Hellraiser - Renascido do Inferno
Original:Hellraiser
Ano:1987•País:UK Direção:Clive Barker Roteiro:Clive Barker Produção:Christopher Figg Elenco:Andrew Robinson, Clare Higgins, Ashley Laurence, Sean Chapman, Oliver Smith, Robert Hines, Anthony Allen, Leon Davis, Michael Cassidy, Frank Baker, Oliver Parker, Doug Bradley, Nicholas Vince, Simon Bamford |
Eu vi o futuro do Horror… E seu nome é Clive Barker – Stephen King
Essa famosa e profética frase do consagrado escritor Stephen King é verdadeira e indicativa do que os apreciadores do gênero fantástico seriam brindados através do fascinante universo ficcional de horror criado pelo genial Clive Barker. Autor inglês nascido em 1952, ele escreveu uma série de coletâneas de contos intituladas Livros de Sangue (Books of Blood), lançados no Brasil pela Editora Civilização Brasileira.
Sua literatura é recheada de situações de horror explícito aliadas a elementos de sexo e sadomasoquismo, apresentando todo tipo de monstros e criaturas malignas, não poupando sangue, violência e sadismo em suas histórias sobrenaturais.
Alguns de seus contos foram adaptados para o cinema, e Clive Barker decidiu também se aventurar nessa mídia estreando em 1987 na direção de um filme que se tornaria um marco e referência do horror nos anos 1980, considerado hoje um clássico moderno do gênero, Hellraiser – Renascido do Inferno (Hellraiser). Produzido a partir de um roteiro do próprio Barker, baseado em seu conto The Hellbound Heart, o filme acabou dando origem a uma consagrada franquia com vários filmes posteriores e apresentou um personagem que tornou-se imortalizado na galeria de monstros do cinema: Pinhead, o líder cenobita Cabeça de Prego, interpretado em todos os filmes pelo ator Doug Bradley, num papel que lhe conferiu notoriedade.
Pinhead juntou-se a um famoso time de personagens monstruosos e psicopatas assassinos do cinema moderno de horror, responsáveis por dezenas de filmes e por toda uma história do gênero, ao lado de Michael Myers (da saga Halloween), Jason Voorhees (Sexta-Feira 13), Freddy Krueger (A Hora do Pesadelo), Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica), e Dr. Hannibal Lecter (O Silêncio dos Inocentes).
Em Hellraiser, um homem inescrupuloso, Frank (Sean Chapman), comprou uma misteriosa caixa mágica e num ritual de magia negra ele descobriu uma forma de abri-la, permitindo dessa forma o contato entre o nosso mundo e uma dimensão paralela habitada por criaturas infernais chamadas cenobitas, que tinham como função capturar almas e proporcionar experiências fora da compreensão humana, através de horríveis torturas na carne, com o uso de correntes e ganchos pontudos, misturando dor e prazer.
Liderados por Pinhead (Doug Bradley), o macabro grupo de cenobitas ainda era formado por outras três criaturas bizarras, uma mulher com a garganta dilacerada (Grace Kirby) e dois homens, um com a boca sempre escancarada e esticada tendo os dentes batendo-se entre si numa ação constante e perturbadora (Nicholas Vince), e outro mais obeso com um óculos escuro cravado no rosto (Simon Bamford). Seus corpos eram todos marcados por cortes profundos e enormes cicatrizes.
Uma vez entrando em contato com os cenobitas, Frank foi capturado e passou a conhecer níveis incalculáveis de dor, ficando com sua alma presa no piso do sótão da velha casa de sua mãe falecida, local onde ele havia realizado o ritual. Mais tarde, seu irmão Larry Cotton (Andrew Robinson, de Brinquedo Assassino 3 e Pumpkinhead: O Retorno), mudou-se para a mesma casa, acompanhado da nova esposa Julia (Claire Higgins), que também havia sido amante de Frank. Sua filha Kirsty (Ashley Laurence, de Warlock 3: O Fim da Inocência) não o acompanhou, preferindo alugar um quarto em outra casa, devido a pequenas desavenças com a madrasta Julia. No momento da mudança, Larry sofreu um acidente ao transportar uma cama e rasgou sua mão em um prego, fazendo com que várias gotas de sangue caíssem sobre o piso do sótão e com isso permitissem o retorno de Frank ao nosso mundo, inicialmente como uma massa gosmenta de carne, ossos e músculos (interpretado por Oliver Smith). Seduzindo novamente a ainda apaixonada Julia, Frank conseguiu convencê-la a trazer outros homens até o sótão, atraindo-os com a falsa proposta de fazer sexo, e matando-os a golpes de martelo, para que Frank possa sugar-lhes o sangue e poder assim regenerar seu corpo novamente.
Porém, os cenobitas não sabiam da fuga de Frank de seus domínios e quando a jovem Kirsty descobriu o plano maquiavélico de Julia e Frank para trazê-lo de volta à vida, ela roubou a caixa mágica e abriu as portas dimensionais para o submundo da dor, sendo perseguida por uma enorme criatura deformada e entrando em contato com os temíveis cenobitas. O próprio Pinhead se encarregou de fazer sua apresentação para a desesperada moça: Nós somos os exploradores das regiões profundas da experiência. Demônios para alguns. Anjos para outros. Kirsty então revelou a fuga de Frank para as macabras criaturas em troca de sua saída do inferno. Entretanto, ajudada por seu namorado Steve (Robert Hines), a jovem ainda teria que lutar muito por sua vida e para escapar da fúria sangrenta dos cenobitas.
