Terror que Ladra: “Cão do Diabo” e “Rastros de Vingança”

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Cujo (1983)

Nós somos loucos por cachorros” era o slogan daquela interessante campanha da Pedigree que mostrava cães dos mais variados tipos e tamanhos em momentos divertidos com crianças, adolescentes e adultos. Faz muito sentido. Por mais que a pessoa não goste desses animais domésticos que expressam sua alegria ao ver o dono que simplesmente volta do supermercado, ela ainda assim acaba se comovendo ao ver um filhote tentando andar todo desengonçado ou simplesmente fazendo suas bobagens de costume. Cães não se importam com a cor da pele, com a beleza física ou com a condição econômica e social de seu dono – basta uma volta no centro da cidade para ver esses fiéis companheiros seguindo mendigos e crianças em condições miseráveis, não dando importância para aquele rapaz que oferece um biscoito ou uma possibilidade de conforto.

Assim, para o cinema fazer uso dessas criaturas que abanam o rabo foi apenas “uma pata“. São tantas produções memoráveis que poderiam fazer desta análise uma enciclopédia canina, mas, o foco aqui são os filmes de terror. Os cães sempre marcaram território no gênero, seja através de pequenas participações, ou como o plot principal. Quantos filmes você já viu em que um família com cachorro se muda para um casarão até começar a ser aterrorizada por fantasmas? Ou películas que trazem cachorros salvando seus donos do perigo, ainda que tenham que se sacrificar para o ato heroico? No entanto, as que se destacam no estilo são aquelas que apresentam histórias diferentes (Os Dobermann Atacam, Red, Zoltan, Cães Assassinos, Max – Fidelidade Assassina), ousadas (Cão do Diabo, Cão Branco) ou que utilizam o animal numa participação marcante (Bala de Prata, A Profecia, Lua Negra, The Beyond).

Podemos citar dezenas de exemplos da participação fundamental canina em filmes do gênero, como em À Espera de um Milagre na história narrada sobre um cachorro que simplesmente resolveu atacar uma criança deixando-a cega de um olho e serviu como forma de ensinar o personagem de Tom Hanks, Paul Edgecomb, a se convencer da possibilidade de John Coffey ter mesmo realizado aquele violento crime que o levou à cadeira elétrica; em outro filme baseado em Stephen King (não é necessário citar Cujo, é?), o espetacular Cemitério Maldito, temos um exemplo de um cão que retorna dos mortos para não fazer festa; no interessante Madrugada dos Mortos (remake de Despertar dos Mortos, de Romero), quem não se lembra de Chips, aquele Collie preto-e-branco que tem a missão de levar comida para Andy, aquele rapaz que mora em frente ao shopping e se comunica com placas? Em outro remake, o ótimo Enigma do Outro Mundo, toda a violência e as cenas angustiantes acontecem depois que um cão da raça husky foge de caçadores pelo ártico e acaba parando nas mãos do personagem de Kurt Russell e sua equipe de cientistas. Outro husky conseguiu destaque no clássico Garotos Perdidos – lembra dos latidos de Nanook que percebe que Michael está diferente e que acaba tendo um ato heroico na sequência final? Em Sinais, aquele controverso filme do diretor indiano sobre ETs, um dos momentos mais tensos acontece quando um cachorro simplesmente para de latir, enquanto a família de Mel Gibson se tranca na casa rural. Poderíamos citar também os cães Beast and Beauty, do clássico Quadrilha de Sádicos e que tem até um flashback na continuação; o Rottweiler que traz a mutação para o vilão de Alien 3, e também está presente em Criaturas Atrás da Parede

Cães modificados de Resident Evil
Cães modificados de Resident Evil

Como podemos ver, esses animais são sempre fiéis ao seu dono e aos filmes de terror, com participação pequena ou com muito destaque. Veremos agora os dois lados: um exemplo de filme com um cachorro como vilão e outro com o animal apenas como vítima. Duas produções excelentes que você pode assistir sem medo de levar uma mordida!

