6 Coisas que você deveria saber sobre Alien Covenant antes de ir ao Cinema

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Na próxima quinta-feira, os cinemas brasileiros serão invadidos por criaturas xenomorfas e facehuggers na exploração de um planeta desconhecido. Desde a última cena de Prometheus, com o nascimento do primeiro alienígena em sua concepção conhecida do público, os fãs dos aliens e suas babás ácidas esperam pela continuação direta, aquela que irá se aproximar da franquia original, que apresentou ao universo fantástico a guerreira do espaço, Tenente Ripley (Sigourney Weaver).

Se algumas críticas não foram assim tão empolgantes – embora a grande maioria seja exagerada em considerá-lo o pior filme da série, abaixo até mesmo de Alien: A Ressurreição -, o melhor é deixá-las de lado e se divertir na escuridão do cinema, com seu balde de pipoca e refrigerante, com as cenas de ação e terror, proporcionadas pelo experiente cineasta Ridley Scott. Assim, para uma diversão ainda mais completa, o Boca do Inferno reservou para os Infernautas 6 Curiosidades e informações necessárias para que você não perca um detalhe do novo filme, sem precisar perguntar ao vizinho quem é aquele personagem que apareceu naquele dado momento. Não há spoilers ou nada que possa estragar a surpresa de sua primeira conferida, servindo apenas como um complemento, para que o longa seja absolutamente aproveitado. Embarque nessa viagem pelos confins das trivias e divirta-se, sem precisar hibernar durante a exibição!

1. Anos-luz da franquia original? Claro que não.
Alien: Covenant se passa em 2103, dez anos após os eventos de Prometheus (2093), e 19 anos antes da criatura se tornar a oitava passageira da Nostromo no longa de 1979 (2122). A Tenente Ripley nasceu em 2092, o que faz com que ela tenha 11 anos no novo filme. Há quem acredite que a voz no computador Muthur (pronuncia como “mãe” em inglês) é da atriz Sigourney Weaver (informação não confirmada nos créditos), porém há quem veja alguma possibilidade de que possamos ter conhecido a mãe da personagem em Prometheus ou Alien Covenant.

2. Referências filosóficas e bíblicas
Inicialmente, o filme se chamaria realmente Prometheus 2, mesmo com a destruição da nave no primeiro filme. Mas a ideia era explorar o conceito filosófico e não o veículo. Depois, a partir de uma sinopse mais completa, ele recebeu o nome provisório de Alien: Paradise Lost, em referência ao “Paraíso” mencionado pela personagem Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) no fim de Prometheus, apontando o planeta dos Engenheiros como o que deu origem à vida humana. Enfim, foi nomeado como Alien: Covenant, com a segunda palavra designando o nome da nave que conduzirá a tripulação ao tal paraíso, ao atender a um pedido de socorro. A palavra “Covenant” tem várias traduções, podendo significar “pacto“, “aliança” e até “convenção“. E essa palavra aparece por diversas vezes na Bíblia em inglês, seja no “pacto de Deus com Abraão” (Gn 12.1-3) ou com o povo de Israel e com os Homens. A própria Arca da Aliança é traduzida como “Ark of the Covenant” em inglês. Há também discussões religiosas e filosóficas no filme sobre a questão da origem do Criador, o confronto com o que foi criado, e a fé como motivador da descida no planeta.

3. O Destino de Covenant
Conforme é informado na sinopse, a nave Covenant é colonizadora é busca chegar a um planeta com condições climáticas parecidas com a da Terra para plantar e estabelecer uma civilização. O destino final é o Planeta Origae-6, cujo nome em latim significa “origem“. É irônico pensar que eles buscam um planeta para uma nova origem e acabam descobrindo o que realmente foi o pontapé inicial da humanidade.

