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Luzes de Phoenix
Original:Phoenix Forgotten
Ano:2017•País:EUA
Direção:Justin Barber
Roteiro:T.S. Nowlin, Justin Barber
Produção:Wes Ball, Mark Canton, T.S. Nowlin, Ridley Scott, Courtney Solomon
Elenco:Florence Hartigan, Luke Spencer Roberts, Chelsea Lopez, Justin Matthews, Clint Jordan, Cyd Strittmatter, Jeanine Jackson, Matt Biedel

Produção de Ridley Scott. Se esta informação aparecesse em destaque no cartaz de uma produção dos anos 80 e 90, você já não precisaria mais ler o restante da resenha para saber que o filme vale a pena. No entanto, ela está escondida em um “found footage“, gênero absolutamente desgastado, em um período em que o renomado cineasta tem sido alvo de críticas pela sua retomada à franquia Alien, com Prometheus e Alien: Covenant. Ainda assim, você talvez arrisque uma conferida pois se trata de acontecimentos considerados verídicos envolvendo um episódio inexplicável em Phoenix, Arizona. As “luzes de Phoenix” são um dos grandes mistérios modernos na humanidade, servindo de inspiração para filmes, livros e conspirações, rendendo histórias fantásticas e bastante curiosas.

No dia 13 de março de 1997, misteriosas luzes em formato “V” foram vistas no céu de Phoenix. Milhares de pessoas, incluindo o então governador Fife Symington, testemunharam o fenômeno que durou cerca de uma hora e foi bastante registrado em vídeo, com material disponível no youtube. Na época, as pessoas não tiveram dúvida de associar a aparição a um relato inquestionável de influência alienígena, como uma possível mensagem ou tentativa de contato. Durante quatro meses, o evento foi discutido em jornais e na televisão até que a Força Área de Maryland anunciou que se tratava de um exercício militar chamado “Operation Snowbird”, com dez aeronaves compondo o formato durante um período até encerrar o treinamento. É claro que nem todo o público ficou satisfeito com essa explicação, acreditando se tratar de mais uma camuflagem do governo para evitar pânico em massa.

Os efeitos causados pelo fenômeno mal explicado serviram de inspiração para o longa O Segredo do Céu, de Roy Knyrim, lançado em 2007, e para o found footage The Phoenix Incident. E, agora, também possibilitou a realização de Phoenix Forgotten, que teve uma estreia tímida nos cinemas lá fora em 21 de abril. Na veia de A Bruxa de Blair, o longa conta em formato semi-documental o desaparecimento de três jovens que foram investigar as luzes pelo deserto, e tiveram seu material de filmagem encontrado.

Sophie (Florence Hartigan) está em busca de seu irmão desaparecido há 20 anos. Ela decide retornar a Phoenix para realizar um documentário sobre John (Luke Spencer Roberts) e seus colegas de classe, Ashley (Chelsea Lopez) e Mark (Justin Matthews), que foram ao deserto com câmeras de vídeo para registrar mais de perto o acontecimento. Para tal feito, ela entrevista seus pais Steve (Clint Jordan) e Caroline (Cyd Strittmatter), divorciados devido à tragédia, os pais de Ash, uma professora (Ana Dela Cruz), policiais que procuraram os jovens e até pessoas ligadas à política. Ela não compreende porque a câmera que fez as filmagens havia sido guardada no veículo, não trazendo os detalhes finais, o que lhe faz acreditar que existe algum material que tenha sido encontrado e não divulgado.

É claro que a garota terá dificuldades no acesso, mas nada que impeça que a segunda fita possa aparecer, com filmagens intactas (!!). Daí o terror resulta em conhecer os momentos finais dos jovens, quando percebem que estão sendo seguidos por luzes e alguma outra coisa. Eles encontraram sinais de comunicação na montanha, carcaças de animais (há relatos de que isso realmente foi visto na época) até o encontro final, com uma possível explicação para o desaparecimento.

A relação com o longa de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez é muito evidente para ser ignorada: uma garota e dois homens; um deles se chama Josh; momento em que parecem esta desistindo de lutar. E se o filme acerta em instigar o espectador, ao mesmo tempo não consegue convencer o uso exagerado das filmagens, até para conversas informais. Também há uma perda de tempo valiosa com a paixão de Josh pela Ash, em sintonia com Mark, como uma forma de humanizar os personagens com uma profundidade artificial. Contudo, os quase U$3 milhões do orçamento foram bem empregados, com efeitos especiais aceitáveis para a proposta.

É provável que Phoenix Forgotten teria um conceito melhor se tivesse sido lançado dez anos atrás. Depois de toda uma centena de filmes similares, soa apenas como uma produção oportunista, que se diferencia pelo nome de Ridley Scott nos créditos. Não fará diferença no resultado final, mas é inegável que essa informação traz uma luz especial no interesse pela fita.

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2 Comentários

  1. Eu achei bem tenso, especialmente os 20 minutos finais. A construção da narrativa foi bem feita. Concordo que o longa foi prejudicado pelo estilo empregado que já está mais do que batido, mas não é uma perda de tempo completa. Vale a pena conferir sim.

  2. Esse filme me deu medo, assim como “A Bruxa de Blair”.

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