Cão do Diabo
Original:Devil Dog: The Hound of Hell
Ano:1978•País:EUA, Canadá
Direção:Curtis Harrington
Roteiro:Steven Karpf, Elinor Karpf
Produção:Lou Morheim
Elenco:Richard Crenna, Yvette Mimieux, Kim Richards, Ike Eisenmann, Victor Jory, Lou Frizzell, Ken Kercheval, R.G. Armstrong, Martine Beswick, Bob Navarro, Lois Ursone, Warren MunsonShelley Curtis

Mil anos a humanidade tem esperado, mil anos desde que foi trancado nas entranhas do inferno e desapareceu da terra. Mil anos desde que aquele a quem chamam de abençoado derrotou vocês. E agora, novamente, tua hora chegou e estamos preparados. Temos seguido a lei. Nós adoramos você, nós ansiamos por você, Pai das Trevas. Envie o seu demônio, seu filho, sua semente, sua besta…e toma seu devido lugar como mestre da terra, através de nós. Envie agora aquele a quem invocamos. Envie a besta..Barghest! Barghest!

Presente constante na Sessão Coruja, trata-se de uma produção made-for-tv, dirigida por Curtis Harrington (conhecido pelos diversos trabalhos na TV em séries clássicas, e falecido em 2007), que traz todo aquele clima sombrio dos filmes setentistas que marcaram e assustaram a infância de muita gente. Com uma trama simples (cão satânico aterroriza família) e efeitos medianos, Devil Dog se destaca pelo elenco bem escolhido, pela atmosfera aterrorizante e por cenas que se tornaram clássicas e que são sempre lembradas em fóruns do gênero.

Um grupo de satanistas vai a um canil comprar um filhote especial, um procriador nato, não se importando com os valores altos da aquisição. Momentos depois, enquanto rolam os créditos iniciais, acompanhamos um culto satânico bem realista (a imagem do demônio, com velas, pessoas encapuzadas que repetem o que é dito pela líder – e que se encontra no início deste texto), tendo como foco um animalzinho, um filhote de pastor alemão, acorrentado sobre um pentagrama. Em efeitos no estilo The Evil Dead, acompanhamos a visão avermelhada e os movimentos de algo que se aproxima rapidamente pelos campos próximos, até o local do culto, onde acontece a fecundação.

Na cena seguinte, vemos o casal Mike (o ótimo Richard Crenna, conhecido como o tenente Samuel Trautman, dos três primeiros Rambo, falecido em 2003) e Betty Barry (Yvette Mimieux) retornando para casa depois de um dia de trabalho, pensando no aniversário de dez anos da filha Bonnie (Kim Richards, de A Montanha Enfeitiçada e A Volta da Montanha Enfeitiçada) que está próximo. Quando se aproximam de sua morada, encontram seu cachorro Skipper morto, vítima de atropelamento. De acordo com um vizinho, um furgão preto o atropelou de forma violenta, como se tivesse a intenção de cometer o ato. Sem ânimo para fazer festa, a jovem somente volta a sorrir quando um estranho vendedor de frutas e legumes mostra seus filhotes de pastor alemão e diz que procura um lar para eles. Convencida pelo irmão Charlie (Ike Eisenmann, que também atuou nos filmes da Montanha Enfeitiçada novamente como irmão de Kim Richards) e pela doçura do animalzinho, Bonnie aceita cuidar de um cãozinho, dando lhe o nome de Lucky. Se tivesse notado as atitudes suspeitas do vendedor, que somente parou para vender para as crianças e ainda ofereceu a elas uma maçã (típica atitude maléfica nas histórias infantis), nada de ruim teria acontecido.

Cão do Diabo (1978) (2)

Não demora muito para Lucky mostrar seus poderes. Depois de assustar o cão do vizinho, a empregada Maria até tenta alertar a família das influências negativas do animal, mas acaba sendo a primeira vítima fatal durante uma oração. Sinto cheiro de fumaça!, diz o pai quando chega em casa.  (Não, não é fumaça, é o cheiro do espetinho de uma empregada latina). É interessante notar que os tais poderes do animal se resumem ao olhar brilhante, ocasionado por uma luz apontada para seus olhos. Sempre que Curtis Harrington aproxima a câmera dos olhos do cachorro já imaginamos que algo ruim vai acontecer.

