13 Freiras Diabólicas que fariam você rezar!

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Um dos principais símbolos da Igreja Católica, a freira é sempre vista como uma representação religiosa do bem. Com uma vida dedicada à clausura, às orações, à castidade e aos ensinamentos dos preceitos bíblicos, ela contribui de maneira satisfatória para uma sensação constante de paz, harmonia e amor divino. Dentre as várias ordens as quais elas se estabelecem, surgem nomes que se destacam pela bondade absoluta e pelas realizações notáveis como Madre Teresa de Calcutá e Teresa de Ávila. Por tudo o que representam, não é à toa que o gênero terror sempre busca um meio de inseri-las em suas produções como um rompimento com o sagrado, permitindo que o medo se desenvolva onde deveria haver tranquilidade e segurança. Assim, para auxiliá-los nas próximas orações, o Boca do Inferno fez uma lista das freiras diabólicas que tiveram uma participação de destaque em diversos filmes, mostrando que antes mesmo de A Freira, da franquia Invocação do Mal, era preciso mais do que reza e crucifixos para se livrar de todo mal.

Verónica (2017), de Paco Plaza

A tábua Ouija, um das ferramentas essenciais para a comunicação com os mortos, leva a jovem Verónica (Sandra Escacena) a uma tentativa frustrada de contato com o pai, o que ocasiona o despertar de uma entidade maligna que passa a atormentá-la. Mesmo sabendo que o resultado não tende a ser positivo, o infernauta acompanha o sofrimento da personagem através do contato com a estranha Irmã Morte (Consuelo Trujillo), uma freira cega que transmite arrepios por meio de sua capacidade de enxergar além do que se espera.

Grito de Horror 3 (1987), de Philippe Mora

A tentativa de mudar os rumos da franquia Grito de Horror só conseguiu incomodar ou despertar risos involuntários. Sem relação direta com os acontecimentos anteriores, este traz lobisomens do bem, vivendo em tribos isoladas, sem contato com o público. Quando a jovem lobisomem Jerboa (Imogen Annesley) consegue escapar de sua tribo Flow, ela é perseguida até a cidade por um trio de mulheres que se vestem de freiras para não chamar a atenção. Contudo, não há nada mais bizarro do que a cena em que as três aparecem transformadas em lobisomens brancos, numa maquiagem herege e sem impacto.

A Sentinela dos Malditos (1977), de Michael Winner

Uma das produções mais cultuadas dos anos 70, seja pela narrativa pessimista ou pelo elenco de peso, A Sentinela dos Malditos traz momentos de horror e agonia para um casal, interpretado por Cristina Raines e Chris Sarandon, que acaba de se mudar para um apartamento, onde há uma entrada para o Inferno. Entre pessoas deformadas e almas perdidas, que vez ou outra surgem para o incômodo da mulher, existe uma conspiração com a Igreja como uma maneira de impedir a entrada do mal em nosso mundo. Assim, em uma das cenas mais emblemáticas da produção e que se destaca indevidamente em alguns cartazes do filme, há a imagem de uma freira de olhos brancos! Até chegar a ela, você terá que se ajoelhar para abrandar os calafrios!

Demonia (1990), de Lucio Fulci

A capa dessa produção sem destaque na carreira do mestre italiano já apresenta uma freira de olhar esbugalhado e a pele extremamente pálida. Ela é uma das que foram excomungadas e crucificadas por um vilarejo no século XVI, e passam a perturbar uma equipe de arqueólogos, entre eles o Professor Paul Evans (Brett Halsey) e a supersticiosa Liza (Meg Register), um contato direto com as condenadas através de pesadelos constantes. Apesar de ter a marca do diretor no gore e até mesmo nos closes dos olhos, nem mesmo a caracterização das freiras salva essa produção de ficar entre o mediano e a mediocridade.

