Halloween Ends
Original:Halloween Ends
Ano:2022•País:EUA, UK Direção:David Gordon Green Roteiro:David Gordon Green, Paul Brad Logan, Chris Bernier, Danny McBride Produção:Malek Akkad, Bill Block, Jason Blum Elenco:Jamie Lee Curtis, Kyle Richards, Andi Matichak, Will Patton, Stephanie McIntyre, Nick Castle, James Jude Courtney, Rohan Campbell, Michele Dawson, Candice Rose, Emily Brinks, Marteen, Joey Harris |
O último encontro de Laurie Strode, na pele de Jamie Lee Curtis, com o “assassino de babás” Michael Myers aconteceu de maneira deprimente, em uma narrativa que não soube honrar o universo que dispunha. O longa de 2018, a tal parte 2 de uma dimensão paralela, mostrou uma personagem traumatizada por episódios que aconteceram há mais de quarenta anos, com uma vida determinada a proteger sua família de um iminente retorno do bicho-papão, mesmo sabendo que ele estava preso em um presídio de segurança máxima. Convenientemente, ele foi transferido de prisão às proximidades do Halloween, e conseguiu escapar para traçar um caminho de corpos até a casa-prisão de Laurie.
Mesmo com todas as armadilhas criadas, ele sobreviveu ao novo embate com sua “irmã” da parte 2 oficial para promover um novo massacre na mesma noite, reencontrando velhos conhecidos do longa original, em uma trama que funcionou como um fanservice, um divertido slasher que conseguiu a proeza de resgatar até mesmo o ícone Dr. Loomis, relembrando Donald Pleasence. Halloween Kills funcionou bem até seu último ato, quando os próprios moradores da cidade de Haddonfield resolveram agir contra o Mal Absoluto, mas permitiu sua reação, trazendo indícios de uma sobrevida sobrenatural. Depois de matar a filha de Laurie, Karen (Judy Greer), o ferido Michael Myers desapareceu por completo, sem deixar vestígios.
Mesmo sabendo que ele estava à solta – diferente do filme anterior onde ela sabia o paradeiro do psicopata -, Laurie decidiu sair de sua prisão, passando a morar tranquilamente com sua neta Allyson (Andi Matichak), enquanto escreve suas memórias em um futuro livro, pela sugestão de seu amigo Hawkins (Will Patton). É como encher a casa de armadilhas para baratas, mesmo sabendo que elas dificilmente terão acesso à sua casa, mas o dia que entra uma e você não consegue matá-la, você opta por tirar as armadilhas e viver tranquilamente. Faz sentido? Claro que não. Laurie perdeu a filha, o genro, vários conhecidos da cidade, atravessou um novo trauma, tão violento quanto o de 1978, e, de repente, quis deixar de se preocupar com o passado.
Halloween Ends parte desse absurdo para um ainda maior ao apresentar uma outra vítima da cidade, uma outra pessoa traumatizada. Um ano após os acontecimentos dos dois filmes, no Halloween, o jardineiro Corey Cunningham (Rohan Campbell) é chamado para cuidar de uma criança insuportável. Deixando-a assistir aO Enigma de Outro Mundo, em uma referência bem-vinda ao universo de John Carpenter, o rapaz é enganado pelo garoto e, ao tentar reagir, promove uma tragédia. Três anos depois, ele tenta uma nova vida como mecânico trabalhando em um ferro velho com seu padrasto, tendo que enfrentar o preconceito de uma cidade que busca um novo bicho-papão.
Ele é apresentado a Allyson por Laurie, que trabalha como enfermeira em uma clínica e aguarda uma chance de promoção. A garota, quebrada psicologicamente, se apaixona pelo rapaz, nas mesmas condições. Não se entende, nesse roteiro escrito a oito mãos – David Gordon Green, Danny McBride, Chris Bernier, Paul Brad Logan -, a razão de Laurie ter apresentado “o babysitter psicopata” à sua neta, vítima de um “psicopata de babysitter“: será que ela achou que a mente perturbada do rapaz vai curar a da filha, e vice-versa? É claro que a relação vai ser cheia de momentos conturbados em que o rapaz ameaça agredir o ex de Allyson, deixa a namorada irritada numa festa de Halloween e vai aparecer a todo momento com manchas roxas e cortes no confronto com um grupo de jovens baderneiros.
