A Vingança de Lady Morgan (1965)

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A Vingança de Lady Morgan
Original:La vendetta di Lady Morgan
Ano:1965•País:Itália
Direção:Massimo Pupillo
Roteiro:Giovanni Grimaldi
Produção:Franco Belotti
Elenco:Gordon Mitchell, Erika Blanc, Paul Muller, Barbara Nelli, Michel Forain, Carlo Kechler, Edith MacGoven, Rossana Canghiari, Luciano Catenacci

“Eu estou morta. Quando uma pessoa perde a vida devido a uma morte violenta, é destinada a vagar pelo lugar onde morreu.” – Lady Susan Morgan

Para quem aprecia os filmes antigos do gênero fantástico, o ciclo italiano de horror gótico certamente é indispensável, com suas histórias de fantasmas e castelos assombrados. São tantos filmes, principalmente dos anos 60 e 70 do século passado, que é árdua a tarefa de pesquisa desse fascinante subgênero do cinema de horror.

A Vingança de Lady Morgan (La Vendetta di Lady Morgan, 1965), também conhecido pelo título internacional “The Vengeance of Lady Morgan”, é mais uma preciosidade que merece registro, com direção de Massimo Pupillo (creditado como Max Hunter) e fotografia em preto e branco.

Na Escócia de 1865, o Lord Harold Morgan (Paul Muller) está interessado num casamento com Lady Susan Blackhouse (Barbara Nelli), uma bela jovem de família rica e tradicional, sobrinha herdeira de Sir Neville Blackhouse (Carlo Kechler). Porém, ela é apaixonada pelo arquiteto Pierre Brissac (Michel Forain), que misteriosamente sofreu um suposto acidente a bordo de um barco em alto mar, escapando por pouco da morte, e ficando internado num hospital com perda de memória.

Com o caminho livre, o casamento acontece, e logo começam a surgir fatos estranhos no castelo da família, com a chegada de novos e suspeitos empregados ligados ao Lord Harold, como a serviçal Terry (Edith MacGoven), o violento mordomo Roger (Gordon Mitchell) e a bela e misteriosa governanta Miss Lillian (Erika Blanc). Com suas habilidades de hipnose ela consegue manipular a mente de Lady Morgan, que passa a ouvir vozes e ter alucinações, perdendo a sanidade e sendo induzida ao suicídio. Ela então retorna do mundo dos mortos como um fantasma vingativo à procura de justiça e para recuperar o amor de Pierre, que recobrou a memória e retornou ao castelo.

A primeira metade de A Vingança de Lady Morgan tem uma narrativa um pouco mais arrastada, com uma história clichê sobre uma bela mulher sendo vítima do marido inescrupuloso interessado apenas em sua fortuna, armando um plano maquiavélico para eliminá-la. Porém, depois o roteiro investe nos aguardados elementos sobrenaturais do horror gótico, com aparições fantasmagóricas e exploração dos cantos sombrios do castelo, com seu cemitério sinistro no jardim envolto em névoa espessa e a mórbida masmorra no subsolo, através da vingança sangrenta do espírito de Lady Morgan (daí o título), com mortes violentas num ambiente atmosférico.

A história bebeu na fonte do anterior Dança Macabra (Castle of Blood, 1964), de Antonio Margheriti, outra preciosidade italiana com Barbara Steele, ao explorar o mesmo tema dos fantasmas atormentados que morreram violentamente e ficaram presos no castelo onde viviam, necessitando desesperadamente do sangue dos vivos.

O ator suíço Paul Muller (1923/2016) teve uma carreira longa, sendo um rosto conhecido em vários filmes de horror do cineasta espanhol Jesus Franco. E Gordon Mitchell pode ser reconhecido em diversos filmes italianos de western.

A Vingança de Lady Morgan foi lançado em DVD no Brasil pela “Versátil” na coleção “Obras Primas do Terror – Gótico Italiano # 2”, apresentado como material extra, ao lado de outros seis filmes similares que complementam o box. Está também disponível no “Youtube” com legendas em português.

“Não queremos matá-lo. Precisamos somente do seu sangue. Você será nossa fonte de vida. Não há saída. Seu destino está selado.” – dos fantasmas perturbados para Neville Blackhouse, acorrentado na masmorra do castelo

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Juvenatrix

Uma criatura da noite tão antiga quanto seu próprio poder sombrio. As palavras são suas servas e sua paixão pelo Horror é a sua motivação nesse Inferno Digital.

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