Cyborg, O Dragão do Futuro
Original:Cyborg
Ano:1989•País:EUA Direção:Albert Pyun Roteiro:Albert Pyun Produção:Yoram Globus, Menahem Golan Elenco:Jean-Claude Van Damme, Deborah Richter, Vincent Klyn, Alex Daniels, Dayle Haddon, Blaise Loong, Ralf Moeller, Terrie Batson |
Com produção da saudosa “Cannon”, de Menahem Golan e Yoram Globus, direção de Albert Pyun e com o ator belga Jean-Claude Van Damme, especialista em artes marciais, Cyborg – O Dragão do Futuro é um filme de ação e porradaria com elementos de ficção científica, na ambientação de um mundo pós-apocalíptico, devastado por uma peste. Além da presença de uma cyborg, numa mistura de mulher e máquina, carregando uma informação vital para a cura da doença que assola a civilização em decadência.
Van Damme é Gibson Rickenbacker, um homem que vaga pela cidade destruída de New York, num mundo selvagem em ruínas à procura de vingança pessoal contra um pirata chamado Fender Tremolo (o neo-zelândes Vincent Klyn), que lidera uma gangue que espalha terror e violência para os poucos sobreviventes do caos, e que tentam sobreviver num mundo desolado. Ele encontra em seu caminho uma moça guerreira, Nady Simmons (Deborah Richter), e juntos partem em busca dos piratas, que sequestraram uma mulher cyborg, Pearl Prophet (a canadense Dayle Haddon), que possui uma informação essencial que pode curar a praga que assola a humanidade. Eles estão levando-a para a cidade de Atlanta, onde estão os últimos médicos e cientistas que podem evitar a extinção da humanidade. A intenção do maníaco Fender é tornar-se um ditador sanguinário com o poder da cura da peste nas mãos, e até chegarem ao destino final, o caminho de sua gangue e do lutador Gibson se cruzará muitas vezes em confrontos violentos.
A história futurista é bem simples, com poucos diálogos (o personagem de Van Damme quase não fala, só distribui porradas), muitas lutas, tiroteios, perseguições e selvageria num mundo pós-apocalíptico. E nem precisa de explicações e conversas fúteis, pois o mundo está em colapso, destruído pela anarquia, genocídios e fome, e uma praga está dizimando o que restou da civilização humana, o que pode ser resumido num breve diálogo entre o monossilábico Gibson e a guerreira Nady:
– Já está acostumado? – pergunta a moça.
– Com o quê?
– A matança.
– Eu não fiz o mundo – responde o áspero Gibson.
– Não. Apenas vive nele.
O filme é até divertido dentro de sua proposta simples de mostrar pancadaria desenfreada e muita gritaria num ambiente futurista de desolação. Van Damme é um daqueles atores com imagem totalmente associada aos filmes de lutas, e que mesmo tentando fazer papéis um pouco diferentes, sempre será lembrado pelas produções de ação e porradas. Em Cyborg, sua escolha para o papel principal veio depois de atuar em outros dois filmes similares anteriores, Retroceder Nunca, Render-se Jamais (No Retreat, No Surrender, 1986) e O Grande Dragão Branco (Bloodsport, 1988), que lhe trouxeram notoriedade dentro do estilo que já tinha atores mais conhecidos como Chuck Norris, sem contar astros mais famosos como Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger.
Curiosamente, vieram em seguida outros três filmes dentro desse universo ficcional: Cyborg 2: Glass Shadow (1993), Cyborg 3: The Recycler (1994) e Cyborg Nemesis (2014).
O roteiro de Cyborg – O Dragão do Futuro também é do diretor Albert Pyun, usando o pseudônimo Kitty Chalmers, e foi criado a partir do cancelamento da produção de Masters of the Universe 2 – The Cyborg, utilizando os vestuários e cenários idealizados para a sequência inexistente de Mestres do Universo (1987), com Dolph Lundgreen.
Esse filme é uma merda sem tamanho!
Eu gosto muito de filmes pos-apocalipticos, mas não suporto marmeladas exageradas e não críveis! Por exemplo, Quando Van-Dame está crucificado, preso só por flechas fincadas nos braços. Ele chega a cair com a cruz e com tremendo impacto! Coisa que certamente traria sequelas para o resto da vida! E pouco tempo depois o cara já está matando meio mundo! Também não deu pra engolir na hora que ele leva um tiro no braço esquerdo que o fez abaixar de dor. E mesmo assim com esse mesmo braço arremessa uma faca com tremenda força!
Esse filme é fantástico. As cenas de luta são magníficas de tão bem coreografadas que são. Fender Tremolo foi um dos vilões mais legais dos filmes do Van Damme. Nota 10!