A Babá – O Chamado das Sombras (2020)

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A Babá - O Chamado das Sombras
Original:Yaga. Koshmar tyomnogo lesa / Baba Yaga: Terror of the Dark Forest
Ano:2020•País:Rússia
Direção:Svyatoslav Podgaevskiy
Roteiro:Natalya Dubovaya, Ivan Kapitonov, Svyatoslav Podgaevskiy
Produção:Natalya Dubovaya, Ivan Kapitonov, Inna Lepetikova, Sergey Melkumov, Rafael Minasbekyan, Svyatoslav Podgaevskiy, Alexander Rodnyansky, Vadim Vereshchagin
Elenco:Oleg Chugunov, Glafira Golubeva, Artyom Zhigulin, Svetlana Ustinova, Aleksey Rozin , Maryana Spivak

A Babá: O Chamado das Sombras (no original russo, Yaga. Koshmar tyomnogo lesa – 2020) é uma versão do século 21 de uma história do antigo folclore eslavo sobre Baba Yaga, uma criatura mítica que se esconde na floresta e geralmente assume a forma de uma velha e horrível bruxa. Os diretores Svyatoslav Podgaevskiy e Nathalia Hencker, responsáveis por trabalhos como A Noiva (Nevesta aka The Bride, 2017) e A Sereia: Lago dos Mortos (Rusalka: Ozero myortvykh  aka The Mermaid: Lake of the Dead, 2018), trazem-na à vida em seu filme com uma nova visão criativa, elaborando um vilão capaz de instilar medo nos corações de crianças e adultos.

Embora A Babá: O Chamado das Sombras esteja impregnado de antigas tradições russas, tudo está explicado nos créditos iniciais. O principal poder da bruxa é o de fazer aqueles que conhecem suas vítimas esquecê-las por completo e esse fator é importante no filme, quando um menino chamado Egor (Oleg Chugunov) trava uma luta diária depois que sua mãe morre e seu pai assume um novo relacionamento, trazendo um novo filho para casa. Embora se ressinta de Anya, a pequena bebê, Egor está preocupado com sua segurança, pois parece ser o único a notar que a nova babá Tatiana (Svetlana Ustinova) é uma “bruxa” com intenção de roubar o bebê. Quando o bebê desaparece e ninguém de sua família parece notar, Egor pede a ajuda de seus novos amigos, Dasha (Glafira Golubeva) e Anton (Artyom Zhigulin) para enfrentar a bruxa e resgatar sua meia-irmã.

Embora nunca seja muito intenso ou gráfico A Babá: O Chamado das Sombras ainda consegue entregar uma boa quantidade de sustos eficazes. A bruxa gosta de brincar com Egor, o que cria algumas cenas intensas dela o atacando enquanto estava invisível e quando ele entra em seu covil envolto em cordas vermelhas no meio da floresta. Essas cenas são filmadas com uma mão muito capaz, que ultrapassa a linha entre o infantil e a produção de filmes mais adultos. Uma reminiscência de filmes como Goonies, The Monster Squad, It: A Coisa e O Iluminado são claramente notados, onde cabe às crianças salvar o dia e você realmente sente que elas estão em perigo e há profundidade em cada um de seus personagens, diferentes dos outros filmes produzidos pela equipe.

Os efeitos até que são bem feitos, já que o visual de Baba Yaga como um esqueleto enrolado em um barbante, vermelho é original e fantástico. Para um filme de baixo orçamento, A Babá realmente entrega os efeitos. Dou aqui meu destaque para os Navegantes, criaturas meio-humanas meio-pássaros que tem uma das pernas no formato de um compasso de metal enferrujado.

Filmado em russo, mas dublado em inglês, a dublagem em A Babá: O Chamado das Sombras (traduzido para o inglês como Baba Yaga: Terror of the Dark Forest) não é das melhores, mas os pequenos atores estrelando seus papéis parecem muito naturais. Oleg Chugunov é simpático e cativante na liderança como Egor. Ele e o personagem de Golubeva formam uma ótima dupla para enfrentar o monstro devorador de crianças, e os coadjuvantes Artyom Zhigulin e Igor Khripunov (interpretando um nômade que vive na floresta) também não deixam a desejar. Claro, existem alguns momentos muito intensos, mas não é nada que vá marcar os espectadores infantis. A imagem de Baba Yaga realmente é de dar pesadelos, e o filme parece um conto de fadas habilmente produzido e adaptado com cuidado para o espectador mais jovem.

Em suma, se você procura assistir algo sem a pretensão de ser uma obra de arte do gênero e tem como companhia seus filhos ou sobrinhos, este é um filme que promete bons sustos e emoções semelhantes às histórias para dormir dos Irmãos Grimm.

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Iam Godoy

Escritor, colunista, fotógrafo, libertino, subversivo e um porra-louca sem noção do perigo. Comanda desde 2013 o site Gore Boulevard, antro de clássicos e bagaceiras sangrentas.

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