Pânico na Floresta
Original:Promenons-nous dans les bois / Deep in the Woods
Ano:2000•País:França Direção:Lionel Delplanque Roteiro:Lionel Delplanque, Annabelle Perrichon Produção:Olivier Delbosc, Marc Missonnier Elenco:Marie Trintignant, Suzanne MacAleese, Maud Buquet, Alexia Stresi, Denis Lavant Vincent Lecoeur, Michel Muller, François Berléand, Clotilde Courau, Clément Sibony |
A primeira coisa que é necessária esclarecer é que esse Pânico na Floresta (Deep in the Woods / Promenons-nous dans les bois, 2000), um filme francês lançado em nosso mercado de vídeo, não é o Pânico na Floresta (Wrong Turn, 2003), filme americano lançado em nossos cinemas no início de março de 2004. A confusão de nomes nacionais iguais para filmes diferentes é bem comum por aqui, onde os responsáveis por essa tarefa não se importam em tentar facilitar o trabalho de identificação dos fãs, pesquisadores e colecionadores do cinema de horror. E, nesse caso específico, foi a PlayArte, responsável pela distribuição de Wrong Turn no Brasil, que nomeou em duplicidade o filme em seu lançamento nos cinemas.
Uma vez esclarecido esse detalhe, o Pânico na Floresta francês é apenas mais um filme de horror adolescente com um psicopata assassino mascarado, numa história pouco interessante, cheia de clichês e situações previsíveis, e com uma narrativa bastante lenta para o estilo, em comparação principalmente aos filmes americanos, geralmente muito mais barulhentos. Mas que pode até funcionar como uma diversão rápida (apenas 85 minutos), para aqueles que procuram uma história contada de forma mais pausada, sem grandes exageros no sangue e nas mortes, e para quem quer esquecer o filme imediatamente depois de desligar o aparelho de DVD.
Um grupo de cinco jovens atores são contratados para apresentarem uma peça teatral para uma festa surpresa no aniversário de um garoto que mora numa imponente e isolada mansão, afastada de qualquer cidade, rodeada por uma bela floresta. O grupo é formado pelas lésbicas Sophie (Clotilde Courau) e a muda Jeanne (Alexia Stresi), pelo casal Matthieu (Clément Sibony) e Mathilde (Maud Buquet), além do atlético Wilfried (Vincent Lecoeur). O anfitrião é um velho milionário, recluso e excêntrico, Sr. Axel de Fersen (François Berléand), que vive sozinho no casarão com seu neto Nicolas (Thibault Truffert), um menino estranho que está sempre calado e com os olhos esbugalhados. Entre os empregados da mansão estão ainda o segurança suspeito Stéphane (Denis Lavant), cujo lazer é empalar animais silvestres que caça na floresta, e a governanta Pélagie (Suzanne MacAleese), que aparece rapidamente caminhando na estrada aproveitando um dia de folga para visitar os familiares.
Apesar de acharem estranho encenar uma peça teatral para apenas dois espectadores, o Sr. de Fersen e seu neto esquisito, os jovens aceitam a oferta de trabalho pela boa quantia em dinheiro que receberiam em troca. A peça é sobre a tradicional história da Chapéuzinho Vermelho e o Lobo Mau, aliás pessimamente encenada não merecendo mesmo mais do que apenas um público de duas pessoas. Depois da missão cumprida, os jovens passam a noite na mansão para pegarem a estrada de volta apenas na manhã seguinte.
Porém, existiam rumores ouvidos pelo rádio do carro que um psicopata estuprador estava atuando pelas redondezas, chamando a atenção da polícia, em especial de um detetive (interpretado por Michel Muller), que aparece discretamente fazendo um trabalho de investigação no local. O que ninguém esperava é que durante a noite um assassino vestido com a roupa do lobo da peça teatral começa a matar violentamente os jovens que, para lutar por suas vidas, não sabem se ficam na mansão ou se escondem nas profundezas sombrias da floresta.
