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Em comemoração dos 24 anos do Boca do Inferno, no próximo dia 10 de maio, o editor Marcelo Milici pediu a seus colaboradores que elaborassem listas dos 24 filmes que consideram mais marcantes em sua vida. Abaixo segue a de Ricardo Gazolla, crítico do site, em um cardápio de produções clássicas, divertidas e essenciais!

O Exorcista (1973)

O filme dirigido por William Friedkin e escrito por William Peter Blatty é ainda o mais assustador que vi em toda minha vida, podendo rivalizar em alguns pontos com O Iluminado. O clima, os efeitos práticos, a transformação de Linda Blair criaram uma comoção emocional mundial sem precedentes até hoje. O próprio diretor disse numa entrevista que o efeito avassalador do longa se deve ao fato de que a história poderia acontecer em qualquer lugar: “Não é um filme de vampiro ou alienígena. É sobre pessoas que poderiam viver na sua rua, uma rua que existe, numa cidade que existe, onde pessoas reais vivem numa casa onde, lá em cima, no terceiro andar, há uma menina que está possuída por um demônio

O Iluminado (1980)

Sinto muito Stephen King, mas essa versão de Stanley Kubrick para o seu livro é fenomenal (o renomado autor infelizmente não gostou…). O filme sempre me causou grande incômodo, não tanto pelo que ele mostra, mas pelo que ele não mostra. A derrocada mental de Jack Torrance (um Jack Nicholson soberbo!) enquanto seu filho Danny passeia de triciclo pelos corredores do Overlook Hotel é inesquecível!

Sexta Feira 13 (1980)

Sei que é tranqueira, mas é o meu slasher preferido, ainda mais a partir do segundo, quando a cara de pau toma conta dos realizadores e Jason Voorhess sempre sobrevive, por mais radical que seja sua morte. Sempre achei Jason um personagem maior e melhor que seus filmes.

Um Lobisomem Americano em Londres (1981)

John Landis (um diretor afeto a comédia) fazendo um filme de terror, transformou a história de um viajante que é quase trucidado por um lobo e que na lua cheia se transforma em lobisomem, num filme divertido e aterrorizante. A cena de transformação foi um assombro na época e lembro bem do fantasma do amigo do protagonista (que não teve a mesma sorte) que se decompõe aos poucos ao longo do filme…é um achado!

A Morte do Demônio (1982)

Essa foi a indicação do dono da locadora que eu frequentava. Ele disse que várias pessoas não tiveram coragem de terminar e nem de rebobinar a fita VHS…Exageros à parte, Sam Raimi criou um marco e mostrou que faz milagres com um tostão de maquiagem e uma câmera na mão. A continuação é até melhor, pois conta quase a mesma história com mais grana e um humor inesquecível (estou falando da mão possuída…rs).

Poltergeist – O Fenômeno (1982)

Um dos filmes que fez meu sangue gelar quando vi pela primeira vez, ainda continua excelente em conceito e realização, graças aos talentos de Tobe Hooper na direção e Steven Spielberg no roteiro e produção. Um TV fora do ar nunca apareceu tão ameaçadora quanto aqui…

 A Hora do Pesadelo (1984)

Wes Craven foi um dos papas do gênero e, para mim, sua grande criação foi Freddy Krueger. Com um amigo de infância, assisti quase toda a cinessérie no cinema, no antigo cine Vitória em São Caetano/SP. Era tão fã que, numa peça de teatro na sétima série, eu e meus amigos fizemos o encontro de Freddy com Jason, muitos anos antes do filme de 2004.

Gremlins (1984)

De criaturas fofinhas a seres endiabrados, basta não observar as três regras e o caos está formado. Gremlins 2 é hilário, culminando na cena dos monstrinhos cantando New York, New York de Frank Sinatra! Esperando até hoje um Gremlins 3 acontecer…

A Hora do Espanto (1985)

Um adolescente fã de filmes de terror desconfia que seu vizinho é um vampiro. Filme muito especial, cômico e aterrorizante, cujo cartaz já era de causar arrepios. Assisti no cinema este e a continuação que também é bem legal. Evite a refilmagem de 2011, prefira conhecer pelo original.

A Volta dos Mortos Vivos (1985)

Sei que existem clássicos sobre mortos vivos (me desculpe George Romero), mas este é o meu filme preferido de zumbis. Divertidíssimo!!!

A Maldição de Samantha (1986)

Os efeitos toscos e o ritmo claudicante não atrapalham meu carinho por esse Frankenstein robótico. Lembro que minha irmã adorava o filme e a cena da morte de Anne Ramsey com uma bola de basquete é surreal!

