The Addicted (2013)

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Original:The Addicted
Ano:2013•País:UK
Direção:Sean J. Vincent
Roteiro:Sean J. Vincent
Produção:Jon Atkinson, Jenny Gayner, Sean J. Vincent
Elenco:Jenny Gayner, Sean J. Vincent, Thea Knight, Dan Peters, Paul Cooper, Tim Parker, Rich Keeble

A máscara preta de palhaço, também em destaque no pôster, é o chamariz para o espectador tentar saber mais a respeito do vilão de The Addicted. Na verdade, é o único. Escondido numa clínica de reabilitação assombrada, ele tortura suas vítimas com drogas injetáveis e faz uso de uma pistola de pregos. Os incautos que ousam invadir o local, seja por curiosidade ou trabalho, precisam evitar um encontro com o mascarado ou com um espírito vingativo que ronda o local. Esse é o argumento básico deste longa independente – e único filho – de Sean J. Vincent, que também assina o roteiro e atua.

Um trabalho tão autoral que devia ter ficado apenas entre os amigos e familiares, sem qualquer necessidade de distribuição. Trata-se de mais uma produção que tenta despertar o pesadelo dos coulrofóbicos, explorando também o mistério sobre a identidade do assassino e a presença de uma assombração. Falha miseravelmente em tentar assustar, causar empatia ou atrair olhares de fãs de bagaceiras e colecionadores. Nem mesmo o infernauta mais impressionável terá qualquer vontade de desperdiçar noventa minutos de sua vida.


No enredo, depois que quatro jovens desaparecem numa clínica de reabilitação de dependentes químicos, considerada assombrada devido a má reputação do diretor e um suicídio, uma equipe em apoio à jornalista Nicole Hunter (Jenny Gayner), motivada pelo fato do pai ter trabalhado no prédio, também vai ao local com o namorado e amigos investigar os mistérios por trás das lendas e desaparecimentos. Instalam câmeras nos corredores e tentam evitar o contato com uma assombração que só diz “Ninguém vai sair” e um palhaço assassino, ambos com envolvimento no passado da instituição.

Não se trata de um “found footage“, aquelas produções que são filmadas pelos próprios personagens. Talvez o resultado fosse até ficar um pouco mais aceitável, se usassem esse recurso para disfarçar as limitações técnicas. Mal filmado e péssimas atuações (os jovens que fumam maconha no começo são muito ruins), o que se vê é a tradicional correria, personagens se escondendo do vilão mascarado e alguns sendo arrastados pelos ambientes. Não se definindo entre o sobrenatural e o slasher comum, The Addicted ignora suas falhas como o fato da arma de pregos não estar conectada a um compressor de ar e a maneira como o vilão aparece e desaparece com a mesma facilidade.

Com tantos clichês e sequências óbvias, além da falta de sangue e gore, The Addicted deve ser mantido no lado escuro da lua, sem conhecimento de sua existência. Presta um desserviço ao subgênero dos palhaços assassinos, com exemplares muito mais interessantes e dignos de causar arrepios.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

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