The Blancheville Monster (1963)

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The Blancheville Monster / Horror
Original:The Blancheville Monster / Horror
Ano:1963•País:Itália, Espanha
Direção:Alberto De Martino
Roteiro:Giovanni Grimaldi, Bruno Corbucci, Edgar Allan Poe, Natividad Zaro
Produção:Alberto Aguilera
Elenco:Gérard Tichy, Leo Anchóriz, Ombretta Colli, Helga Liné, Irán Eory, Vanni Materassi, Paco Morán

“É sua tumba, Emilie. Sua tumba. Entra. Não resista, Emilie. Abandone sua vontade. Ao repouso eterno. Todo tormento acabará com a doçura da morte.”

Alberto De Martino (1929/2015), que fez O Anticristo (1974), a resposta italiana para o clássico americano O Exorcista, é também o diretor de The Blancheville Monster (1963), utilizando o pseudônimo Martin Herbert. Esse é o título internacional de mais um filme italiano de horror gótico atmosférico, nesse caso em co-produção com a Espanha e conhecido também pelo simples nome “Horror”. E que está disponível no “Youtube” numa versão em inglês com legendas em português.

Filmado em preto e branco e ambientado na França de 1884, a história mostra a jovem Emilie De Blancheville (Ombreta Colli, creditada como Joan Hills), prestes a completar 21 anos de idade, retornando para o castelo ancestral de sua família após muitos anos longe estudando em outro país. Ela chega acompanhada pela amiga americana Alice Taylor (Irán Eory) e o irmão dela, John (Vanni Materassi, sob o pseudônimo Richard Davis), que é seu namorado. No castelo, eles são recepcionados pelo irmão de Emilie, Rodéric De Blancheville (Gérard Tichy), que informa sobre a morte trágica de seu pai num incêndio numa abadia próxima ao castelo.

Entre os empregados do castelo temos a bela e misteriosa governanta Eleonore (Helga Liné) e o não menos estranho mordomo Alistair (Paco Morán, creditado como Frank Morán), além do convidado Dr. LaRouche (Leo Anchóriz), o médico da família.

Num ambiente repleto de mistério, segredos e mentiras, Alice decide explorar os corredores e cantos sombrios do castelo e encontra um homem (“o monstro” do título) com o rosto deformado por graves queimaduras e com gritos agonizantes de tormento, confinado no alto de uma torre. A partir daí ela é convencida que essa visão tenebrosa poderia ser somente sua imaginação, mas as coisas pioram bastante depois que Emile De Blancheville começa a adoecer, sofrendo crises hipnóticas com sinais de insanidade, para o desespero do namorado que tenta protegê-la, e o sinistro irmão, que parece esconder um terrível segredo de maldição familiar envolvendo a lenda de uma profecia com sacrifício humano.

A história básica tem uma leve inspiração no conto “A Queda da Casa de Usher”, de Edgar Allan Poe, que, por sua vez, foi filmado inúmeras outras vezes em versões com ótimos resultados. Aqui, os realizadores oportunistas utilizaram essa referência para promover o filme, colocando até o nome do famoso escritor americano em cartazes. Os temas de maldição familiar, insanidade e a ideia macabra de ser enterrado vivo, elementos característicos nos contos de Poe, são bastante explorados no filme, envoltos numa constante atmosfera perturbadora de um castelo gótico antigo e decadente.

Porém, o roteiro tem alguns momentos arrastados que parecem propositais para completar a metragem do filme, com cenas desnecessárias que não agregam muito para a história. O que vale mesmo é toda a ambientação sombria que envolve os personagens num clima constante de mistério e desconforto.

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Juvenatrix

Uma criatura da noite tão antiga quanto seu próprio poder sombrio. As palavras são suas servas e sua paixão pelo Horror é a sua motivação nesse Inferno Digital.

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