Os Melhores Filmes de Horror de 2022

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Apontar os Melhores e Piores de 2022 é uma tarefa sempre injusta. Primeiro porque você precisaria ter visto TODOS OS FILMES E SÉRIES LANÇADOS NO ANO PASSADO para estabelecer uma avaliação comparativa, o que por si só já se mostra impraticável. Segundo porque nem todas as produções são facilmente acessíveis, sendo que muitas delas só são disponibilizadas em download e somente chegam a nós até depois que o ano terminou – na lista dos Melhores de 2021, postada em janeiro, não teve menção ao filme Titane! Cito, por exemplo, o elogiado O Menu, que estreou recentemente nos cinemas brasileiros e não será lembrado na lista abaixo simplesmente porque eu ainda não o assisti.

Desse modo, você até pode relembrar as boas produções de horror e suspense, ficção e fantasia, mas sempre será uma avaliação pessoal, seguindo o critério de disponibilidade (lê-se tempo aqui também). Além disso, seria preciso estabelecer classificações diferenciadas, tendo como base Streaming, Cinema, Inédito no Brasil (aqui pode-se dividir em mais duas, pois há filmes que chegaram este ano, mas pertencem a 2021), Produções Não Faladas em Inglês, Independentes, Curtas-Metragens e, claro, Nacionais. E a confusão se amplia quando a produção é lançada concomitantemente no cinema e streaming…

Posto isso, vamos à minha lista. Resolvi apontar as produções com breve comentário a respeito. Algumas ainda poderão ter críticas mais completas, outras já estão no catálogo Boca do Inferno. Confira, critique e aponte sua lista pessoal nos comentários para que possamos tornar ainda maior a biblioteca 2022 de produções que valem a pena conferir.

MELHORES FILMES DE 2022

Quando elaborei a minha lista dos destaques de 2022, ela continha 20 produções – só para mostrar o quanto o ano foi rico para o gênero.  Mas, para seguir a tendência do TOP 10, eliminei algumas, como X – A Marca da Morte (como não lembrar desse interessante slasher de época?), A Queda (um terror de ambiente único que me deixou sem ar), Christmas Bloody Christmas (destaque dentre as bagaceiras divertidas), Convite Maldito (criativa história de vampiros), Cerdita (deliciosa produção com crítica social e sangue), Resurrection (um thriller com um final extremamente bizarro), Fresh (representante canibal, com ótima mensagem), Moloch (culturalmente interessante), The Cursed (de 2021, mas chegou este ano ao público. Uma história de lobisomens bem atmosférica) e Avatar – O Caminho da Água (uma fantasia com elementos de ficção empolgante).

Assim, sobraram por ordem decrescente de preferência:

O Telefone Preto – Adaptação com ares de Stephen King de Joe Hill, com assombrações e uma menininha super carismática. Ao final, quando todas as peças se encaixam, o longa se mostra eficiente e profundo.

O Predador – A Caçada – Quando se imaginava que não seria possível apresentar alguma boa ideia à franquia do alienígena caçador, esta aventura com fotografia belíssima veio para contrariar qualquer opinião. Foi disponibilizado diretamente no streaming, mas merecia ter sido visto nos cinemas.

What Josiah Saw – Trata-se de uma produção lenta e fantasmagórica, mas que demora para mostrar a que veio. Quando chega em seu clímax, traz uma ótima revelação. Tem elenco bom e grandes atuações.

The Innocents – embora seja de 2021, chegou ao público neste ano. Mostra o quanto crianças podem ser perigosas, ainda mais se tivessem poderes especiais.

Hellraiser – Dentre os monstros clássicos que retornaram este ano (Leatherface, Michael Myers…), é o único que fez jus à franquia. É outra produção que merecia ser vista em tela grande pela inventividade e ousadia.

Pânico – Melhor da franquia desde o original. Sem contar com Wes Craven, soube inovar, apresentar um novo grupo de personagens e referências, e teve a ousadia de matar alguém importante.

Speak no Evil – Sua proposta simbólica é o que permite que o longa habite esta lista. Quanto mais se pensa na produção, mais valores ela adquire.

Pearl – Produção que segue a fase estranha de Ti West. É a continuação, ou pré-continuação, de X, com Mia Goth arrebentando como uma jovem perturbada em busca de seus ideais.

Soft & Quiet – Difícil imaginar que este filme pertence à Blumhouse. Parece um A24 disfarçado, com seu conteúdo agressivo e indigesto, filmado totalmente em plano-sequência. Aguarde crítica.

Noites Brutais – Disponível no streaming, é o filme que mais me surpreendeu em 2022. Parecia mais um thriller com bons personagens até se desenvolver numa trama de horror em três atos – quase uma antologia. Merece ocupar a ponta da lista por me fazer lembrar da Menina Medeiros de Rec…

PS: Você talvez esteja sentindo falta de Não! Não Olhe na lista acima. Embora seja um bom filme, pelo fato de eu esperar muito e achar apenas bom, me fez nem sequer mencioná-la. Fico ainda com Nós e Corra na filmografia de Jordan Peele.

E os piores?

O ano teve algumas produções bem ruins realmente. Algumas são razoavelmente desagradáveis (ou medianas), como Boa Noite, Mamãe, Gêmeo Maligno e The Munsters.

Já dentre as piores, apenas valem menção O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno de Leatherface (terror teen mal realizado, com efeitos ruins e um roteiro cheio de problemas), Halloween Ends (o que fizeram com Michael Myers foi uma afronta), Olhos Famintos Renascimento (essa tranqueira está nos cinemas neste exato momento, enquanto Hellraiser…), Tubarão: Mar de Sangue (jovens fazendo idiotices com tubarões) e Chamas da Vingança (Stephen King passando vergonha…).

Já as séries de TV…

Não foi possível assistir a tudo. Não vi Sandman e nem Resident Evil, mas posso apontar como destaques positivos Yellowjackets, From, Arquivo 81, Wandinha, Acampamento Jurássico, as novas temporadas de Servant, The Boys… a mediana Fear the Walking Dead e a decepcionante conclusão de The Walking Dead (análise da última temporada em breve).

E as que eu esperava mais: O Clube da Meia-Noite e O Gabinete de Curiosidades de Guillermo del Toro (uns dois episódios bons e o restante apenas aceitáveis).

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