Um ano após a chegada de Lucky, agora um legítimo pastor alemão, o pai da família, Mike, estranha a relação pouco afetuosa que anda tendo com o animal. E para piorar, o cão do Diabo tenta sem sucesso usar seus poderes contra o pai forçando-o a colocar as mãos nas lâminas do cortador de grama – uma daquelas cenas clássicas que os fãs sempre lembram quando querem saber o nome do filme. A situação ainda se complica quando Mike começa a perceber que sua família está começando a agir de modo estranho. Começa com os rituais noturnos dos filhos – que passam a acender vela e realizar pequenos sacrifícios para uma imagem satânica -, depois afeta sua esposa Betty. O que você faria se visse seus filhos fazendo orações na madrugada para Satã? Mike dá uma bronca e pronto. Algo como Não quero mais ver vocês cultuando o Diabo aqui em casa, ok? Se continuarem com isso, vão ficar de castigo.

Cão do Diabo (1978) (3)

Mike não entende porque o cachorro não consegue influenciá-lo, principalmente quando ele começa a agir contra o animal – outros que tentaram o feito acabaram como vítimas de Lucky. Numa dessas ações do animal, acontece outra cena clássica: o cão visita sua próxima vítima e surge com um visual bem demoníaco de gelar a espinha, ainda que hoje a cena possa estar envelhecida para os mais exigentes.

Em outra cena memorável, Mike tenta se livrar do cachorro levando-o para um lugar deserto para abatê-lo com uma arma de fogo, mas as balas não ferem a criatura que ainda encontra um meio de retornar para sua família. Depois de ver na TV que outros cães da mesma raça andam exterminando famílias inteiras, Mike resolve procurar outras formas de ajuda, mesmo que para conseguir se livrar do cão seja preciso uma longa viagem e um sacrifício.

Com um roteiro dos irmãos Elinor e Steven Karpf, O Cão do Diabo é definitivamente um filme feito para a televisão, com efeitos simples e uma fotografia envelhecida. Ainda assim, consegue destaque pelo seu clima aterrorizante proporcionado pela influência satânica do animal, que lembra bastante o clássico A Profecia. Suas cenas inesquecíveis, principalmente a que involve o confronto entre Mike e Lucky, tornam toda a experiência em conferi-lo de modo ainda mais gratificante. Vale ainda mais a pena se você tentar assistir à noite, sozinho em seu quarto ou sala, tentando se levar pela magia de uma produção setentista fiel ao gênero que fez parte de uma época em que as histórias eram beneficiadas pela criatividade de seus realizadores.

Rastros de Vingança
Original:Red
Ano:2008•País:EUA
Direção:Trygve Allister Diesen, Lucky McKee
Roteiro:Stephen Susco, Jack Ketchum
Produção:Steve Blair, Trygve Allister Diesen, Norman Dreyfuss
Elenco:Brian Cox, Noel Fisher, Kyle Gallner, Shiloh Fernandez, Kim Dickens, Marcia Bennett, Richard Riehle, Tom Sizemore, Ashley Laurence, Robert Englund, Amanda Plummer, Keith Buterbaugh

Aprendi uma coisa com a guerra: você luta com o que tiver, com o que pegar. E nunca pode parar. Quando fizer, será o instante em que o mundo desabará sobre você.

Durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 2008, entre produções interessantes em cartaz, fui atraído por uma menor, pouco comentada nos fóruns, mas que chamava a minha atenção pelo ótimo elenco e pela direção de um dos mestres do terror. O primeiro contanto com Red aconteceu exatamente quando eu pesquisava a filmografia do diretor Lucky McKee quando preparava a ficha da extinta série Masters of Horror. Eu queria entender porque o cineasta figurava entre outros grandes diretores do gênero se eu conhecia pouquíssimo de seu trabalho.

Lucky McKee é um cineasta jovem. Com pouco mais de trinta anos, possui uma filmografia pequena, dividida entre trabalhos como diretor, roteirista, ator e produtor. Estreou como co-diretor com o filme All Cheerleaders Die, em 2001, depois, no ano seguinte, comandou sua obra-prima, o terror May – Obsessão Assassina.

