Noites Brutais (2022)
 Noites Brutais
Original:Barbarian
Ano:2022•País:EUA Direção:Zach Cregger Roteiro:Zach Cregger Produção:Roy Lee, J.D. Lifshitz, Raphael Margules, Arnon Milchan Elenco:Georgina Campbell, Bill Skarsgård, Justin Long, Matthew Patrick Davis, Richard Brake, Kurt Braunohler, Jaymes Butler, Sophie Sörensen, Rachel Fowler, J.R. Esposito |
A sinopse de Barbarian no IMDB é bastante simples, mas é o máximo que você precisa saber antes de dar uma chance a ele: “Uma mulher que aluga uma acomodação no Airbnb descobre que a casa onde ela está não é nada do que parecia.“. Se não é suficientemente convidativo, atente-se às avaliações, à nota dada pelo próprio IMDB (atualmente acima de 7,0), e também ao elenco envolvido. Bill Skarsgård assumiu com personalidade a vestimenta e face do palhaço Pennywise em It – A Coisa; Justin Long foi o irmão que mais sofreu nas mãos do Jeepers Creepers no primeiro filme; Richard Brake é figurinha carimbada das produções de Rob Zombie (Halloween II, Os 3 Infernais…), além de ter a carranca de um típico vilão, tendo aparecido em O Ataque dos Vermes Malditos 7: Ilha dos Shriekers, entre muitos outros; e você pode até ouvir a voz de Sara Paxton (Terror na Àgua, Hotel da Morte, A Última Casa) em dado momento. Há vários outros rostos já vistos anteriormente, incluindo o carisma de Georgina Campbell.
Se um bom elenco e avaliações não forem suficientes para lhe empolgar, resta a súplica: vai por mim. Noites Brutais estará, sem dúvida, em vários tops 5 de 2022, incluindo o meu. Começa como um thriller “Supercine“: Tess (Campbell) é a tal mulher que alugou uma casa pelo Airbnb, em Detroit, sem pesquisar referências, atraída pelo preço atraente e a proximidade do centro, onde ela participará de uma entrevista de emprego. Ela chega sob um forte temporal, com as orientações do proprietário sobre o acesso à chave de entrada. Ao não encontrar a chave na caixa, protegida por uma senha, ela está quase desistindo quando as luzes internas se acendem, e a porta é aberta por Keith (Skarsgård), que lhe traz a informação que também alugou a mesma moradia no período combinado.
Tess conhece o mundo, viu muitos filmes de terror. Quem garante que aquele rapaz simpático não é um psicopata, que pode ter invadido a casa para fazer vítimas? Ou ele mesmo pode ser o proprietário. É possível confiar em um estranho, exageradamente simpático, que conhece seus gostos e oferece a cama para que ela passe à noite? Convenientemente uma convenção no centro ocupou todos os hotéis disponíveis, e os documentos de Keith, assim como seu celular, parecem autênticos. É claro que o filme de Zach Cregger esconde mais mistérios que a própria moradia, e algumas revelações logo irão despertar temores necessários para prender o espectador ao assento. Imaginar que se trata de uma trama de suspense água com açúcar, com todas as peças já dispostas no tabuleiro, é o primeiro animador engano que você terá.
Ágil em sua narrativa, quando o infernauta já estiver imerso no terror claustrofóbico sugerido, tudo muda para uma “nova história“. O formato de Barbarian é de uma quase antologia, com três personagens distintos tendo seus próprios movimentos observados até que as amarras se unam numa rede de horror absoluta. Se não fosse a dispersão da segunda história, que demora mais do que devia para colocar seu personagem no local certo, numa quebra de ritmo desnecessária, o filme poderia estar muito perto de uma nota perfeita. Também permite a perda de uma caveirinha de avaliação um dado absurdo que acontece no final do último ato, numa improbabilidade que fere o medo real até então visto.
Barbarian ainda se beneficia de sua reflexão proposta ao apresentar diversos troncos de uma árvore machista e que rodeiam a protagonista, justificando seu receio no primeiro contato com Keith. A própria tem em seu passado um abusador, mas também tropeçará em outros incômodos como os policiais que desdenham de sua denúncia ou daquele rapaz que cometeu um “estupro concedido“, como ele acredta. Com toda essa bagagem de mensagens e situações desagradáveis, e que lhe dão a profundidade adequada, o longa é funcional pelos arrepios que surgem dos ambientes escuros e pela atuação de Georgina Campbell, que carrega toda a carga emocional de uma mulher sobrevivente de múltiplos pesadelos e que ainda se dispôe a ajudar até quem não a ajudaria.
Terror disposto em várias camadas sólidas, Barbarian vai além da selvageria proposta pelo título para convidar o espectador a buscar uma acomodação em alguma outra casa da região. É provável que muitas delas escondam histórias tão tenebrosas quanto esta.
Pena que o resto do filme não seguiu a vibe do primeiro ato que era tensa e amendontradora. Bom filme mais poderia ter sido bem melhor se não tivesse mudado tanto o clima após o primeiro ato.
Gostei mais do primeiro ato. Depois que a ameaça se revela me cansou um pouco. Ao final já estava querendo assistir ao filme do Pelé.
Mas sobre detroit: que cidade horrivi!
Acho que peguei tanto filme meia boca de terror após Rec, que tinha praticamente desistido do gênero, porém, tô descobrindo agora o tanto de filme bom que saiu nestes dois últimos anos, e este é um deles…
Para quem é fã do gênero, só digo para todo mundo aproveitar, pq finalmente estamos numa ótima fase!
3 estórias dentro de 1 estória. Amo filme assim!. Começou como qlq filme, mas depois saiu do clichê e se apresentou de outra forma. Eu amei. É do estilo que eu gosto. Tipo southbound ,viveiros e esse agora. Por favor, indique mais filmes nesse mesmo parâmetro. SOUTH bound foi memorável.
Amei
Vcs podiam começar a indicar onde assistir como serviço mesmo, na crítica
Nem sempre indicamos, Patrick, mas é bem tranquilo de achar pelo http://justwatch.com/br.
Assisti essa semana . Ótimo filme . O primeiro ato foi perfeito