I Was a Teenage Werewolf (1957)

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I Was a Teenage Werewolf
Original:I Was a Teenage Werewolf
Ano:1957•País:EUA
Direção:Gene Fowler Jr.
Roteiro:Aben Kandel, Herman Cohen
Produção:Herman Cohen
Elenco:Michael Landon, Yvonne Lime, Whit Bissell, Charles Willcox, Dawn Richard, Barney Phillips, Ken Miller, Cynthia Chenault, Michael Rougas, Robert Griffin, Joseph Mell, Malcolm Atterbury, Eddie Marr

“Nas sombras da noite, a língua das montanhas, uivam os cães famintos para a lua, camponeses cruzam a colina a se esconder no abrigo. Qualquer olhar felino, dentes afiados e brilhantes por aí eles acham que é um lobisomem.” – Dr. Alfred Brandon

O ator Michael Landon (1936/1991), conhecido pelas séries de TV “Bonanza” (1959/1973), “Os Pioneiros” (1974/1983) e “O Homem Que Veio do Céu” (1984/1989), foi o protagonista no início de carreira do filme de horror juvenil bagaceiro I Was a Teenage Werewolf (1957), dirigido por Gene Fowler Jr. e escrito e produzido por Herman Cohen (1925/2002). A distribuição foi da lendária AIP (“American International Pictures”), de James H. Nicholson e Samuel Z. Arkoff, empresa especializada no cinema fantástico de baixo orçamento.

Na pequena cidade americana de Rockdale vive o jovem estudante encrenqueiro Tony Rivers (Michael Landon), órfão de mãe e filho de um pai distante por causa do trabalho, Charles Rivers (Malcolm Atterbury). Sempre envolvido em brigas e confusões na escola, ele tem dificuldades no relacionamento com a namorada Arlene Logan (Yvonne Lime) e os amigos Jimmy (Charles Wilcox, creditado como Tony Marshall) e Vic (Ken Miller), entre outros.

Devido ao mau comportamento, ele é persuadido a consultar o psiquiatra Dr. Alfred Brandon (Whit Bissell), que, por sua vez, auxiliado pelo assistente Dr. Hugo Wagner (Joseph Mell), está envolvido em experiências com hipnose e aplicação de um soro especial, que tem o objetivo de regressão da raça humana, ativando seus instintos primitivos.

Utilizado como cobaia pelo “cientista louco”, o estudante rebelde Tony se transforma num lobisomem (daí o título), colecionando vítimas que cruzam o seu caminho, sendo perseguido pela polícia através do Detetive Donovan (Barney Phillips), o chefe de polícia Baker (Robert Griffin) e o oficial Chris Stanley (Guy Williams), culminando num confronto final com resultados previsíveis.

O filme é curto, com apenas 76 minutos, e explora a temática de “cientista louco” e suas experiências supostamente para o bem da humanidade, com resultados catastróficos na criação de um “homem transformado em monstro”, aproveitando um personagem clássico do cinema de horror, o lobisomem. A produção é paupérrima, filmada em apenas sete dias, e a história é arrastada, com o assassino selvagem iniciando sua chacina somente a partir da metade do filme, mas com poucas mortes e a garantia da diversão dos fãs do cinema bagaceiro de horror ficando por conta quase que exclusivamente pelas cenas com o lobisomem e sua maquiagem tosca. Porém, é um filme que ganhou o status de cultuado e é sempre lembrado, fugindo do limbo conseguindo certo destaque e se distanciando da infinidade de tranqueiras do mesmo período.

Curiosamente, o roteiro deixou de lado os elementos tradicionais da mitologia dos lobisomens, como a influência da lua cheia e aversão às balas de prata, por exemplo. Aqui, o jovem briguento se transforma em monstro devido à combinação de sessões de hipnose e ingestão de uma fórmula química.

O ator Whit Bissell, que fez o “cientista louco”, teve uma carreira imensa e é um rosto conhecido por filmes como O Monstro da Lagoa Negra (1954) e a série de TV “O Túnel do Tempo” (1966), onde fez parte do elenco fixo como o militar Heywood Kirk. Já Guy Williams, que aqui teve um papel pequeno como um dos policiais na caça do lobisomem, seria mais tarde o Prof. Robinson da popular série de TV “Perdidos no Espaço” (1965/1968).

I Was a Teenage Werewolf está disponível no “Youtube” com opção de legendas em português. A recepção de bilheteria com bom retorno financeiro estimulou a oportunidade de aproveitamento do momento favorável para a produção de mais filmes similares explorando outros monstros clássicos do Horror, vindo a seguir I Was a Teenage Frankenstein (com Whit Bissell fazendo novamente um papel de “cientista louco”), Blood of Dracula, ambos também de 1957, e How to Make a Monster (1958), que reúne tanto o lobisomem quanto a criatura de Frankenstein.

 

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Juvenatrix

Uma criatura da noite tão antiga quanto seu próprio poder sombrio. As palavras são suas servas e sua paixão pelo Horror é a sua motivação nesse Inferno Digital.

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