Chupacabra
Original:Chupacabra vs. the Alamo
Ano:2013•País:Canadá Direção:Terry Ingram Roteiro:Peter Sullivan, Jeffrey Schenck Produção:Bryant Pike Elenco:Erik Estrada, Julia Benson, Jorge Vargas, Vanesa Tomasino, Nicole Muñoz, Chad Krowchuk, Bishop Brigante, Anja Savcic, Aleks Paunovic |
O canal de TV a cabo “SyFy” é voltado para filmes de ficção científica e horror. Seu slogan é “SyFy – Imagine Mais”. Mas, o ideal seria algo como “Imagine filmes ruins e no SyFy eles são piores ainda”. É o cinema fantástico bagaceiro do século XXI, com histórias fracas, elenco inexpressivo, CGI vagabundo, produção tosca, e tudo com uma roupagem moderna. Se essas tranqueiras serão cultuadas no futuro, somente o tempo dirá, mas o que certamente podemos dizer agora, é que são filmes péssimos e o espectador precisará ser muito paciente e pouco exigente para tentar conseguir alguma diversão, mesmo que em pequenas e logo esquecíveis doses.
Dirigido por Terry Ingram, Chupacabra tem a curiosidade da presença na liderança do elenco do veterano Erik Estrada, o policial rodoviário Frank Poncherello da série de TV “CHiPs” (1977 / 1983), que foi exibida à exaustão na televisão brasileira. O ator faz o papel do policial da divisão de narcóticos, agente Carlos Seguin, na pequena cidade americana de San Antonio, no Estado do Texas, divisa com o México. Inclusive, provavelmente servindo de homenagem ao ator e à série de TV, temos várias cenas gratuitas com ele dirigindo uma bela e imponente moto, com direito até a uma acrobacia saltando sobre um canteiro de obras.
Junto com a nova parceira, Tracy Taylor (Julian Benson), ele recebe a missão de investigar as mortes misteriosas e de forma sangrenta de um grupo de traficantes de drogas. Descobrindo mais tarde que a responsabilidade dos assassinatos é de um bando imenso de “chupacabras”, uma lenda urbana que virou realidade, animais mutantes e nômades, misto de cachorros e coiotes, que invadem a cidade à procura de comida, encontrando nos seres humanos a carne e o sangue para saciarem sua fome. A dupla de policiais forma uma improvável aliança com um grupo de arruaceiros rebeldes, e fortemente armados, partem para o combate contra a invasão da horda de “chupacabras”, que já fizeram dezenas de vítimas. Culminando num confronto decisivo dentro do histórico Forte Álamo (daí o título original), que no passado teve importância relevante na guerra entre Estados Unidos e México pela posse do Texas.
A invasão de uma pequena cidade por animais enfurecidos ou criaturas sobrenaturais é a já conhecida e largamente explorada premissa básica do filme. Dentro desse clichê, ainda temos um elenco patético, com exceção talvez para a nostalgia da presença de Erik Estrada, somado com uma história despreocupada com lógica ou coerência, e efeitos tão vagabundos de computação gráfica que obviamente não convencem. São “chupacabras” aparecendo por todos os lados, sendo abatidos por tiros, e atacando os humanos como cachorros raivosos. É verdade que tem bastante sangue, com mortes violentas, mas com uma artificialidade que não funciona. Ainda tem os comentários patéticos no meio do caos e o desfecho previsível onde facilmente sabemos quem serão os sobreviventes e os vitoriosos da batalha. Mais uma produção descartável exibida pelo canal “SyFy”, que deveria “imaginar” que seus espectadores gostariam de ver algo melhor.
Difícil chegar no nível de um “Breaking Bad”, como diria aquele que também nunca irá chegar: “Nunca será!”…
Tão ruim que chega a ser engraçado.