The Walking Dead: Daryl Dixon - 1ª Temporada
Original:The Walking Dead: Daryl Dixon - Season One
Ano:2023•País:EUA Direção:Daniel Percival, Tim Southam Roteiro:David Zabel, Robert Kirkman, Laura Snow, Jason Richman, Coline Abert, Shannon Goss Produção:Raphaël Benoliel, Augustin De Belloy Elenco:Norman Reedus, Clémence Poésy, Laïka Blanc-Francard, Anne Charrier, Romain Levi, Melissa McBride, Adam Nagaitis, Eriq Ebouaney, François Delaive, Lukerya Ilyashenko, Dominique Pinon, Hugo Dillon, Hassam Ghancy, Elie Haddad |
Dentre os personagens da série oficial The Walking Dead, Daryl Dixon (Norman Reedus) foi um dos que mais evoluíram ao longo das temporadas. Ele teria o papel de bad boy, alguém frustrado com a perda do irmão, de difícil convivência, e que, aos poucos, faria parte do grupo principal, devido à amizade com Carol Peletier (Melissa McBride). Assumindo o protagonismo com o sumiço de Rick, ele construiu um legado próprio, sempre mantendo uma carranca mesmo nos momentos de mais sensibilidade. Com o final da série The Walking Dead, entre os spin offs previstos, haveria um que seguiria os moldes de Dead City, destacando Daryl e Carol em combates na França. Compromissos de agenda impediram o envolvimento de Melissa, restando ao cabeludo as rédeas da primeira temporada.
The Walking Dead: Daryl Dixon foi ao ar em 10 de setembro, contando com seis episódios, seguindo as tradições de todas as séries e derivados de The Walking Dead. O primeiro, “L’âme Perdue“, dirigido por Daniel Percival, mostra a chegada do personagem à França, próximo de Marselha. Depois de deixar uma gravação que apresenta sua origem, mas não explica como chegou ali, Daryl encontra Maribelle (Carmen Kassovitz) e seu avô Guillaume (Bernard Bloch). Com a chegada de dois soldados do grupo Pouvoir des Vivants (Poder dos Vivos), o conflito leva à morte dos militares, mas não impede que Daryl seja roubado pela dupla que imaginava estar protegendo. Posteriormente, Guillaume será morto por Codron (Paul Deby), irmão de um dos soldados e que irá perseguir Daryl durante toda a temporada buscando vingança.
Daryl será salvo pela freira Isabelle (Clémence Poésy), pertencente à Union de L’Espoir (União da Esperança), que o levará ferido à abadia, onde há mais freiras e o garoto Laurent (Louis Puech Scigliuzzi), visto como um novo messias e que precisa ser protegido e levado a um abrigo, conhecido como Ninho. De acordo com visões proféticas, alguém virá com essa missão salvadora e todos ali acreditam que seja Daryl. Mas Codron está ao encalço, chegará à abadia para um extermínio, exigindo as ações do americano para salvar o garoto e o local. O militar serve a Marion Genet (Anne Charrier), que comanda o navio que realizava experimentos com mortos – chamados ali de “podres” – e que foi responsável por levar Daryl como prisioneiro, proporcionando sua fuga e chegada à França.
Por fim, também surge como ameaça Quinn (Adam Nagaitis, de The Terror – 1ª Temporada), ex-namorado de Isabelle antes de se tornar freira. Ele irá reaparecer e, mesmo já tendo seu próprio espaço e liderança, fará de tudo para ter novamente Isabelle e ainda proteger Laurent, filho que teve com Lily. Agitada em vários espaços, contendo zumbis a todo momento, incluindo uma variante apelidada de “queimados“, similares ao radioativos de Fear the Walking Dead, The Walking Dead: Daryl Dixon faz uso de vários espaços reconhecidos da França, como fora feito em Dead City em Manhatan, explorando a própria Torre Eiffel, o Cemitério do Père-Lachaise (onde Jim Morrison, lembrado, está enterrado, garantindo uma versão de “People are Strange” em francês, de Philonico), e as catacumbas de Paris.
Além das perseguições e combates, e os belíssimos cenários, há momentos bem interessantes, como a tradicional arena, onde Daryl é colocado para enfrentar os “podres queimados“, sob o olhar eufórico de uma plateia. E também a cena em que um maestro insano comanda uma orquestra de zumbis. É claro que já se sabe que o protagonista não irá morrer, restando ao espectador torcer pelos personagens secundários, temendo pelo destino de Isabelle e Laurent, os principais, e outros como Sylvie (Laïka Blanc-Francard), que nutre um amor por Emile (Tristan Zanchi), do grupo de Fallou Boukar (Eriq Ebouaney). Aos poucos, um Daryl incrédulo começa a realmente a acreditar que o garoto seja especial e que ele tem uma função heroica de proteção, indo contra seus pensamentos ateístas.
ATENÇÃO: SPOILERS
O único pesar desta primeira temporada está no episódio derradeiro, “Coming Home“, quando Daryl segue seu destino para retornar à América. Depois de várias batalhas, aquele que deveria buscar sua vingança muda estranhamente de lado, e o protagonista fica andando pelos campos, buscando parentes enterrados, enfrentando alguns zumbis, até o ponto de pesar sua decisão. Vale pela aparição “pós-créditos” de Carol, já dando indícios de sua presença na já confirmada segunda temporada. Parece que os rumos da série trarão a dupla em situações ainda em Paris, conflitando com Marion e outros inimigos locais, com a composição de um possível triângulo amoroso.
FIM DOS SPOILERS
Foi uma boa primeira temporada como já era de esperar. Gostei mais de Dead City pelos caminhos propostos, indo contra a opinião dos críticos que consideraram Daryl Dixon como a melhor entrada desde as primeiras temporadas de The Walking Dead. Empolga, mas perde o ritmo no episódio final, com promessas de um futuro bastante animador.
Guerreiro, não acompanho mais nada de The walking dead faz tempo,e olha que era uma das minhas séries preferidas e Daryl era meu personagem preferido.