Orfã 2: A Origem
Original:Orphan – First Kill
Ano:2022•País:EUA Direção:William Brent Bell Roteiro:David Leslie Johnson-McGoldrick Produção:Alex Mace, Ethan Erwin, Hal Sadoff, James Tomlinson Elenco:Isabelle Fuhrman, Julia Stiles, Rossif Sutherland, Matthew Finlan, Hiro Kanagawa, Samantha Walkes |
Em 2009, uma jovem Isabelle Fuhrman chocou o mundo com sua performance em A Órfã. Na trama, a atriz de 12 anos interpretava Esther, uma mulher adulta cujo crescimento havia sido interrompido na infância devido a um raro distúrbio genético, tornando sua aparência permanentemente infantil. Em 2022, a adulta Fuhrman volta a interpretar a criança Esther, sem efeitos especiais, em uma prequel que se passa dois anos antes do primeiro filme.
Na história, conhecemos as origens de Esther (originalmente conhecida como Leena Klammer), que residia em um hospital psiquiátrico na Estônia e era tratada como paciente de altíssima periculosidade. Após escapar de forma impressionante da instituição, Leena foge para os Estados Unidos e é adotada por uma bem abastada família americana. O que se segue então é uma rede de manipulações, intrigas e sangue, que levarão Leena a se transformar, finalmente, em Esther.
A primeira impressão é desconforto. Mesmo com todos os efeitos práticos, que incluíram desde o uso dos já icônicos sapatos-plataforma, que serviram para potencializar a diferença de altura entre Esther e o restante dos personagens, até o uso de dublês de corpo para Fuhrman nas cenas em que a mesma aparece de corpo inteiro, é impossível ignorar o fato de que uma mulher de 25 anos está interpretando uma garota de 10. Além disso, a primeira metade do longa é marcada por uma forte sensação de deja-vu, em que parece que estamos assistindo uma mera refilmagem da produção original, inclusive com as mesmas interações de Esther com os familiares que a acolheram.
De repente, o longa sofre uma reviravolta gigantesca e inesperada, embarcando em um ritmo frenético até o final. É o máximo que pode ser dito sem entrar em spoilers, mas cabe aqui um elogio à enorme (trocadilhos cretinos à parte) atuação de Fuhrman, que consegue entregar várias nuances da criação de uma psicopata mirim. Por mais que o engodo primário de Esther seja enganar a todos pela aparência, fica nítido que ela peca pela inexperiência, cometendo alguns (muitos) erros bobos. Outra que está muito bem na produção é Julia Stiles, que interpreta com maestria uma mãe que fará de tudo para proteger sua família.
Confesso que assisti com baixíssimas expectativas, pois, além de não perceber, inicialmente, motivo para uma sequência, todo o plot envolvendo uma mulher crescida interpretando uma criança me pareceu a cara do filme trash. Felizmente, me espantei ao perceber que Órfã 2 é a continuação que eu não sabia que precisava. Divertidíssimo e com um roteiro intrigante, com certeza merece uma espiada.
Um dos piores erros no caso desse filme, foi a demora de produção do primeiro para o segundo, acho que perdeu um pouco o calor da coisa. Sequência muito fraca.
Estava desanimado para assistir esse filme mas agora vou dar uma chance