O Exorcista 3 (1990), de William Peter Blatty

Depois do fiasco que foi a segunda parte do clássico O Exorcista, a adaptação do livro Legião, de William Peter Blatty, veio para resgatar o horror perdido entre gafanhotos do bem e do mal. Aqui, o tenente Kinderman (George C. Scott) investiga uma série de assassinatos envolvendo decapitações, como o de um menino de 12 anos e um padre, estabelecendo uma conexão macabra com as ações de um serial killer do passado, conhecido como Assassino Geminiano, morto numa ação policial. Entre cenas insanas em um hospital psiquiátrico, destaca-se a morte de uma enfermeira, perseguida por uma freira de véu branco e uma tesoura, em um dos jumpscares mais conhecidos do gênero.

Filha do Mal (2012), de William Brent Bell

Um found footage que veio com a perspectiva de ocupar o lugar da franquia Atividade Paranormal, já em estado terminal. Nele, Isabella (a brasileira Fernanda Andrade), cuja mãe, Maria Rossi (Suzan Crowley), encontra-se internada num hospital psiquiátrico após assassinar três pessoas, decide organizar uma equipe de documentaristas para desvendar as razões que levaram a mãe ao crime cometido, com grandes possibilidades de envolver uma possessão demoníaca. Uma cena de poucos segundos acabou marcando a produção, quando, ao caminhar pelas ruas de Roma, a jovem testemunha o olhar aterrorizante de uma freira de olhos brancos! Produção assistível, mas distante de suas grandiosas intenções, principalmente pelo final abrupto.

A Hora do Pesadelo 5 – O Maior Horror de Freddy (1989), de Stephen Hopkins

A partir do quarto filme, Freddy Krueger (Robert Englund) já começava a demonstrar desgaste, mesmo com as mortes cada vez mais bizarras. Neste, os sobreviventes do filme anterior voltam a ser assombrados pelo assassino dos sonhos, sendo que desta vez há mais pistas sobre o passado de Freddy, como uma justificativa para sua natureza maligna. Em uma das cenas mais bem realizadas da produção, uma freira, simbolizando a mãe do ícone, é vista com uma aparência cadavérica, enquanto orava diante da janela, envolta por pássaros negros.

Bloody Bloody Bible Camp (2012), de Vito Trabucco

Um slasher sangrento, com características trashes, esta produção resgata o terror de acampamento, bastante comum nos anos 80. Em 1977, um grupo de jovens promíscuos parte para o Acampamento Happy Day Bible na perspectiva de que os aprendizados possam salvá-los, sendo atacados e mortos por uma freira assassina conhecida como Irmã Mary Chopper, que faz uso de maneiras criativas como um crucifixo para seus atos violentos. Sete anos depois, um outro grupo chega ao local, ignorando os alertas e o passado trágico. Sangue, corpos desmembrados e doses de humor negro, completam esse filme que diverte somente os pouco exigentes.

O Fantasma Excêntrico (1988), de Neil Jordan

Uma comédia erótica com piadas infantis sobre um castelo irlandês que se transforma numa atração turística, com a inclusão de fantasmas fajutos para chamar a atenção. O problema é que nem todos fazem parte dos efeitos, e eles resolvem assombrar com a chegada de um grupo de americanos. Com um elenco de rostos conhecidos como Peter O’Toole, Steve Guttenberg, Beverly D’Angelo, Jennifer Tilly e Peter Gallagher, o longa traz uma cena assustadoramente hilária, envolvendo um grupo de freiras com o rosto negro e olhos brilhantes. Vale a diversão!

Häxan – A Feitiçaria Através dos Tempos (1922), de Benjamin Christensen

Um documentário perturbador sobre a evolução da bruxaria através dos tempos, com cores expressionistas e cenas de rituais que incomodam muito mais do que muitos filmes de terror de hoje em dia. A cena em que o demônio literalmente, com pretensões figurativas, entrega um punhal para uma freira, para rigozijo das demais, faz parte de um pesadelo bem encenado e incômodo. Recomendadíssimo!

