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The Man in the White Van
Original:The Man in the White Van
Ano:2023•País:EUA
Direção:Warren Skeels
Roteiro:Warren Skeels, Sharon Y. Cobb
Produção:Anne Marie Gillen, Terri Lubaroff, Michael Nole, Paul Scanlan, Warren Skeels
Elenco:Madison Wolfe, Brec Bassinger, Ali Larter, Sean Astin, Skai Jackson, Gavin Warren, Noah Lomax, Addison Riecke, Deborah Ann Woll, Julianne Arrieta, Darrius Thomas, Dylan Summerall

Você provavelmente nunca deve ter ouvido falar do assassino William Mansfield Jr.. Sem a popularidade de um Ed Gein, Ted Bundy, Jeffrey Dahmer, BTK e até Jack, o Estripador, o Assassino do Zodíaco e até O Maníaco do Parque, a trajetória sangrenta de Billy é pouco conhecida. De acordo com as enciclopédias virtuais, entre 1975 e 1980, ele assassinou cinco moças, depois que os corpos de quatro foram encontrados em sua propriedade. Considerado um molestador de crianças e estuprador, ele foi condenado a quatro prisões perpétuas depois que assumiu a autoria dos crimes, escapando assim da pena de morte. Todas essas informações pesquisadas passarão a quarteirões de distância do filme The Man in the White Van.

Apesar do título referenciar como o assassino ficou conhecido na época, o longa de Warren Skeels não é biográfico. Você alcançará os créditos sem saber qualquer informação sobre o assassino, sua infância, motivação, como trabalhava e nem sequer seu rosto. Foi uma aposta do roteiro de Skeels em parceria de Sharon Y. Cobb em trabalhar o suspense, apresentar um vilão onipresente, perseguidor e agressivo, enquanto traz o protagonismo da adolescente Annie Williams (Madison Wolfe, a menina “possuída” de Invocação do Mal 2), a considerada pela irmã Margaret (Brec Bassinger, de Medo Profundo: O Segundo Ataque, 2016), a “patinho feio” da família. Além das duas, há o caçula Daniel (Gavin Warren, de Mergulho Noturno, 2024), que sonha em aprender a atirar, e os pais, Helen (Ali Larter, das franquias Premonição e Resident Evil) e Richard (Sean Astin, de Os Goonies e eternamente lembrado como o Sam, da trilogia O Senhor dos Anéis).

Ambientado em 1975, o filme apresenta a rotina da busca de amadurecimento de Annie: aprendendo a depilar a perna e passar batom e sua vontade de dar o primeiro beijo antes dos 16, além de conquistar o recém-chegado Mark (Noah Lomax), fã de rock e da música “I Think I love you“, da Família Dó, Ré, Mi. Entre aulas de dissecação, conversas com a amiga Patty (Skai Jackson) e passeios a cavalo, Annie começa a perceber uma presença constante à espreita, no interior de uma van branca. Aos poucos, a van passa a estar mais próxima, observando-a na escola, acompanhando-a no caminho para casa e até em sua propriedade, com a sombra de um homem fumante.

Com um passado de mentiras descobertas pela família, como a história do “Pedro e o Lobo“, ninguém acredita em seus relatos sobre um stalker cada vez mais próximo. Para evitar que o filme trabalhe apenas um suspense morno made for TV, a rotina de Annie é alternada com sequestros de outras garotas, uma por ano, a partir de 1970, apostando na criatividade do roteiro para apresentar mudanças no modus operandi do agressor. Fica a dúvida: estaria o longa apresentando ações do assassino antes das vítimas encontradas em sua moradia, uma vez que seus crimes teriam começado “oficialmente” em 75?

Além de não trazer informação alguma sobre o sequestrador, o filme ainda traz outras perguntas que não são respondidas: em 74, o assassino é visto entregando uma garota ao pai, também entre sombras, que diz “Você fez o certo.” Quem é esse homem, se na biografia do assassino não tem nenhum relato a respeito? Seria uma referência discreta aO Massacre da Serra Elétrica, ao dar indícios de uma família assassina? E, por que, depois do último e intenso ato, os Williams parecem felizes, se a história não terminou ali? E é esse último ato, condicionado aos vinte minutos finais, que The Man in the White Van mostra a que veio, como um thriller de perseguição com elementos de survival horror.

Muito bem dirigido – aliás, tecnicamente perfeito em todos os aspectos -, é importante que o infernauta saiba que o longa traz a conta-gotas doses de suspense, entrecortadas com sequências de sequestro e violência, até reservar um final de destruir as unhas do espectador. E ainda traz uma pontinha ilustre de Deborah Ann Woll como a garçonete sequestrada no começo. A atriz de True Blood, Escape Room 2 e da série Demolidor aparece em um prólogo bem tenso, sem dizer uma palavra sequer. É mais ou menos como o público terminará o filme, após a cena entre os créditos.

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