Monstrum #4 (2022)

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Monstrum #4
Original:Monstrum #04 – Rock Hudson: “Just a Gigolo”
Ano:2022•País:Brasil
Páginas:28• Autor:Carlos F. Figueiras•Editora: Independente

A HQ Monstrum chega a seu quarto e penúltimo capítulo, recheada de referências oitentistas, muitas cores e alguns mistérios sendo solucionados.

Rock Hudson, o “rei do Hard Rock”, se junta à excêntrica festa de abertura da exposição de Sophie e vemos que ele e Frank, já apresentado anteriormente, têm um passado juntos. Foi Frank quem tornou Rock um grande astro.

No meio de uma grande orgia sem limites e muito menos pudores, regada a drogas e sadomasoquismo, Rock Hudson está em seu ambiente favorito. Até que as coisas deixam de ficar agradáveis muito rapidamente. Um monstro dá as caras, e logo as coisas, que já estavam bem loucas, saem absurdamente fora de controle.

A loucura dos anos 70 e 80 está presente em cada página do quadrinho, desde o começo. Figuras icônicas como David Bowie em seu famoso terno azul e Pamela Anderson em início de carreira são encontradas passeando casualmente pela história, o que dá um toque muito divertido à leitura. Falando em referências, o astro do hard rock presente aqui é inspirado nos famosos artistas da época, como fica claro em todo seu visual – desde o corte de cabelo até suas roupas exageradas e estampadas – e comportamento, mais especificamente em David Lee Roth e Tommy Lee, segundo o autor Carlos Figueiras.

Neste capítulo finalmente descobrimos quem é o monstro que causou toda a confusão e desespero na exposição desde a primeira publicação da Monstrum, e, assim como no capítulo anterior, também algumas coisas ficam mais claras ou, ao menos, é mais fácil especular o que é afinal a tal misteriosa exposição.

O pecado da vez é, como devem imaginar, luxúria, retratada perfeitamente a partir do momento que abrimos a HQ, com pessoas peladas praticamente saltando de uma limusine e esborneando como se não houvesse amanhã (para alguns, não terá mesmo). As cenas são muito bem desenhadas, sem espaço para constrangimentos e decoro. O mais interessante é a transição de pura libertinagem para o horror em segundos, muito bem expresso pelos traços sempre impecáveis de Sueli Mendes.

As cores, como de costume fortes e marcantes, se destacam ainda mais neste capítulo, passando todo aquele ar psicodélico próprio da época, combinando muito bem com a esquisitice (no bom sentido) da história e com o tema apresentado.

Monstrum #4 nos traz um pouco de claridade a acontecimentos outrora nebulosos, responde algumas dúvidas e diverte a cada página virada com suas bizarrices, tendo uma extravagância típica oitentista que daria inveja a qualquer rockstar.

Toda a saga de Monstrum publicada até o momento pode ser encontrada nesse site!

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Louise Minski

Um experimento de Schrödinger entediado.

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