A Experiência 4: O Despertar (2007), de Nick Lyon

Uma franquia erótica envolvendo alienígenas e mulheres lindas, mas com enredos que gradualmente se perdem em conceitos sem sentido sobre fusão científica para excluir o DNA extraterrestre e tentativas de explorar seus poderes. Há uma cena bizarra que traz a alienígena sob as vestes de uma freira, saltando sobre prédios e usando sua língua bifurcada para atormentar Ben Cross. É, sem dúvida, o pior da franquia.

O Convento (2000), de Mike Mendez

Nos primórdios do Boca do Inferno, havia sempre uma notícia sobre esse filme, destacando o aspecto demoníaco das freiras. Neste, há tudo que os fãs de gore e violência podem querer: sangue em demasia, desmembramentos e o combate com freiras numa caracterização bem mais intensa do que Valak. Bem divertido ver o grupo de estudantes tentando enfrentar esses demônios, com tudo o que encontram pelo caminho. É uma pena que o filme seja tão desconhecido por aqui!

Maldição: Reze para Não Vê-La (2005), de Luis de la Madrid

Antes da freira demoníaca assombrar a franquia Invocação do Mal, existia a temível Irmã Ursula (Cristina Piaget) desse sonolento filme espanhol. Só vale a pena pela caracterização da freira, sempre aparecendo envolta de muita água, nos lugares mais inoportunos.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

9 thoughts on “13 Freiras Diabólicas que fariam você rezar!

  • 25/10/2023 em 00:00
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    Obrigado irmão! Deus te abençoe 🙏
    Estava procurando esse filme 🎥 “Maldição” de 2005. Valeu 👍

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  • 08/09/2018 em 19:08
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    Marcelo vc poderia me informar o título em inglês do filme O Convento 2000? Sabe onde posso fazer o download?

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  • 06/09/2018 em 21:04
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    Madre Teresa de Calcutá entra facilmente nesta lista de Freiras Diabólicas. Seu abrigo não era um berço de santidade e sim uma Filial do Inferno, onde as pessoas que lá adentravam passavam pelas maiores provações de dor sem receberem um mísero comprimido para aplacar sua agonia. Dezenas de voluntários da saúde que foram lá deram inúmeros depoimentos sobre as atrocidades cometidas naquele antro e como o dinheiro doado pelo mundo inteiro servia apenas para fundar novas instituições em outros lugares para sua Congregação.
    Pinhead – o Cenobita de Hellraiser – se sentiria em casa no instituto de Santa Madre Teresa!

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      10/09/2018 em 11:50
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      E onde eu encontro esses depoimentos, Flávio?

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    • 06/08/2019 em 19:31
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      Não é assim também colega, há um pouco de exagero e sensacionalismo, na verdade o que acontecia era que os locais eram muuuito pobres, e alguns voluntarios de saúde esperavam com certa razão, um padrão mais alto no tratamento dos doentes, ,os cuidados eram muito paleativos e poucos de cura real, como as doações eram muitas, não havia de fato uma gestão eficiente como deveria já que muito era usadas para construção de novos centros ao invés de modernização dos já existentes. Ou seja, é força a barra dizer que havia tortura proposital, no maximo, má gestão das doações, lembrando que o serviço era todo voluntario, por isso outra critica era que por não havia gente capacitada, para casos mais problematicos

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  • 06/09/2018 em 19:49
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    Dessa lista vi apenas alguns, e fiquei muito interessado nesse O convento. Uma vez eu vi um filme no antigo programa da Tv Cultura “Zoom”, um filme de terror (parece que era nacional) onde um navio com algumas freiras estava no mar quando várias mortes começaram a acontecer durante a viagem. As freiras eram totalmente do mal rsrs… infelizmente faz muito tempo isso, e nunca mais ouvi falar desse filme. E nem me lembro do nome.

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