituados como Enterrado Vivo e CircleMeandro vem dessa safra.

A princípio, a referência maior deveria ser o fraco Crawl or Die (2014), mas, ao observar o trailer, percebe-se que os desafios que ela encontrará pelo caminho são ainda mais intensos e perigosos. Dirigido e roteirizado por Mathieu Turi, responsável por Depois do Apocalipse, o longa destaca a angustiada Lisa (Gaia Weiss), que, depois de perder a filha em um acidente doméstico, não vê razões para continuar viva, embora não tenha coragem suficiente para uma ação fatal. Assim que aceita a carona do estranho Adam (Peter Franzén), ela logo é nocauteada por ele e acorda em uma situação bem incômoda: com uma vestimenta futurista, acesso a túneis estreitos e regras próprias.

Ela irá se esgueirar por essas passagens, enfrentando diversos desafios físicos, com uma pulseira em seu braço com a indicação de um cronômetro. Encontrar a saída deve ser a sua oportunidade de redenção, ao passo que tenta entender a lógica desse misterioso labirinto. Além das dificuldades propostas, como a possibilidade de ser queimada viva, afogada e até perder partes de seu corpo, logo Lisa descobrirá que não está sozinha nesse local, sendo seguida por um “vingador tóxico” (é ver para crer), e ainda terá alguns outros encontros durante o percurso.

Consciente da perspectiva de esbarrar em produções conhecidas, Turi desvia a protagonista para uma jornada metafísica, permitindo reflexões e simbologias que vão além do conceito de “deixar para trás“. Ele se beneficia de seu bom elenco, como a dupla oriunda da série Vikings, e que possuem uma agradável química. É notável a mudança de postura da personagem da Gaia Weiss, representando uma evolução gradual de Lisa através de seu auto-conhecimento, em um contraponto reparável em Adam, que de um aparente motorista simpático passa a uma condição primitiva.

Bem realizado, com interessantes elementos de ficção científica, Meandro perde sua força na interpretativa cena final. O thriller futurista busca uma profundidade além da já alcançada, e escorrega no que poderia ser mais simples e eficiente, se terminasse na sequência anterior. Turi optou por um caminho tortuoso em sua narrativa, quando era melhor ter mantido os pés no chão.

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2 Comentários

  1. vou conferir
    não conhecia esse
    e se for ruim vou ter assistido pra falar com propriedade q é ruim

  2. Não assistam! Perda de tempo total! O filme não faz sentido desde o início, o roteiro não faz sentido. Ninguém entende nada e o filme não explica nada. No começo você acha ruim, depois o filme volta pro começo e continua ruim. Primeiro você pensa que é um filme de serial killer, depois de zumbi, depois de monstro, depois de algo sobrenatural… Mas continua sendo tudo uma bosta. Excluí meu pai do grupo da família depois que ele recomendou esse filme.

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