A Cela (2000)

4.1
(8)

A Cela
Original:The Cell
Ano:2000•País:EUA, Alemanha
Direção:Tarsem Singh
Roteiro:Mark Protosevich
Produção:Julio Caro, Eric McLeod
Elenco:Jennifer Lopez, Vince Vaughn, Vincent D'Onofrio, Colton James, Dylan Baker, Marianne Jean-Baptiste, Gerry Becker, Musetta Vander, Patrick Bauchau, Catherine Sutherland, James Gammon, Jake Weber, Dean Norris, Tara Subkoff

Das dezenas de filmes de serial killers que infestaram os cinemas na década de 1990 e início dos anos 2000, este A Cela conseguiu sair do lugar comum pelas inovações visuais do diretor Tarsem Singh (Os Imortais – 2011 e do divertido Espelho, Espelho Meu – 2012). Indiano exportado para a América que fez sucesso inicialmente nos clipes musicais, teve a oportunidade estrear na direção com este suspense que ganhou certa repercussão na época de seu lançamento pelos méritos estilísticos e por ser protagonizado por uma Jennifer Lopez em ascensão. A atriz vinha de alguns bons filmes, como Reviravolta (1997) e Irresistível Paixão (1998), mas era a primeira vez que seu nome ancorava os créditos de uma produção desse patamar.

Apesar de ter feito um relativo sucesso na época, o filme se ressente de seus próprios méritos visuais, já que há momentos kitsch e outros constrangedores (Jennifer em manto de santidade é um deles).

Contudo, a trama inovadora para a época subverte e traz um frescor para o gênero, já que aqui sabemos desde o início quem é o serial killer (Vicent D’Onofrio), que é encontrado pela polícia no momento em que tem um ataque e fica numa espécie de coma. Como há ainda uma última vítima presa em algum lugar desconhecido que pode morrer a qualquer momento, o psicopata é encaminhado para uma instituição onde há um novo processo em que uma pessoa entra na mente de outra, instalação essa utilizada para tentar reverter um coma de uma criança filha de um bilionário. A assistente social (Jennifer Lopez), responsável pela interação com a criança, é convidada a entrar na mente do assassino para desvendar onde está sua última vítima.

O roteiro é esquemático, ou seja, você já sabe o que vai acontecer no final, mas a falta de criatividade é compensada com momentos fortes e boas doses de suspense, o que garante a diversão e cumpre a proposta do filme.

Jennifer Lopez já teve atuações melhores, e Vince Vaughn como o policial do FBI tem cara de gaiato demais, funcionando melhor com comédia, mas o restante do elenco é bem competente, e Vicent D’Onofrio está aterrorizante, o que nos faz lembrar do ótimo ator que ele é (Nascido para Matar de 1987 é meu preferido com ele).

Está na HBO Max e, quem não viu, sem grandes pretensões, vale a pena conhecer!

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Ricardo Gazolla

Formado em Direito e trabalhando no setor privado, apaixonado por cinema desde a infância quando assistiu Os Goonies (1985) na tela grande. Sua predileção pelo horror começou um pouco depois ao conhecer em VHS A Hora do Pesadelo (1984), Renascido do Inferno (1987) e A morte do demônio (1981). Desde então o cinema se tornou um hobby, um vício socialmente aceito, um objeto de estudo, um prazer público e, agora, no site Boca do Inferno, uma forma de comunicação com as pessoas.

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