A Pequena Loja dos Horrores (1986)

Pérola da comédia dark com toques de terror, esse musical é perfeito do elenco à direção, com destaque para a planta carnívora que é um arraso! Um florista encontra o sucesso por meio de Audrey II, uma planta que exige ser alimentada com sangue. Mesmo quem não é fã de musical pode assistir sem medo.

A Casa do Espanto (1986)

Faz muitos anos que não revejo, mas este filme era reprisado constantemente na TV aberta no início dos anos 90. Novamente uma mistura de horror e comédia, lembro de cenas esparsas e do sofrimento do protagonista que tinha um filho desaparecido e se refugiava na casa do título para escrever um livro. Preciso rever, mas rivalizando com a cinessérie Amityville, gostava bem mais deste.

Os Garotos Perdidos (1987)

Meu filme de vampiro contemporâneo preferido, seja pelo clima de aventura, seja pelo elenco de jovens astros esbanjando charme, seja pela toada videoclipeira do diretor Joel Schumacher…Os vampiros moderninhos atuais devem muito a esse longa, que soube atualizar o tema para as novas gerações.

Coração Satânico (1987)

A condução de Alan Parker e o plot twist final são primorosos. Mickey Rourke e Roberto DeNiro duelam de igual para igual nesse conto moral sobre um detetive em busca de um cantor desaparecido. Injustamente esquecido, é um noir moderno macabro e sombrio que merece ser apreciado pelas plateias atuais.

Hellraiser – Renascido do Inferno (1987)

Assisti esse longa no primeiro VHS que aluguei (junto com Robocop) no vídeo cassete de um amigo (ainda não tinha o aparelho em casa). Esse é um filme que me impressiona até hoje pela perversidade e cenas de gore. Achei assustador na época e ainda acho hoje. As continuações perderam muito em qualidade.

Beetlejuice: Os Fantasmas Se Divertem (1988)

Tenho um carinho enorme por esse clássico de Tim Burton (gostei igualmente da tardia continuação do ano passado). A mistura de horror com comédia sempre me fascinou, a cena da dança na mesa do jantar é icônica e o elenco está em estado de graça.

Louca Obsessão (1990)

James Caan e Kathy Bates (esta última ganhadora do Oscar pelo papel) duelam com maestria neste que é um dos mais intensos embates entre quatro paredes. O escritor que, depois de um acidente na neve, é salvo por sua fã fixa na memória do espectador de forma indelével. Primorosa adaptação de um livro de Stephen King.

O Silêncio dos Inocentes (1991)

Ainda fico mesmerizado pela atuação de Anthony Hopkins e Jodie Foster neste que é um marco para o thriller.  O filme é simplesmente perfeito. Vencedor de 5 Oscars, deu início a uma onda de filmes sobre seriais killers na época. Nenhum chega aos pés de O Silêncio dos Inocentes (à exceção de Seven de 1995). Muito imitado, mas nunca igualado.

Cabo do Medo (1991)

Na minha opinião, o maior e melhor cineasta vivo, Martin Scorsese nos apresentou o horror violento urbano em vários de seus filmes, mas nunca de forma tão assustadora como aqui, com um Robert DeNiro ultra ameaçador que, depois de uma temporada no xilindró, quer acertar as contas com seu advogado vivido por Nick Nolte. Uma agonia excruciante do início ao fim.

Drácula de Bram Stoker (1992)

Francis Ford Coppola contou a história de Drácula de forma original, vibrante, sensual e assustadora. Revi recentemente e, pasmem, me pareceu até melhor. Para mim, a versão definitiva do vampirão.

Um Drink no Inferno (1996)

Dois filmes em um no mesmo pacote. Começa como um thriller violento e termina com litros de sangue de puro vampirismo. Salma Hayek dançando em cima da mesa do bar é um furor de sensualidade. Dirigido por Robert Rodriguez (quando o diretor ainda demonstrava sinais de criatividade narrativa) com roteiro de Quentin Tarantino (que atua ao lado de George Clooney dando os primeiros passos ao estrelato), o filme é violento e divertido, nada a ver com as continuações caça niqueis posteriores.

O Sexto Sentido (1999)

Desde que vi aquele menino falando “I see dead people”, a vida do cinéfilo, de Bruce Willis e de M. Night Shyamalan mudaram radicalmente. Lembro de assistir várias vezes para encontrar alguma falha em razão do plot twist final. Esforço em vão…

O Nevoeiro (2007)

Nada me preparou para o final trágico deste filme que é um primor de condução por Frank Darabont, tendo por base um conto de Stephen King. Um grupo de pessoas ficam presas num supermercado enquanto paira na cidade um nevoeiro que traz também estranhas criaturas. Pode-se dizer que Darabont é especialista em King, já que dirigiu também Um Sonho de Liberdade (1994) e À Espera de um Milagre (1999). Mas aqui, o tom é de desesperança e sofrimento.

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