Red (2008) (1)

Apenas esses dois trabalhos já foram suficientes para o cineasta ser convidado a dirigir um episódio da série Masters of Horror, intitulado Criatura Maligna, com Ângela Bettis (a protagonista de May) – aliás, sua parceria com Bettis retornaria em 2006, quando Mckee estrelaria o terror Roman, dirigido por ela. Nesse mesmo ano, o diretor faria mais um filme de terror, uma produção envolvendo bruxaria no estilo Suspiria chamada A Floresta, tendo Bruce Campbell no elenco. Com uma filmografia praticamente impecável, McKee ainda faria em 2011 o excelente The Woman – Nem Todo Monstro Vive na Selva, com uma mensagem social num torture porn angustiante e bem realizado.

Tendo em vista esses trabalhos de McKee, não seria difícil qualquer pessoa se interessar por Red, (lançado no Brasil como Rastros de Vingança) ainda mais sabendo que o elenco ainda contava com Brian Cox (você com certeza já viu algum filme dele. Lembra do pai da Samara em O Chamado? Do pai dorminhoco de Voo Noturno?), Tom Sizemore (A Fornalha, O Apanhador de Sonhos, A Relíquia), a screem queen Ashley Laurence (a diva dos cenobitas, de Hellraiser), Robert Englund (o ícone Freddy Krueger), Amanda Plummer (O Ajudante de Satã e a Honey Bunny de Pulp Fiction), entre outros. Com todos esses nomes, é de se estranhar que a sessão de Red na Mostra Internacional não tenha tido um número muito bom de público em relação a outras produções estrangeiras.

Red (2008) (2)

Com roteiro escrito por Stephen Susco (O Grito e O Grito 2), baseado num romance de Jack Ketchum (The Girl Next Door), Rastros de Vingança não é um filme de terror. Aliás, poderia ser encontrada tranquilamente na prateleira de dramas de qualquer locadora, apesar de possuir alguns elementos típicos das produções do estilo alguém-quer-justiça-a-qualquer-preço-depois-de-perder-quem-ama como Desejo de Matar, Sentença de Morte etc. Para quem gosta de animais, consegue sentir na pele quase todas as sensações do personagem de Brian Cox.

Red é o nome do cachorro de Avery Ludlow, um ex-combatente da Guerra da Coréia, homem tranquilo e pacífico, bastante conhecido em Oregon. O cão foi um presente de sua falecida esposa – cujo fim trágico merece um parágrafo à parte -, e é tratado como um filho pelo fazendeiro. Já nos primeiros minutos do filme, Avery estava pescando na beira de um rio, tranquilamente, até ser interrompido por três adolescentes – Danny (Noel Fisher, o garoto no dentista em Premonição 2), Harold (Kyle Gallner, de Evocando Espíritos e Garota Infernal) e Pete Doust (Shiloh Fernandez, de A Garota da Capa Vermelha) caçando veados na região. A conversa aparentemente cordial vai mudando para um tom vermelho quando os jovens passam a pedir dinheiro e ameaçam matar o velho. Mesmo com a colaboração dele, e mesmo sem o consentimento de seu irmão Harold, Danny dá um tiro na cabeça de Red e vai embora rindo, com seus companheiros.

Red (2008) (3)

Em busca de justiça, Avery descobre onde mora Danny, quando pesquisa pela arma adquirida pelos jovens numa loja, e o dono, que também possui um cachorro, sensibiliza-se com a história do velho e dá o endereço do assassino do animal. Quando encontra o pai de Danny e Harold, o milionário Sr. McCormack (Tom Sizemore), Avery narra o episódio esperando que o homem peça para os filhos se desculparem pelo ato – é somente isso que o velho queria -, mas, os filhos negam o crime e o pai fica do lado deles. Então, Avery parte para o terceiro adolescente, Pete, mas os pais (Robert Englund e Amanda Plummer) também não agem de maneira justa, questionando inclusive toda essa atitude por apenas um cachorro.