Mas, e Michael Myers? O filme esquece do assassino por mais de meia-hora, com apenas algumas menções e a câmera de Green sendo apontada vez ou outra para um cano, onde provavelmente Jeepers Creepers deixa seus corpos, ou para um mendigo insano que se auto-denomina Michael Myers. A intenção é mostrar uma cidade doente, capaz de criar monstros, como se tentasse justificar as ações do psicopata ou relacioná-lo à destruição local. O problema é que Halloween é um slasher, um filme envolvendo um assassino que invade casas e assombra os pesadelos infantis. Transformá-lo em uma espécie de A Coisa, do livro It, de Stephen King, colocando-o à margem da civilização como uma entidade maléfica não funcionou muito bem, deixando o filme chato, arrastado, onde pouca coisa acontece em sua primeira metade.
O filme talvez funcionasse como a parte 5 da franquia original, depois que o anterior deixou a entender que Jamie (Danielle Harris) poderia ter assumido a máscara de Michael Myers; ou algo como fizeram em Sexta-Feira 13 – Parte 5: Um Novo Começo, com Tommy (John Shepherd), que poderia ter se transformado no novo Jason Voorhees. Utilizaram a ideia no epílogo, lembra? Mas optaram acertadamente por uma parte 6 mais tresloucada. O problema é que, em Halloween Ends, Michael Myers ainda está vivo. Para que dar indícios da criação de um novo monstro, se o anterior ainda existe? Ao deixá-lo de lado pela natureza perturbada de Corey, o longa perde a identidade, deixa de ser o que os fãs da franquia esperam.
Se partissem para uma espécie de Clube da Luta, talvez funcionasse melhor; uma ideia de que a cidade está amaldiçoada a viver com seus monstros, ou como a própria Laurie diz: “O Mal sempre vai existir, ele só muda de forma“. Contudo, Halloween Ends é a terceira parte de uma trilogia, o longa que vai apresentar o confronto final de Laurie com Michael Myers. Vai acontecer? Claro, uma vez que a capa e o próprio trailer já deixam a entender, mas todo o resto soa como desperdício de cenas, como um spinoff da franquia. Para quem é fã de slashers e dos personagens, todo o fanservice do anterior ficará no esgoto onde Michael Myers optou por se esconder.
Halloween Ends ainda traz outras ideias idiotas como toda encenação de Laurie no último ato, a cena final com a participação de todos os moradores, como uma espécie de ritual de cidade pequena. O filme também não funciona como o anterior no nível de violência: algumas mortes são offscreen – a pessoa grita e a cena corta, ou simplesmente encontram o corpo – e as que não são trazem nenhuma surpresa. Se o anterior tinha a perfuração da garganta, o casal cujos corpos são dispostos como no quadro em que aparecem em um momento bom, o confronto no parque e na casa de Laurie, neste há até aqueles que morrem sem que tenham alguma importância. E o que dizer da cena idiota em que uma vítima tem a língua cortada por uma tesourinha?
Assim, a nova trilogia se encerra no silêncio de uma casa deserta. Inferior às partes 2, 3 (não é bem uma continuação, mas….), 4, 5, 7 e até 8, Halloween Ends só consegue mais pontos que as horrendas parte 6 e Halloween 2, do Rob Zombie. Michael Myers e Laurie Strode talvez não se encontrem mais por muitos anos; ou talvez se vejam em um novo reboot, mas sem o brilhantismo de Jamie Lee Curtis. Nem esta, com toda a sua importância para a franquia, consegue impedir o terceiro filme de ser uma bomba absoluta.
