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O Homem Sem Alma (1942)

O Homem Sem Alma
Original:Dr. Renault's Secret
Ano:1942•País:EUA
Direção:Harry Lachman
Roteiro:William Bruckner, Robert F. Metzler, Gaston Leroux
Produção:Sol M. Wurtzel
Elenco:J. Carrol Naish, Shepperd Strudwick, Lynne Roberts, George Zucco, Ed Agresti, Carmen Beretta

O escritor francês Gaston Leroux (1868-1927) ganhou fama mundial com o livro O Fantasma da Ópera, uma das histórias de horror mais conhecidas do mundo, e uma das mais adaptadas para o cinema. A história do Fantasma deformado vivendo nos subterrâneos da ópera de Paris é tão marcante que, infelizmente, o resto da obra de Leroux acabou ficando na sua sombra.

É o caso de Balaoo, novela de 1911 que ganhou apenas três versões para a tela. As duas primeiras, Balaoo – The Demon Baboon de 1913 e The Wizard, de 1927, tiveram todas as cópias perdidas, fazendo de O Homem sem Alma, de 1942, a única adaptação disponível para o público atual.

Último filme do prolífico Harry Lachman (diretor de vários filmes de Charlie Chan), O Homem sem Alma guarda muitas semelhanças com A Ilha do Dr. Moreau, livro escrito por H.G. Wells em 1896, e adaptado para o cinema pela primeira vez em 1932. Além disso, há no filme uma certa dose de Os Crimes da Rua Morgue, além de uma pitada de King Kong – lançado quase dez anos antes.

O Homem Sem Alma (1942) (1)

Apesar do insosso casal de protagonistas certinhos típicos do cinema da época, quem carrega o filme é Noel (numa interpretação sensacional de J. Carrol Naish, sob pesada maquiagem), um humilde e retraído servo do cientista Dr. Renault (George Zucco). Desde o princípio fica claro que há algo de errado com Noel, tanto por suas feições exóticas quanto por seu comportamento bizarro e modo de falar infantil. Seu segredo é revelado aos poucos, e é de se imaginar o choque que causou no impressionável público da época.

O roteiro simples evita subtramas desnecessárias, criando um grande impacto com sua fotografia carregada de sombras e cenários requintados. Mas o que fica na mente é Noel, um monstro ao mesmo tempo ameaçador e patético, perigoso e digno de pena, que merece figurar na galeria de grandes ícones do cinema clássico de horror.

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2 Comentários

  1. Olá, grande dica ou correr atrás deste filme … Éder Fonseca.

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