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O Fabricante de Monstros
Original:The Monster Maker
Ano:1944•País:EUA
Direção:Sam Newfield
Roteiro:Larry Williams, Pierre Gendron, Martin Mooney
Produção:Sigmund Neufeld
Elenco:J. Carrol Naish, Ralph Morgan, Tala Birell, Wanda McKay, Terry Frost, Glenn Strange, Alexander Pollard, Sam Flint

Existe uma equação básica no cinema fantástico de baixo orçamento que quase sempre é infalível, uma combinação de elementos que tem como resultado uma diversão rápida e garantida. Horror antigo, fotografia em preto e branco, duração curta (aproximadamente uma hora), história simples de “cientista louco”, pessoas deformadas: O Fabricante de Monstros (The Monster Maker, EUA, 1944), dirigido por Sam Newfield, tem tudo isso.

O Dr. Igor Markoff (J. Carrol Naish) é um cientista do leste europeu que veio para os Estados Unidos de forma suspeita, guardando um segredo sombrio sobre sua vida passada. Ele se especializou na pesquisa para a cura de uma rara doença chamada acromegalia, que consiste no mau funcionamento da glândula pituitária, causando deformações nas extremidades do corpo, mãos, pés e partes da cabeça. Sua assistente é Maxine (Tala Birell), que é apaixonada por ele e a única que conhece seu segredo, mas ela é tratada com indiferença e não é correspondida.

Ao presenciar o concerto de um famoso pianista, Anthony Lawrence (Ralph Morgan), o cientista ficou obcecado com a bela filha do músico, Patricia (Wanda McKay), que estava acompanhada de seu namorado Bob Blake (Terry Frost). O motivo do fascínio pela jovem é a incrível semelhança física com a antiga esposa, que morreu de forma trágica em circunstâncias obscuras.

A partir daí, o assédio do cientista tornou-se cada vez mais desconfortável para Patricia, gerando uma relação turbulenta que obrigou a interferência de seu pai, num conflito em que o cientista inescrupuloso agiu de forma criminosa com ameaças de chantagem e usando seus conhecimentos da terrível doença que “fabrica monstros”.

O Fabricante de Monstros está situado na categoria de filmes psicotrônicos, devido ao poder mental maléfico que o cientista exercia sobre sua assistente Maxine, manipulando suas ações ao seu favor. É um filme curto, com apenas 62 minutos de duração, contando uma história rápida de um cientista com reputação duvidosa e traços de arrogância e psicopatia, que não mede esforços para conseguir o que quer, destruindo vidas e fabricando monstros.

O trabalho de maquiagem é muito bom, principalmente para os recursos de produção, com as deformações físicas do pianista, com o rosto desfigurado e as mãos enormes.

Curiosamente, a acromegalia é uma doença que afetou a vida real do jornalista e depois ator gigante Rondo Hatton, que fez alguns filmes de horror em meados dos anos 1940, pouco antes de sua morte em 1946 por complicações da doença.

Entre outras curiosidades, o personagem Igor Markoff faz referências ao universo ficcional de Frankenstein, e o ator J. Carrol Naish, em seu último filme na carreira, interpretou justamente o cientista que cria vida artificial em Drácula vs. Frankenstein (1971).

Tem a pequena participação de Glenn Strange, fazendo o papel de Steve, outro assistente do cientista. Ele fala pouco com presença bem reduzida em cena. Sua carreira foi extensa com mais de 300 créditos, mas é geralmente lembrado pelo papel do “monstro de Frankenstein” em alguns filmes da produtora “Universal”, A Casa de Frankenstein (1944), que também tem J. Carrol Naish no elenco, A Casa de Drácula (1945) e Abbott e Costello Encontram Frankenstein (1948).

E também tem a presença rápida e oportunista de um gorila como cobaia das experiências do cientista, com o ator Ray Corrigan vestindo uma roupa de macaco. Aliás, o ator foi recorrente nesse papel bizarro numa grande quantidade de filmes da época que utilizaram gorilas em suas histórias.

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