Hellraiser – Renascido do Inferno tornou-se uma franquia de sucesso com a comercialização de bonecos, revistas em quadrinhos e todo tipo de material relacionado à série, além principalmente da produção no cinema de outras continuações. Hellraiser – Renascido do Inferno (Hellraiser II – Hellbound, 1988), dirigido por Tony Randel; Hellraiser III – Inferno na Terra (Hellraiser III – Hell on Earth, 92), de Anthony Hickox; Hellraiser IV – A Herança Maldita (Hellraiser – Bloodline, 96), de Alan Smithee, numa história com elementos de ficção científica, ambientada no futuro numa estação espacial; Hellraiser V – Inferno (Idem, 2000); Hellraiser VI – Caçador do Inferno (Hellraiser – Hellseeker, 2002), Hellraiser VII – O Retorno dos Mortos (Hellraiser: Deader, 2005) e Hellraiser: O Mundo do Inferno (Hellraiser: Hellworld, 2005), os três de Rick Bota; Todas essas sequências foram estreladas por Doug Bradley como o líder dos cenobitas Pinhead e suas histórias foram inevitavelmente inferiores ao original. Em 2011, foi feita uma parte 9, intitulada Hellraiser: Revelações (Hellraiser: Revelations), com o ícone Pinhead interpretado, de forma irregular, por Stephan Smith Collins.
Por curiosamente, eu criei uma frase para acompanhar o meu trabalho com publicações amadoras sobre todas as manifestações artísticas do horror (cinema, literatura, ficção, quadrinhos, etc.), os fanzines Juvenatrix, Astaroth e Carnage, que foi inspirada pelo universo ficcional de Hellraiser, onde criaturas infernais, os temíveis cenobitas, vivem ocultas em dimensões paralelas ao mundo que conhecemos, celebrando o mal eterno e confundindo dor, tortura, sofrimento e prazer em seus estados mais absolutos, profundos e definitivos. A morte é apenas o começo… de uma eterna vida de dor.
Cada corpo é um livro de sangue. Sempre que nos abrem, a impressão é vermelha. – Clive Barker
Esse filme continua sendo um dos meus favoritos do horror. Teve sorte de ser produzido nos anos efervescentes (80) e longe de um estúdio norte-americano. Assim como também, se não tivesse existido nenhuma sequência, continuaria sendo um filme suficiente por si só. Uma pequena joia que merece, ser revista e/ou conhecida por novas gerações.
Considero Hellraiser como um dos meus top five dos filmes de horror de todos os tempos! Direção segura bons atores principais, visual e maquiagem excelentes e um roteiro maravilhoso! Pena Barker ter meio que sumido um pouco, enquanto King vive sendo adaptado para o cinema. Barker precisaria muito ser mais lido e publicado no Brasil. A sua experiencia no teatro conferiu uma boa direção no cinema, muito mais do que a tentativa desastrosa do King como diretor . Os cenobitas e Pinhead são ícones modernos do horror e como postado anteriormente aqui, foi de fato e infelizmente, o último suspiro criativo do horror no cinema nesses últimos anos (e faz mais de 30 anos!). Revi essa pérola ontem mesmo em alta definição e é incrível a força das imagens que até hoje impressionam. A ressurreição de Frank (com truques de maquiagem, stop motion, imagens invertidas de câmera) ainda são muito mais realistas que o CGI preguiçoso dos filmes atuais de horror (considero que o CGI, além dos roteiros fracos, foi um dos motivos da decadência do gênero). Parabéns pela crítica. Hellraiser deve ser visto e revisto sempre!
Os filmes 1 e 2 são ícones . Os demais fugiram totalmente da história e a produção é digna de vaso sanitário .
Eu sou fã da franquia. Tenho os 4 primeiros filmes ( Que na minha opinião são os melhores ) e os livros: Hellraiser e Evangelho de Sangue. Mais o primeiro é o MELHOR de todos. É Um marco do horror. Clive nos apresentou um monstro ÉPICO. O Cenobita Pinhead. Eu gostaria muito que o Clive Barker fizesse uma adaptação do livro: Evangelho de Sangue. Esse livro é SENSACIONAL! Daria um bom filme. Depois de tantos filmes ruins que foram feitos de Hellraiser, esse livro daria um excelente filme para fechar essa franquia do jeito que ela merece.
Para mim, o último excelente suspiro criativo do terror. Infelizmente, depois dele, ninguém inventou algo tão genial no gênero.
Perfeito comentário Adaiton! Assino em baixo! Depois disso só coisas rasas e ainda a galerinha se assusta com coisas patéticas como Invocação do Mal e seus derivados porcarias!
O q me dava muito medo qd eu era crianca foi as correntes cravando nas pessoas e tbm incrivel monstro da boca com batidas dos dentes o “chatterer” e muito massa a figura desse chatterer ele e muito assustador dava muito sustos na gente kkkkk na epoca o melhor filme trash dos anos 80 de todos tempos parabens clive barker muito inteligente fazer filme sinistro com esse principalmente o chatterer
A única bola fora desse filme é o Frank ter sido interpretado por outro ator quando estava com o corpo sem a pele.
Clássico absoluto do horror. Apesar do baixo-orçamento e das consequentes limitações, considero uma pérola do horror, estupendos: roteiro, direção, fotografia, atuações, maquiagens, trilha-sonora, etc. Tudo isso possível graças a mente insana do genial e multimídia Clive Barker. Nota 10!
Masterpiece!