Credo! Vi esse filme ontem e meu Deus, que filme foi esse? Além de não parecer muito com um filme da franquia Halloween, o Michael Myers ficou totalmente de escanteio durante boa parte do filme. Lastimável o fim dessa trilogia pois gostei do Halloween de 2018 e principalmente do Kills, Halloween Ends entra facilmente junto com o Ressureição, o 5 e o segundo do Rob Zombie na minha lista dos piores da franquia.
A verdade é que se os produtores tivesse coragem teriam matado o MM na cena final de Halloweens de 2018 . Teria sido um fechamento digno para a serie eles tivessem mantido MM morto. Mas a ganancia é grande demais.
Eu como fã achei uma porcaria… o que menos teve foi Michael Myers, a maioria das mortes foi o guri que parece um anão com a máscara, que deram a entender ser o substituto de Michael Myers mas que morre de forma boba. Michael Myers fraco sem motivo algum (agora ele é vampiro?)
Eu gostei mais desse do que do Kills, mas não quer dizer muita coisa. O roteiro faz exato zero sentido. Laurie do nada resolve viver sem paranóia, neta dela curtindo o babá em dois segundos, Myers totalmente debilitado (sim, ele é um idoso, mas mesmo no primeiro filme e nessa trilogia a resistência dele é alta demais pra ficar assim só pela idade, o bicho sempre foi uma máquina).
Pra mim só o de 2018 continua bom mesmo nessa nova trilogia. Que ironia, logo Chucky e Hellraiser, que nem é um slasher, conseguiram presentear os fãs com materiais melhores do que TCM e Halloween.
Ele é praticamente o “Estação das Bruxas” dessa nova trilogia. Ou seria se não tivesse a Laurie e o Michael Myers. Daria totalmente pra fazer uma história isolada e mesmo assim no mesmo universo se não fosse parte de uma trilogia linear.
Vou usar de referência aqui a trilogia original de God of War. Imagine que você jogou os dois primeiros jogos com o Kratos, teve aquele gancho épico no final do segundo jogo para uma puta guerra, pra chegar no terceiro jogo e você se ver obrigado a controlar um soldado espartano aleatório que nunca viu na vida, em uma história sem pé nem cabeça. Halloween Ends vai trazer essa mesma sensação ao telespectador.
É simplesmente INACREDITÁVEL que ninguém na produção olhou pra essa porcaria e pensou “Porra, isso aqui tá muito lixo. Não dá pra lançar isso não.”
As cenas dessa Corley são toscas, ele sendo uma espécie de pupilo do Michael é ridículo. É sério, é a pior atrocidade que já fizeram com Michael Myers na franquia (pior do que participar de uma seita demoníaca e ser uma atração de reality show, pois nesses ele ainda aparecia com frequência, AQUI ELE NEM APARECE!)
Esta trilogia começou mal, e terminou da mesma forma, Halloween Ends, é tudo menos um filme de Halloween, ao contrário de Halloween Ressurreição (2002), em que os primeiros 15 minutos é que valem a pena, mas mesmo assim Ressurreição têm Michael como personagem principal, em Ends só os 10 minutos finais é que prestam, a trilha sonora, é deplorável, o
Personagem principal da franquia (Michael Myers), aqui tem uma participação especial, sendo substituído por um personagem enfadonho sem impacto narrativo, Lindsay infelizmente teve pouco destaque, algo que injusto para um personagem legado, os personagens novos são totalmente secantes, sem qualquer acréscimo à narrativa, enfim prometeram tanto, e não entregaram nada, agora estou curioso, para ver como os Haters de Halloween 6-The Curse of Michael Myers (1995), quando descobrirem que Michael têm o ajudante, digo isto porque sou fã de Halloween 6, enfim com o meu sentido crítico, como fã eternamente apaixonado por a Franquia Halloween, posso assegurar que desta trilogia,
Halloween Kills é o melhor, Ends para mim consegue ter a honra de ser o pior de toda a franquia, obviamente que os abortos cinematográficos de Rob Zombie estão de fora desta contagem, a avaliação da critica especializada (Rotten tomatoes), também detestou, dando 46% de aprovação!
