Cell Count (2012)

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Cell Count (2012)

Cell Count
Original:Cell Count
Ano:2012•País:EUA
Direção:Todd E. Freeman
Roteiro:Todd E. Freeman
Produção:Todd E. Freeman, Jason Freeman, Lara Cuddy
Elenco:Robert McKeehen, Haley Talbot, Christopher Toyne, Laura Duyn, Ted Rooney, John Breen, Sean McGrath, Eric Martin Reid, Adrienne Vogel, Daniel Baldwin

Body horror: gênero em que o tema principal é a destruição ou degeneração do corpo humano, retratada graficamente.

O body horror no cinema data dos tempos do cinema mudo. O primeiro exemplar do gênero é As Mãos de Orlac (Orlacs Hände), dirigido por Robert Wiene e lançado em 1924. O filme mostrava um pianista que perdeu as duas mãos e um terrível acidente e recebeu novos membros, sem saber que as mãos pertenciam a um assassino. Alguns dos maiores representantes do gênero, porém, surgiram anos depois com o diretor David Cronenberg, responsável por filmes como A Mosca e Scanners.

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O diretor Todd E. Freeman não esconde a influência de Cronenberg em Cell Count, lançado em 2012. O filme começa mostrando um casal, Russell (Robert McKeehen) e Sadie Carpenter (Haley Talbot), no hospital onde a mulher está internada. Com poucas esperanças de cura, os dois recebem uma proposta do Dr. Victor Brandt (Christopher Toyne): Sadie pode participar de um tratamento experimental em uma instalação fechada, sem contato com o mundo exterior, onde deverá ficar durante todo o processo. Apesar da desconfiança, Russell e Sadie aceitam, e o marido acompanha a esposa.

Na instalação de tratamento, Russell e Sadie conhecem outros pacientes nas mesmas condições. O local isolado e a falta de informações por parte do Dr. Brandt fazem com que os ânimos fiquem cada vez mais exaltados. Pior que o relacionamento decadente entre os pacientes, porém, é a descoberta de que, como diz a tagline do filme, “a cura pode ser pior do que a doença”.

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Cell Count é um filme de pouquíssimas respostas. A doença que afeta os personagens nunca é nomeada e seus sintomas não são claros. Da mesma forma, a tal cura não é explicada. A falta de informação, porém, não é um defeito. Ao longo do filme vemos os internos, sem respostas, se tornarem cada vez mais paranoicos, e acabamos compartilhando o sentimento por saber tanto quanto eles.

Outro ponto forte do filme são os efeitos especiais. Freeman optou por usar tão pouco CGI quanto possível, preferindo efeitos práticos de qualidade e fazendo com que Cell Count pareça ter um orçamento bem maior do que realmente utilizou. Entre explosões sangrentas e auto-mutilação, um dos destaques fica para um paciente esquentadinho que acaba tendo a cabeça encapada por uma pele gosmenta.

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O maior defeito de Cell Count é seu final. Em certos momentos, o filme dá a entender que os pacientes têm alguma ligação entre si, porém isso nem começa a ser explicado quando a produção se encerra com um corte abrupto no momento mais tenso do filme e quando achamos que, dali para a frente, finalmente saberemos mais sobre a tal doença e veremos quando ela afetou o mundo. Mas não, isso fica para um segundo filme, já anunciado, porém sem previsão de lançamento por enquanto.

Cell Count foi o filme que encerrou o Fantaspoa de 2012. Depois dele, Todd E. Freeman lançou o curta M is for Marriage e, atualmente, está trabalhando no longa Love Sick. Cell Count 2 deve vir em seguida.

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Silvana Perez

Escolheu alguns caminhos errados e acabou vindo parar na Boca do Inferno em 2012. Apresenta o podcast do site, o Falando no Diabo, desde 2019. Fez parte da curadoria e do júri no Cinefantasy. Ainda fala de feminismos no Spill the Beans e de ciclismo no Beco da Bike.

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