Crente que o mundo não é um lugar justo, principalmente quando descobre que facilmente perderia qualquer processo contra os envolvidos, Avery consegue contato com a televisão, através da jornalista Carrie Donnel (Kim Dickens, a Cassidy da série Lost), que decide fazer uma reportagem sobre a tragédia, tentando chamar a atenção dos responsáveis pelo ato a fim de uma moralização. No entanto, consegue apenas a revolta deles que passam a agir de modo ainda mais cruel – atirando pedras na moradia e queimando o armazém de Avery.

O próximo parágrafo contém spoilers. Só leia se quiser saber um dos momentos mais dramáticos do filme Red.

Para a jornalista, Avery conta a sua tragédia quando ela questiona sobre os filhos dele. Avery nega tê-los e dificilmente fala da esposa, mas resolve abrir seu coração para Carrie, na narração mais sangrenta e terrível do filme Red. Ele conta que teve dois filhos Timmy e Billy, sendo que este último era exageradamente rebelde, vivia mentindo para os pais, dormindo fora de casa e se metendo em confusão. Avery mandou-o para a Marinha, mas ele acabou sendo dispensando nove meses depois por ser mentalmente instável. Certa noite, quando pedia dinheiro para a mãe, Mary, Billy a espancou tão violentamente que achou que ela estava morta. Trancou Red num quarto e colocou fogo no irmão com querosene, enquanto assistia a tudo do lado de fora da casa. Depois, fez o mesmo com a mãe, e fugiu. Querosene não queima como a gasolina, o que aumenta a dor de quem é vítima de algo assim. Timmy sofreu muito antes de morrer, mas não tanto quanto Mary, que ficou viva por mais cinco dias, em estado de coma. O maior sofrimento de Avery era saber que ele não poderia mais abraçá-la, mas ainda assim ele o fez antes dela morrer. A narração termina com a tela sendo preenchida de vermelho.

Red (2008) (4)

Não há meios de parar as ações de Avery. No decorrer do filme, ele tentará de todas as formas colocar um pouco consciência nas famílias envolvidas, mesmo que para isso tenha que usar métodos não tão ortodoxos, como seguir os jovens, desenterrar seu cão morto e partir para a violência. Red começa com uma tragédia, depois segue um melodrama metódico e termina de forma trágica com mortes e uma dose pequena de violência.

Lucky McKee comanda Red sem exageros, enquanto enxerta tons de vermelho na produção. A selvageria dos homens entra em conflito com a inocência dos animais, quando ele mostra até que ponto alguém pode chegar em busca de justiça. Em certo momento, enquanto o personagem de Brian Cox tenta levar Danny para a justiça à força, os pais do garoto usam todos os métodos possíveis para parar o veículo, sem pensar nas consequências já que a arma apontada para a cabeça do filho poderia disparar a qualquer batida. Mas, como eu disse, sem exagerar nas cenas gráficas, mesmo que tenha que apresentar uma surra, um acidente de carro ou morte.

Brian Cox faz de Avery um homem triste e amargurado, com muita dedicação ao trabalho. É difícil não se comover com toda a tragédia que cerca a vida do fazendeiro e querer que algo seja feito para diminuir toda aquela dor evidente. Infelizmente, o pesadelo de seu personagem se tornará ainda maior no decorrer do filme, tocando o espectador profundamente, que acabará se questionando sobre suas atitudes em relação ao seu animal de estimação.

Um filme que você deve assistir com o coração e, depois, não se esquecer de afagar aquele animalzinho que insiste em morder seu chinelo.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

11 thoughts on “Terror que Ladra: “Cão do Diabo” e “Rastros de Vingança”

  • 10/07/2017 em 15:29
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    O filme muito bom. Gostei muito. Desse cão do diabo. Nota dez. Os filme de antigamente. Sempre foram os melhores.

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  • 04/06/2015 em 21:20
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    Muito bom seu post! Procurava o nome do filme que eu assistia de madrugada quando criança daquele cachorro modificado geneticamente, o Max-Fidelidade assassina. Cara aquele cachorro era perverso! Gostava demais daquele filme!

