![]() Trancers III: A Luta pela Sobrevivência
Original:Trancers III
Ano:1992•País:EUA Direção:C. Courtney Joyner Roteiro:C. Courtney Joyner Produção:Albert Band Elenco:Tim Thomerson, Melanie Smith, Andrew Robinson, Tony Pierce, Dawn Ann Billings, Ed Beechner, Helen Hunt, Megan Ward, Stephen Macht, Stephen Macht, R.A. Mihailoff |
A terceira aventura de Jack Deth (Tim Thomerson) foi lançada em VHS no Brasil pela Alpha Filmes como Trancers: A Luta pela Sobrevivência. Com destaque para o nome de Helen Hunt, que tem menos de cinco minutos em cena, fico imaginando como as pessoas que alugaram essa fita por aqui conseguiram entender o que estava acontecendo. Ora, é a terceira parte de uma franquia sci-fi que traz viagem no tempo, pessoas controladas por uma droga, combates diversos (abandonaram as armas a laser comuns no primeiro filme) e muitos personagens. Acompanhando desde o longa original, é possível seguir a linha narrativa com mais precisão, principalmente pelas semelhanças com O Exterminador do Futuro e Blade Runner.

Optando por ficar em 1991 com Lena, ao final Jack envia para o futuro Alice, através da câmara TLC. Com os dois inimigos mortos, é provável que a paz finalmente tenha se instaurado no futuro, certo? Claro que não, ou não teríamos o terceiro filme. Nele, ambientado um ano depois, Jack está em vias de se separar de Lena devido aos seus comportamentos irregulares, como o de deixá-la sozinha, e estar sem trancer algum para enfrentar, atuando como detetive particular de traições de relacionamento, com direito a escritório e muita má vontade. Um mandroide de nome Shark (o grandalhão R.A. Mihailoff, que foi Leatherface em O Massacre da Serra Elétrica 3), movido a cristal, vem ao passado e leva Jack à força para o ano de 2352, a pedido de Alice.
Eles precisam mais uma vez do apoio de Jack porque no futuro haverá uma grande guerra contra os trancers, sem a menor chance de vitória da humanidade. O herói deverá viajar para 2005 e procura Lena, que publicou um artigo denunciando uma milícia local que estaria transformando as pessoas em trancers para combate. Ao reencontrá-la, ele descobre que Lena está casada e com uma filha, mas ela lhe apresenta a sua fonte de informação, uma jovem chamada R.J. (Melanie Smith), que teria se iniciado no programa militar, mas decidiu fugir quando percebeu a insanidade de um dos soldados. Liderado pelo Coronel Papai Muthuh (Andrew Robinson, o tio Larry de Hellraiser – Renascido do Inferno), com o apoio de Jana (Dawn Ann Billings, a moça que dá à luz o Warlock em Warlock 2: O Armageddon), trata-se de uma espécie de academia unida a um quartel general, localizado sobre um bar, onde Jason (Tony Pierce) alicia homens para servir à brigada com a promessa de compor um exército de elite.
Uma vez que a pessoa aceita participar, ela passa a receber doses de uma droga que aos poucos vai transformando-a em um trancer, controlado por Muthuh. Jack nem precisa se esforçar para se infiltrar no local, pois logo é capturado pelo inimigo e experimenta uma dose da droga. Ele precisa encontrar meios de escapar dali, enfrentar os trancers e o líder, para mais uma vez salvar o futuro. Para complicar o enredo, o roteiro de C. Courtney Joyner, também diretor do longa e que depois faria apenas Aprisionados pelo Medo, apresenta mais alguns personagens, como o recruta Ryan (Ed Beechner) e o senador McCoy (Hunter von Leer), que, após uma visita, passa a se interessar em financiar e ampliar o projeto.
Sem muito o que mostrar, além de momentos em que nada acontece – Jack vai à praia, é atacado; depois é atacado novamente -, o filme é acrescido de algumas sequências de treinos de luta dos trancers, com a observação de Muthuh. Muito estereotipado até na apresentação de seu quartel vilanesco, com uma mapa mundi imenso em exibição, além da sala de aplicação das drogas e o uso de uma espada de samurai (?!?), Trancers 3 é o mais fraco da franquia até então, sem empolgar nas lutas e confrontos. Não há justificativa para o filme se passar em 2005 que não seja mostrar Lena casada e com uma filha, uma vez que não traz diferenças entre esse ano e 1992, nem mesmo nas roupas e veículos. E chega a ser um absurdo que, depois de 13 anos de inatividade, o escritório de Jack ainda estar ali no mesmo local. “Tomara que a minha chave ainda funcione“.
Sem o retorno de Hap, apenas mencionado pelos negócios lucrativos, e McNulty (Art LaFleur), que teria sido morto no futuro, a franquia apresenta o personagem Harris (Stephen Macht, de A Criatura do Cemitério), como comandante e depois como membro do conselho ao lado de Alice e Raines (Telma Hopkins), presente nos dois outros filmes. Havia, pelo final apresentado, a intenção de dar continuidade à franquia com Jack viajando através de anos distintos para “limpar a sujeira que irá estragar o futuro“, mas foi além, com o lançamento, dois anos depois, de Trancers 4: Fome de Sangue, de David Nutter. Desta vez, o agente do futuro foi longe demais…

























