4.4
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O Elevador Assassino
Original:The Lift
Ano:1983•País:Holanda
Direção:Dick Maas
Roteiro:Dick Maas
Produção:Matthijs van Heijningen
Elenco:Huub Stapel, Willeke van Ammelrooy, Josine van Dalsum, Liz Snoyink, Wiske Sterringa, Huib Broos, Pieter Lutz, Johan Hobo

Eu tive o privilégio de ser um adolescente durante os saudosos anos 80 do século passado, uma época produtiva e extremamente divertida para o cinema de horror e ficção científica. E o privilégio foi ainda maior por ter visto nos cinemas em 1984 o filme holandês O Elevador Sem Destino (The Lift, 1983), que depois foi lançado em VHS, exibido na televisão e disponibilizado também em DVD bem depois em 2020, todos com outro nome alternativo mais conhecido, O Elevador Assassino. E para a sorte de quem acompanha o cinema fantástico antigo, está disponível no Youtube, tanto uma versão dublada quanto também outra original em inglês com legendas em português.

Com direção e roteiro de Dick Maas, a história mostra um mecânico de elevadores, Felix Adelaar (Huub Stapel), que é chamado para averiguar a falha do sistema de ar condicionado de um elevador num prédio de escritórios, que também abriga um restaurante, depois que um grupo de pessoas presas numa queda de energia quase morre por sufocamento. Não encontrando problemas mecânicos inicialmente, as coisas complicam bastante após a ocorrência em seguida de mortes misteriosas no elevador, despertando a atenção da imprensa através da repórter Mieke de Beer (Willeke van Ammelrooy). Ela então agrega esforços com o técnico de manutenção, e juntos eles investigam o caso na tentativa de encontrar explicações sobre o “elevador assassino” e a relação com um projeto obscuro de tecnologia com microchips.

O Elevador Assassino é apenas mais um filme simples com aquelas histórias escapistas exageradas na fantasia explorando máquinas que ganham vida própria e espalham o horror com mortes sangrentas. Nesse caso, o assassino da vez é um elevador cujos componentes eletrônicos que controlam seus movimentos fazem parte de uma experiência com resultados inesperados e consequências trágicas para as pessoas que circulam num prédio de escritórios.

Porém, o filme tem toda aquela atmosfera oitentista que sempre traz nostalgia e diversão sem compromisso, desde a música datada, o visual dos atores e os efeitos práticos das mortes violentas, sem a artificialidade da computação gráfica. Como uma produção com orçamento reduzido (os recursos eram poucos, tanto que as filmagens duraram só 30 dias e a trilha sonora foi feita pelo próprio diretor para reduzir gastos), os efeitos são bagaceiros e por isso mesmo divertidos (tem até uma cena icônica com cabeça decepada).

E é verdade que a história de investigação é um pouco arrastada e a duração poderia ser reduzida dos 93 minutos do corte final, e ficaria bem melhor com mais cadáveres na fila do elevador. Mas, é curioso o fato de ser um filme holandês que conseguiu encontrar seu lugar no meio de uma grande proliferação de filmes americanos do mesmo período, sendo exibido em tela grande por aqui e com sucesso no lançamento em VHS pela Warner, tendo atingido certa condição de cult. Eu mesmo estou entre os que sempre guardam reservadas na memória algumas cenas de mortes do filme.

E tem também uma cena muito bem produzida envolvendo a garotinha interpretada por Isabelle Brok (que ilustra o cartaz do filme) num jogo de suspense entre sua inocência infantil e o sombrio conjunto de elevadores com vida própria.

O filme ganhou em 2001 uma refilmagem através do mesmo diretor, Dick Maas, e com Naomi Watts no elenco. Foi lançado por aqui com outro nome alternativo, O Elevador da Morte (Down/The Shaft), para complicar e confundir ainda mais os fãs que acompanham os filmes de horror que chegam ao Brasil. Em vez de se fazer uma simples pesquisa para manter uma coerência nos nomes adotados, os responsáveis por essa simples tarefa insistem em criar novos títulos.

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2 Comentários

  1. O protagonista é a mistura do Al Pacino jovem com o Paul McCartney também jovem ( eu achei ele bonito até) .
    Filme razoável.

  2. Lembro que assisti este filme quando passou na TV (na Bandeirantes, se não me engano). Era adolescente e senti calafrios. Anos depois assisti novamente e me peguei perguntando como este filme me assustou naquela época?

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