The Walking Dead: Season Two (2013)

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Original:The Walking Dead: Season Two
Ano:2013•País:EUA
Desenvolvedora:Telltale Games•Distribuidora: Telltale Games

Fomos pegos de surpresa com o primeiro jogo da saga de The Walking Dead em 2012. Produzido pela Telltale Games, o game apostou em algo totalmente fora do imaginado: um survival horror em estilo point and click, com novos personagens, uma história a parte dentro do universo de Robert Kirkman e gráficos em cel shading, com ação quase zero. O mais incrível? Deu certo. Muito certo. E pouco tempo depois, a Telltale nos entrega Season Two, apostando basicamente em todos os elementos que consagraram seu game de estreia.

Season Two começa exatamente após os acontecimentos do primeiro jogo. Sem Lee ao seu lado, o jogo nos coloca de vez no controle de Clemetine, uma criança que passa a tentar sobreviver no apocalipse zumbi.

Na verdade, o maior desafio de Clementine não serão os walkers, mas os humanos que sobraram. E é isso que faz esse jogo extremamente pesado, triste e melancólico. Logo de cara, Clementine passará por um grande trauma, para em seguida se ver sozinha, numa jornada que parece mais inútil do que antes e que testará seus limites.

Há uma dezena de novos personagens que serão encontrados. Todos com problemas grandes, que levarão Clementine a tramas perigosas e dolorosas. Por focar muito na história, o roteiro é definitivamente primoroso. Dividido em cinco capítulos, o jogo terá vários momentos de fazer perder o ar, reviravoltas inimagináveis e, claro, muitas mortes e sangue.

A jogabilidade é exatamente a mesma do primeiro game. E é aí que fica a pouca decepção com o jogo. Todos os diálogos voltam a ter opções diferentes de respostas e os momentos decisivos farão você entrar em desespero sobre o que fazer. O resultado final acaba sendo um pouco mais influenciado dessa vez em relação as suas escolhas, diferente do primeiro game, onde independente das escolhas que você fez, o final seria o mesmo. Ainda assim, a necessidade de algo diferente em relação ao primeiro jogo não será saciada aqui.

Como Clementine não é uma lutadora (mas não se preocupe, haverá momentos para isso), fugir é seu principal trunfo. O jogo melhora nesse quesito em relação ao anterior, com um sistema direcional mais dinâmico, áreas um pouco maiores e a impressão mais de game e menos de história em quadrinhos interativa.

Um ponto interessante sobre Season Two é como nos apegamos a Clementine. Sua jornada extenuante só faz com que nos aproximemos mais da garota, desejando seu bem. Ficamos muito tristes com os infortúnios que lhe são apresentados e sorrimos quando algo bom acontece a ela.

E não se engane, Clementine é uma criança, mas a Telltale não teve nenhum pudor em coloca-las em cenas com verdadeiros banhos de sangue. Com um começo um pouco lento, a jovem se reúne com um novo grupo de pessoas em uma residência rural para, após eventos catastróficos, precisar fugir sem um rumo certo para onde ir. Entre momentos memoráveis, um reencontro com um antigo personagem e uma desastrosa fuga de um refúgio comandado por um psicopata com certeza ficarão na memória dos jogadores.

Interessante como as mulheres possuem os papéis de maiores destaques dentro desse jogo. Clementine não estará sozinha, com destaque para uma nova personagem que se apega fortemente a garota, mesmo que acabe sendo uma das responsáveis pelo maior conflito do jogo em seus momentos finais.

O jogo é recomendado até para aqueles que não acreditam ser fãs do gênero. É difícil não ser contagiado e engolido por sua narrativa tão pesada e triste, mesmo que em alguns momentos raros as coisas pareçam forçadas demais. Muitas histórias sobre o apocalipse zumbi são romantizadas e frenéticas. Aqui não, a crueza de seu enredo nos despertará empatia, mas, sobretudo, o desejo de esperança.

The Walking Dead: Season Two está disponível para PC, PlayStation 3, Xbox 360, iOS, PlayStation Vita, PlayStation 4, Xbox One, Ouya e Android. A análise foi feita em um PlayStation 4.

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Samuel Bryan

Jornalista, acreano, tão fã de filmes, games, livros e HQs de terror, que se não fosse ateu, teria sérios problemas com o ocultismo. Contato: games@bocadoinferno.com.br

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