O filme é um enorme desfile de clichês. Temos o psicopata insano com um histórico traumático no passado, quando viu a própria mãe (interpretada por Marie Trintignant) sendo assassinada na sua frente quando ela contava a manjada história da Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau. Temos o grupo de jovens arquetípicos com direito a homossexualidade feminina, as tradicionais cenas de nudez e sexo e o uso discreto de drogas. Temos a presença de vários suspeitos para o papel do psicopata mascarado, os quais variam desde o próprio anfitrião misterioso, passando por seu neto doente mental, pelo empregado esquisito, o policial, até os próprios jovens atores, onde cada um pode ter sua motivação pessoal para matar. Temos uma mansão belíssima localizada no meio do nada, com uma floresta a rodeá-la servindo como um típico ambiente sombrio para cenas assustadoras. E temos o tradicional desfecho óbvio e previsível, não oferecendo nenhuma novidade ou pelo menos alguma surpresa, mesmo que discreta. Soma-se ainda a todos esses clichês, o fato da história ser contada num ritmo narrativo muitas vezes exageradamente pausado, exigindo do espectador um esforço adicional para não cair no sono.
Mas também existem alguns fatores positivos como a cena da primeira morte, ocorrida num banheiro. Ou ainda a presença perturbadora do menino, sempre com os olhos esbugalhados, sem dizer uma única palavra, e com atitudes anormais como enfiar um garfo na própria mão durante o jantar.
Pânico na Floresta foi lançado em DVD no Brasil pela Europa Filmes, trazendo como material extra apenas um trailer, com opções de ver o filme no original em francês com legendas em português. A capa não tem nenhuma criatividade, mostrando como sempre nesses filmes de horror adolescente, uma foto destacando os cinco jovens atores candidatos a morrer no filme. A tagline original é mais interessante do que a utilizada na capa do DVD. Não vá para lá sozinho!, apesar de também pouco criativa, é uma frase promocional bem melhor do que as palavras Aterrorizante e Arrepiante que estão estampadas na capa e que são comerciais demais e verdadeiras de menos, pois esses adjetivos sonoros não são exatamente o que encontramos na história trivial do filme.
Como faço para assistir esse filme?
Acho que seria interessante vocês mudarem o termo “homossexualismo” para ”homossexualidade”, o sufixo ”ismo” remete a doença.
Massa o texto!
Corrigido, Wilson. Obrigada pelo toque!
Eu gosto de alguns pontos desse filme, como a fotografia que é tons frios, o que deixa o filme mais assustador por vezes, a mansão onde parte do filne se passa pois parece bastante com a do primeiro game da franquia resident evil, a caracterização do assassino (a roupa de lobo ficou legal, ela é assustadora é bem original a certo ponto) porém deveria ter mais cenas violentas, mais parece que a proposta do filme era ter um clima meio giallo, por isso a narrativa mais pausada, poderia ter menos clichês realmente mais o filme é até interessante.
O Wrong Turn não é nenhum quesito fora do clichê, não! ja totalizam 6 filmes e cheios de cenas de massacres absurdos e sem graça. esse tipo de filme não deveria ter sequencias.
Assisti já faz um tempão e lembro q gostei (o q não significa nada, pois na época eu gostava de várias porcarias mesmo); todavia não lembro quase nada do filme; nenhuma cena em particular vem em minha lembrança além da q tem água fervente (a melhor do filme acredito, pois foi a única q marcou) o q comprova literalmente o mesmo ser “uma diversão rápida e passageira”.
Eu sempre achei que esse filme fosse pelo menos bonzinho… espero ver um dia.
finalmente este filme foi comentado, além de ser um titulo picareta, pra mim juntamente , com a outra bomba: você quer saber um segredo? , pra mim são os piores filmes de slasher que já assisti na vida . nota 0, ate Seed e Cut cenas de horror ganham desses..bombas como essas sai em dvd no Brasil..
realmente,esse é ruim demais.