Ends peca por dar demasiada ênfase a personagens que não temos nenhuma ligação, em vez de focar naqueles que estão no imaginário há 45 anos (Michael, Laurie e Lindsay), Alisson consegue ser ainda pior do que foi em Kills e 2018, alem de tentarem um romance que parece ter sido retirado de malhação, fecho Halloween ends com 2/10, pelo facto que ao menos tem um pouco de Michael, Laurie e Lindsay!
Dito isto, concordo com tudo neste crítica, Michael Myers é personagem principal, não um coadjuvante, tempos melhores virão para a franquia!
Eu gostei do filme. Apesar das habilidades físicas, Michael Myers é um idoso baleado, queimado, perfurado, e uma hora isso teria que pesar, mesmo diante de fãs que só querem fórmula e mais do mesmo. Parabéns ao roteiro. A crítica parece muito simplista e motivada por expectativas equivocadas. Halloween não é só um slasher. Tem um mito que transcende o assassino e trata justamente desse mal que “infecta” o garoto no Samhain, quando os mundos dos vivos e dos mortos se aproximam. Por isso as pessoas se escondem em máscaras. Portanto esse mal é independente e a franquia mostrou várias vezes isso, deixando inclusive possível a ideia de uma continuação com outro assassino, já que o propósito de matar toda a família não foi concluído (Allyson e seu tio John do H20 ainda estão vivos). Outra coisa que o filme mostrou é que Laurie é humana, pode mudar, ter altos e baixos e não ser uma Sarah Connor 24h cercada de armadilhas esperando o assassino sem poder viver a vida com a neta. E nada mais coerente do que aquela multidão ao final se reunindo pra testemunhar um fim definitivo para o assassino
Belíssima crítica para um filme ruim. Vc acertou em todos os pontos. Que esta bomba seja esquecida
Acabei de asssitir hoje 15/10. Fui com a expectativa lá em cima já que achei o Halloween Kills muito bom. Mas gente o que foi esse filme? Parece que um trator passou por cima das minhas expectativas…. Concordo com o artigo. Me lembrei de sexta feira parte 5 no meio do filme kkkk. E o que foi aquela cena em que o menino entra no esgoto e toma a máscara do Michael na mão ? Kkkk absurdo…. Foi decepcionante. Não tem muito o que falar…. Espero que a Jamie Lee Curtis aceite um novo reboot futuramente… esse Halloween ends foi inaceitável.
Assisti na estreia ontem…e como um fã muito,muito mas muito apaixonado pela obra de jonh C. Concordo completamente com a crítica. Maldito seja esse diretor por fazer do maior serial killer do cinema um mero coadjuvante em detrimento de um fedelho (cory)ferrado da cabeça.
Crítica fraca
Concordo com tudo, Marcelo.
Completamente decepcionado com as opções de roteiro e direção que esse filme escolheu. Totalmente destituídas de sentido no que se propunha a ser a continuidade e o encerramento de uma trilogia. Uma vez que os demais seguiram de forma imediata e clara o término do filme anterior, trazendo uma satisfatória sensação de linearidade e continuidade que funcionaram muito bem. Por algum motivo inexplicável esse filme optou por não seguir a fórmula, apresentar personagens desnecessários, diálogos ruins, cenas descartáveis, pouca violência e um ritmo arrastado por sua trama incrivelmente ilógica. Decepção é a única palavra que vem a mente. Final completamente indigno para Michael Myers e Laurie Strode, ícones do cinema de terror.
Concordo completamente com a critica.
Poderia ter terminado no Kills que seria melhor e mais digno do que essa bomba desnecessária! DECEPÇÃO total ao assistir o encerramento dessa trilogia caça-niquel, roteiro de merda e que desrespeitou o “mal absoluto” criado por John Carpenter e Debra Hill. Inaceitável!!!