Carnaval de Almas
Original:Carnival of Souls
Ano:1962•País:EUA Direção:Herk Harvey Roteiro:John Clifford Produção:Herk Harvey Elenco:Candace Hilligoss, Frances Feist, Sidney Berger, Art Ellison, Stan Levitt, Tom McGinnis, Forbes Caldwell, Bill de Jarnette, Dan Palmquist, Steve Boozer |
“Ela era uma estranha entre os vivos”
Os filmes que exploram fantasmas com um horror mais sutil e psicológico normalmente despertam grande interesse. O Parque Macabro (Carnival of Souls, 1962), de Herk Harvey, com roteiro de John Clifford, fotografia em preto e branco e produção de baixo orçamento, é um exemplo bem sucedido dentro dessa ideia. Com uma história sobrenatural no estilo típico da nostálgica série de TV “Além da Imaginação” (1959 / 1964), um pouco mais esticada para se enquadrar como um filme de longa-metragem.
A organista profissional Mary Henry (Candace Hilligoss) sofre um acidente traumático de carro numa ponte, com o veículo mergulhando nas águas escuras de um rio. Ela sobrevive misteriosamente, aparecendo desorientada nas margens. Ao receber o convite de um padre (Art Ellison) para tocar órgão numa igreja em outra cidade, ela viaja até o local. No caminho, visualiza perto da estrada um pavilhão abandonado, que no passado foi um movimentado balneário turístico e parque de diversões. De aspecto macabro e sombrio, o parque falido desperta na jovem um estranho fascínio, principalmente depois que ela é atormentada regularmente por alucinações e visões de um fantasma (o próprio diretor Herk Harvey, maquiado como um zumbi e não creditado), que parece querer se comunicar com ela e resolver alguma pendência entre o mundo dos vivos e mortos.
Mary é antissocial e reclusa, e se hospeda numa pensão de propriedade da Sra. Thomas (Frances Feist), onde conhece o jovem galanteador John Linden (Sidney Berger), que tenta conquistá-la sem muito sucesso. Ela recebe também conselhos de um médico, Dr. Samuels (Stan Levitt), sobre sua constante confusão mental talvez relacionada com o estresse causado pelo acidente de carro. Mas, a mulher perturbada por fantasmas e obcecada pelo pavilhão abandonado precisa entender as visões sinistras que a assombram, e tenta de forma obstinada descobrir a relação entre o “parque macabro” e seus próprios demônios internos.
O Parque Macabro é aquele tipo de filme de horror sugerido, sem violência ou sangue, e apenas com visões oníricas sombrias e alucinações perturbadoras de fantasmas de pessoas que não fazem mais parte desse mundo. Com maquiagem simples, mas eficiente, todas as cenas com os zumbis perseguindo Mary são antológicas e carregadas de horror psicológico.
O filme é indicado para os apreciadores do cinema de horror com atmosfera desconfortável e sobrenatural, sem as barulheiras e correrias de histórias com fluxo narrativo acelerado e que cansam o espectador justamente por esses excessos.
O diretor Herk Harvey (1924 / 1996) tem um currículo extenso, mas ficou mesmo conhecido através da grande repercussão ao explorar a temática do horror psicológico em O Parque Macabro. Ele revelou que, apesar de satisfeito com o sucesso desse filme, acharia mais justo ser reconhecido pelo conjunto de sua obra fora da temática, com muita experiência em centenas de filmes na área educacional, industrial e documentários.
Curiosamente, o filme ganhou dois títulos no Brasil, o oportunista O Parque Macabro, com a utilização de um adjetivo com forte ligação com o horror, e depois o correto Carnaval de Almas, uma tradução literal do original. Tem também uma versão disponível colorizada por computador e ganhou uma refilmagem lançada em 1998, dirigida por Adam Grossman.
Foi lançado em DVD por aqui com o nome Carnaval de Almas, pela “Versátil Home Video”, na Coleção “Obras-Primas do Terror – Volume 3”.
Um ótimo filme, com atmosfera misteriosa e apavorante em ceros momentos… ótima atuação da atriz principal…
Assistido ontem, somente em 2023 rsrsr pesquisei, li críticas e opiniões, vi imagens e fiquei meio assim.. cliquei mais de uma vez p ver no youtube e finalmente vi ontem e digo que é um filme poético e filosófico, muito bom gostei bastante e já vou tê-lo na coleção.
A pergunta que fica é oo pessoal da pousada tb estava morto como ela ? pq somente o médico o padre e os outros conseguiam vê-la? e o resto da cidade não ? bom tirando isso o filme é nota 1000 viciado em filmes dos anos 50 e 60 em preto e branco.
Gosto desse filme.
O fantasma “principal” me lembra mais o Pinguim (do Btaman).
Um filme excelente.
Um dos mais assustadores que eu já vi; um dos meus favoritos.
Uma excelente história de fantasmas.
George Romero bebeu muito neste filme p fazer o seu clássico A Noite dos Mortos Vivos !