4. Não me lembro muito bem de Prometheus. É um problema?
Como o cinema é americano, você já sabe que tudo será bem explicado não deixando muitas dúvidas para aqueles que não viram ou fizeram questão de esquecer do primeiro filme. Ainda assim, vale lembrar que a nave Prometheus buscava informações sobre a origem humana, mas acabou indo parar em um planeta que servia como um local de estudos e experimentos dos Engenheiros, aqueles gigantes vistos no filme. Por alguma razão, alguns deles tinham desenvolvido um patógeno capaz de extinguir a vida em qualquer planeta onde seja espalhado. Assim que percebe o que havia nos vasos encontrados no planeta, Shaw fica ainda mais assustada quando o único sobrevivente no local, protegido numa câmara de hibernação, pretendia decolar sua nave em forma de âncora para um certo destino. Ficou uma dúvida no ar: eles pretendiam ir para o Planeta Terra, pelo que é mostrado no holograma, ou ao próprio planeta? Será que houve algum arrependimento pela criação humana? Era o que Shaw queria descobrir no “paraíso“.

5. Um prólogo para Alien: Covenant
Antes de ver o filme nos cinemas, é recomendado que você assista ao vídeo abaixo. Trata-se de uma cena-prólogo para o filme, e que não será exibida na tela grande – apenas disponível nos DVDs e Blu-Rays. A cena mostra o que aconteceu com Elizabeth Shaw e o androide David (Michael Fassbender), assim que deixaram o planeta, resumindo bem para aqueles que não lembram como o primeiro terminou. As duas frases ditas no final é de um poema de Shelley, intitulado Ozymandias, algo que adquire uma grande força no novo filme.

6. A confusa xenobiologia dos Aliens
É provável que você que não tem a memória fresca dos filmes originais não entenda como nasce o famoso monstrinho alienígena, com babá ácida. Funcionava inicialmente assim: a Rainha Alien botava um ovo. Dele surgia o facehugger, uma espécie de estrela ou polvo que saltava sobre o rosto dos incautos. Ele introduzia o bebê alien no hospedeiro. Ele se desenvolvia se alimentando do hóspede até estourar o corpo pelo seu peito para finalmente nascer e posteriormente procriar. Mas, com Prometheus e Covenant a genealogia se tornou mais complexa: a proximidade com um dos vasos contendo o patógeno contamina a pessoa e faz nascer uma larvinha, possível de se ver nos olhos. Sem contato com o hospedeiro ele se desenvolve como uma cobra e depois vira o Hammerpede, que também pode saltar sobre a vítima para introduzir os filhotes. Mas, há também o perigo da ingestão oral, seguida de sexo, que faz nascer na fêmea o chamado Trilobita, a primeira versão do facehugger. Ele cresce de maneira gigantesca para invadir o Engenheiro pela boca e para enfim nascer o Alien. Em Covenant há dois tipos que aparecem: os albinos (chamados Deacons), oriundos da ingestão por vias respiratórias, e os tradicionais, negros, nascidos no método facehugger. Complicado? Veja o infográfico abaixo para tentar entender:

A partir das informações acima, você poderá aproveitar muito mais de Alien: Covenant! E caso descubra algo interessante sobre a mitologia da franquia, não esqueça de compartilhar conosco nos comentários. E boa sessão!

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

6 thoughts on “6 Coisas que você deveria saber sobre Alien Covenant antes de ir ao Cinema

  • 22/05/2017 em 12:04
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    Amo essas baratas cascudas alienígenas e irei conferir nesse fim de semana com certeza. E parabéns pelo texto.

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  • 11/05/2017 em 02:20
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    Prometheus é um filme muito injustiçado. É injusto que o comparem com o filme original de Alien e o colocarem abaixo desta em razão deste comparativo. Ele deve ser assistido como um filme separado e, sim, ele é muito bom.

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  • 10/05/2017 em 11:43
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    Parabéns pela matéria Marcelo!!!

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  • 10/05/2017 em 00:32
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    Foda-se as críticas e comparações , quinta-feira estarei no cinema na estréia de ” Alien – Covenant ” !

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