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  • 23/12/2014 em 14:44
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    O CÃO DO DIABO é um dos melhores telefilmes dos anos 70.
    Com sua fotografia típica e efeitos especiais de primeira, é um filme assustador, capaz de deixar qualquer que o vê pela primeira vez sem dormir.
    Foi o que aconteceu comigo quando vi as fotos do Cão com seu visual verdadeiro. Digo, era uma imagem em tom esverdeado e brilhante, o que a deixou assustadora! Desde então, procurar pelo filme passou a ser uma espécie de obsessão.
    Na primeira vez, fiquei satisfeito por tê-lo encontrado, mas, era um VHS-Rip e a imagem não era muito boa. Depois, resolvi procurá-lo em BRRip. Deu super certo! Em Blu-Ray, o filme consegue ser ainda mais impressionante, com a fotografia colorida, imagem digital e colorida.
    É um filme que vale a pena ser visto, independente da época em que foi feito – MENTIRA!!!!!!!!! – foi feito na época certa, pelas pessoas certas!!!!!!!!!
    Pena que hoje em dia, não existam mais filmes assim – capazes de assustar de verdade.
    O CÃO DO DIABO é um Clássico!!!!!!!!!!
    Altamente recomendado!!!!!!!!!!

    10/10

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  • 28/11/2014 em 19:31
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    Eu adoro filmes de terror também como resident eviel 1 2 3 4 5 6 e 7 ,pronto agora envolvendo cachorros zumbis e crianças zumbis o filme fica irado para mim além de eu ter apenas 12 anos tenho medo desses filmes assisto enrolado num lençol se tirar fico me tremendo tanto pelo nervorsismo tanto pelo ventilador e do medo!!!.Teve até um dia que estava assitindo um filme com meu irmão de zumbis tão legal rapaz mais meu pai me chamou para eu ir estudar e acabou a alegria que abitava em mim e foi isso que aconteceu blz… vlw aí que está lendo digo assim muito obrigado hahaha tchau tchau para você fuii!!.

    Resposta
  • 28/11/2014 em 19:29
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    Eu adoro filmes de terror também como resident eviel 1 2 3 4 5 6 e 7 ,pronto agora envolvendo cachorros zumbis e crianças zumbis o filme fica irado para mim além de eu ter apenas 12 anos tenho medo desses filmes assisto enrolado num lençol se tirar fico me tremendo tanto pelo nervorsismo tanto pelo ventilador e do medo!!!.Teve até um dia que estava assitindo um filme com meu irmão de zumbis tão legal rapaz mais meu pai me chamou para eu ir estudar e acabou a alegria que abitava em mim e foi isso que aconteceu blz… vlw aí que está lendo digo assim muito obrigado hahaha tchau tchau povo!!.

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  • 18/06/2013 em 16:31
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    Assisti ao “Cão do Diabo”, pela primeira vez, na sessão “Primeira Exibição”, sábado à noite, na TV Globo, há anos. Mesmo não tendo assistido ao filme novamente desde então, acredito que você esteja coberto de razão quanto a aspectos que envelheceram a obra. No entanto, creio que o filme ainda guarde seu charme, aquele característico às produções para o cinema e a tv nos anos 70. Gostaria que filmes assim fossem lançados no mercado de “home video” no Brasil, de maneira apropriada e respeitosa.

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  • 18/06/2013 em 13:40
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    Nada contra que gostas de cachorros mais animais e filme de terro eu na minha opinião não e muito bom

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  • 17/06/2013 em 14:49
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    adoro cachorros,e nos filmes é mais legal ainda.

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    • 28/11/2014 em 19:31
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      Eu adoro filmes de terror também como resident eviel 1 2 3 4 5 6 e 7 ,pronto agora envolvendo cachorros zumbis e crianças zumbis o filme fica irado para mim além de eu ter apenas 12 anos tenho medo desses filmes assisto enrolado num lençol se tirar fico me tremendo tanto pelo nervorsismo tanto pelo ventilador e do medo!!!.Teve até um dia que estava assitindo um filme com meu irmão de zumbis tão legal rapaz mais meu pai me chamou para eu ir estudar e acabou a alegria que abitava em mim e foi isso que aconteceu blz… vlw aí que está lendo digo assim muito obrigado hahaha tchau tchau para você fuii!!.

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