3.8
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Parasyte: The Grey
Original:Parasyte: The Grey
Ano:2024•País:Coreia do Sul
Direção:Yeon Sang-ho
Roteiro:Yeon Sang-ho, Hitoshi Iwaaki, Ryu Yong-jae
Produção:Ahn So-hee
Elenco:Jeon So-nee, Koo Kyo-hwan, Lee Jung-hyun, Kwon Hae-hyo, Kim In-kwon, Victoria Grace, Tom Choi, Lee Hyun-kyun, Jeon Hui-jeong, Yoon Hyun-gil, Lee Se-ho

A primeira coisa que o leitor precisa saber é que não conheço o mangá que foi adaptado para esta série coreana. Por esse motivo, as minhas considerações são baseadas apenas no produto disponível na Netflix, sem comparações e nenhuma ilação quanto a qualidade da obra original.

Na verdade, o que me chamou a atenção nesta série foi o nome do diretor Yeon Sang-ho, responsável pelo filme Invasão Zumbi (2016), aquele excepcional thriller dos zumbis dentro de um trem em alta velocidade e da infelizmente pouco vista minissérie Profecia do Inferno (2021), também disponível na Netflix, que acho excelente e merecia ter feito mais sucesso, já que além dos elementos sobrenaturais, consegue fazer uma crítica social muito contundente.

Ainda se vê traços dessa crítica social em Parasyte: The Grey, mas de forma não muito satisfatória. No aspecto relacionado ao terror/ficção científica, não tem melhor sorte esta nova empreitada, já que não decola como prometia o promissor início.

Ao longo dos seus seis episódios, a série me deixou com uma impressão de desleixo geral, seja em relação aos efeitos (que merecia uma melhoria), ao roteiro (há um vai e vem sem rumo de alguns personagens e decisões/momentos bastantes questionáveis que foram utilizados apenas para dar um ritmo à trama) ou à direção (tornando apressada uma trama que poderia render bons frutos).

Na trama, vários parasitas alienígenas caem do céu e possuem o corpo das pessoas (a melhor cena é a inicial, com um desses seres em descontrole promovendo um massacre numa festa). Apesar dessas criaturas preferirem deixar sua existência em sigilo para não colocar seu plano de dominar o mundo em evidência, alguns eventos, como esse que citei acima, alertam as autoridades e é criado um plano global para caça e extinção desses seres. Na Coreia do Sul, a equipe Grey é criada com essa finalidade, tendo como chefe a implacável Choi Jun-kyeong (Lee Jung-hyun) cujo marido também foi possuído.

Mas a série gira mesmo em torno de Jeong Su-in (Jeon So-nee), uma simples caixa de supermercado com seus próprios dramas pessoais que é possuída por um alienígena no momento em que estava à beira da morte. Sem alternativa, o ser teve que reparar o corpo hospedeiro e ficou impossibilitado de possuí-lo totalmente, tendo que repartir essa “carcaça” com o humano original. Essa condição é completamente diferente dos demais, que possuem o corpo eliminando a condição humana existente.

Ecos de O Enigma do Outro Mundo (1982)? Invasores de Corpos (versão de 1978)? Eles Vivem (1988)? Prova Final (1998)? Isso mesmo! O leitor já viu esse enredo antes e ouso dizer que era melhor…Não é de todo descartável, mas a promessa inicial de um tenso thriller de ficção cientifica infelizmente não se cumpre a contento.

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